Para Nicholas Carr, o modo como a informação é disseminada na internet deteriora o cérebro em um nível físico, destruindo as conexões e circuitos cerebrais responsáveis, entre outros, pela capacidade analítica de processar informações, com resultados desastrosos para a memória de longo prazo assim como afetando a ...
É o que explica o artigo “Demência digital na geração da Internet: o tempo excessivo de tela durante o desenvolvimento do cérebro aumentará o risco de doença de Alzheimer e demências relacionadas na vida adulta”, publicado no Journal of Integrative Neuroscience em 2022.
O uso da tecnologia em excesso pode gerar danos à saúde
Estudos recentes afirmam que os jovens que se tornam escravos da tecnologia e passam o dia todo diante de computadores, tablets, smartphones, podem ter uma diminuição de neurônios na região do hipocampo cerebral (responsável pela memória).
Embora a internet seja um excelente meio para buscarmos conhecimento (grande parte da produção intelectual da humanidade se encontra nela), ela é utilizada, de modo crescente, como meio para troca de mensagens e, particularmente nas redes sociais, para representarmos uma imagem que acreditamos ser aquilo que os outros ...
COMO AS REDES SOCIAIS PREJUDICAM SEU CÉREBRO (E Como Evitar!)
O que a internet pode causar na sociedade?
A verdade é que, no parecer de muitos especialistas, o uso das redes sociais — incluindo aplicativos de mensagens instantâneas — pode chegar a criar sérias dependências com suas respectivas consequências: ansiedade, depressão, irritabilidade, isolamento, distanciamento da vida real e das relações familiares, perda de ...
A internet estabeleceu nova forma de comunicação e informação no mundo, ao mesmo tempo em que fez o homem perder a capacidade de focar em um só assunto, tornando a mente caótica e prejudicando funções do cérebro.
Os especialistas alertam principalmente para efeitos na cognição, na atenção, na memória, mas também para os impactos na autoestima e no desenvolvimento de quadros de dependência — muito associados aos contextos de exposição e de acompanhar as vidas alheias nas plataformas sociais.
“Em poucos segundos, comentários, curtidas e a atualização constante do feed de redes sociais provocam a liberação de dopamina no cérebro, neurotransmissor que dá sensação de prazer e satisfação e faz com que dificulte a estratégia de controle do uso. Essa alteração no cérebro pode acontecer e não se reverter”.
Desse modo, é importante ter cuidado ao apontar as redes sociais como um grande desencadeador de transtornos. Porém, elas podem sim gerar uma série de gatilhos que fomentam quadros clínicos de ansiedade, depressão, transtornos de autoimagem, entre outros problemas.
Entre os prejuízos para a saúde física, causados pelo uso excessivo de aparelhos com conexão à internet, especialistas listam a tendinite, cansaço visual e a dor de cabeça. Outro ponto que chama atenção é o transtorno de ansiedade.
A ansiedade, o stress e a dependência são doenças causadas pelo uso excessivo da tecnologia. Real é também o chamado Fear of Missing Out (FOMO). Trata-se do sentido de urgência que as redes sociais transmitem, que leva os utilizadores a sentir que estão a perder o que de melhor os outros vivem.
Tecnicamente, a superexposição a estímulos constantes na internet afeta a maioria dos circuitos corticais e a camada externa da área cinzenta do cérebro, o que inclui os lobos frontal, parietal e temporal. O resultado disso é que ocorre um reforço nos circuitos cerebrais que controlam as habilidades tecnológicas.
Esse uso excessivo das redes sociais é capaz de gerar diversos problemas de saúde mental. Os gatilhos são os mais variados: comparação social, exposição a notícias negativas, necessidade de exibir a própria vida constantemente, cyberbullying e até mesmo isolamento social.
Todos os dispositivos atuais emitem uma pequena quantidade de radiação por meio de radiofrequência do espectro eletromagnético. Por exemplo, até o 4G, os smartphones emitem ondas entre as frequências de 0,7 GHz e 2,7 GHz; a partir do 5G, eles podem emitir até 80 GHz.
O que acontece no seu cérebro quando você navega no celular?
"O impulso de pegar o telefone é como ter um desejo. Você percebe que seu corpo começa a desejar aquilo. Seu cérebro diz: 'Oi, faz um tempo que não consumimos dopamina, vamos consumir um pouco'. E esse desejo pode crescer, como uma onda", explica Ling.
“As redes sociais muitas vezes promovem uma cultura de comparação, onde as pessoas podem se sentir pressionadas a comparar suas vidas e conquistas com as dos outros. Isso pode levar à baixa autoestima, sentimentos de inadequação e ansiedade em relação à imagem e status social”, conta Soares.
Conclui-se que a internet não é nociva em si, mas pode proporcionar um uso patológico, com consequências graves para determinados usuários que estejam em situações fragilizadas e se utilizam da internet para alívio dos problemas.
Hoje já se sabe que o uso excessivo de telas dificultam a concentração, o raciocínio e a memória, o que implica no pensamento crítico, na criatividade, aprendizagem e comunicação. Por isso, saber dosar o tempo conectado é fundamental, principalmente para as crianças e adolescentes.
Quais são as doenças causadas pelo uso excessivo da tecnologia?
- Problemas visuais; - Limitação da interação física e com o meio ambiente; - Desconstrução do vínculo afetivo com a família; - Comprometimento da saúde física e psicológica.
Temos acesso quase ilimitado a informações na grande rede, mas perdemos a capacidade de focar em apenas um assunto. A mente do internauta está caótica, poluída, impaciente e sem rumo, e Carr faz um manifesto destacando a importância da calma e do foco, faculdades esquecidas neste mundo turbulento.