Caso a floresta desaparecesse, os problemas iriam muito além do excesso de chuva. “Na própria Amazônia, haveria uma crise hídrica da água, o colapso da produção de agrícola e pesqueira, tornando a vida da população essencialmente inviável.
A desertificação da floresta amazônica terá efeitos catastróficos para o clima e para a biodiversidade, impactando não só as populações locais, mas todo o planeta. É preciso esforços e parcerias em ações que possam desacelerar ou zerar o desmatamento e a degradação na região.
Sem a Amazônia, seria virtualmente impossível limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, como propõe o Acordo de Paris. O sofrimento maior, contudo, será nosso e dos nossos vizinhos.
Por que a Amazônia é tão importante para a humanidade?
A floresta garante as chuvas para boa parte da América do Sul e tem papel central no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas. Abriga imensa biodiversidade, com milhares de espécies de plantas e animais, algumas ainda desconhecidas ou pouco estudadas. É berço da maior bacia hidrográfica do mundo.
No caso da Amazônia, que é a maior floresta tropical do planeta, seu crescente desmatamento pode provocar um considerável aumento das doenças zoonóticas — de origem animal, como a COVID-19 — com graves consequências para a saúde humana.
O que aconteceria se a Floresta Amazônica fosse completamente destruída?
O que aconteceria se a Amazônia fosse destruída?
Segundo os pesquisadores, muito além dos impactos diretos sobre a própria floresta, ou sobre a própria região amazônica, o colapso do bioma teria o poder de desencadear alterações climáticas brutais em todo o planeta, com “consequências catastróficas para o bem-estar humano”, incluindo insegurança hídrica e alimentar, ...
Após anos de crescimento nos índices de desmatamento, degradação e queimadas na Amazônia, os cientistas alertam que o bioma pode ser estar perto de um ponto de não retorno. Um estudo escrito por uma coalisão de cientistas e líderes indígenas apontam para o colapso já em 2029.
Por que a Amazônia é considerada o pulmão do mundo?
É sabido que a Amazônia corresponde a cerca de 7% da superfície total do planeta e possui aproximadamente 50% da biodiversidade mundial. Em razão, sobretudo, de sua rica cobertura florestal e de sua consequente capacidade de filtragem do ar atmosférico, já chegou a ser considerada como uma espécie de "pulmão do mundo".
A biodiversidade da Amazônia também é fundamental para os sistemas globais, pois influencia o ciclo global do carbono (e, portanto, a mudança climática) e os sistemas hidrológicos hemisféricos, servindo como uma importante âncora para o clima e para as chuvas na América do Sul.
Assim, sem as florestas tropicais úmidas e todas as suas plantas fazendo fotossíntese durante o todo o dia, o efeito estufa provavelmente seria mais pronunciado, e as mudanças climáticas podem vir a ser ainda mais graves. O que as florestas retiram do ar elas podem devolver.
“A perda da floresta amazônica implicaria no desaparecimento dos enormes rios e biodiversidade da região, além de acabar com a regulação climática exercida pela floresta.
O primeiro é que a floresta mantém úmido o ar em movimento, o que leva chuvas para áreas continente adentro distantes dos oceanos. O segundo segredo é a formação de chuvas abundantes em ar limpo.
Não apenas por tudo o que a região fornece, como alimentos, água, florestas e medicamentos, mas porque a Amazônia contribui para estabilizar o clima, já que desempenha um papel vital nos ciclos globais e regionais de carbono e água.
Artigo científico liderado por pesquisadores brasileiros aponta que se não forem tomadas medidas urgentes, o ano de 2050 pode marcar o início de uma redução substancial na cobertura de floresta na região amazônica. “A gente encontra aí mais ou menos 50% de possibilidades.
A agricultura e a pecuária, grandes obras de infraestrutura, a exploração madeireira, a grilagem de terras, o garimpo e a expansão dos assentamentos humanos são atividades com grandes impactos sobre a floresta, especialmente quando são feitas de forma ilegal ou sem obedecer a um zoneamento ecológico-econômico.
A Amazônia tem um papel vital para o futuro de todos. Como maior depósito de carbono, maior fonte de biodiversidade do planeta e lar de 30 milhões de pessoas – cujos direitos, culturas, tradições e meios de vida dependem dela –, a floresta deve ser protegida.
Estudos recentes, tem demostrado que manter a Floresta Amazônica em pé vale sete vezes mais do que outras atividades econômicas, como pastagem. Um relatório feito pelo Banco Mundial estabeleceu que a Floresta Amazônica tem valor estimado, em pelo menos R$ 1,5 trilhão.
Portanto, o título de "pulmão do mundo" pertence aos oceanos, mais especificamente ao fitoplâncton, pois eles disponibilizam muito mais gás oxigênio para a atmosfera do que as florestas tropicais e plantas terrestres.
Camada está rica em húmus, matéria orgânica muito importante para algumas espécies de plantas da região. Estima-se que apenas 14% de todo o território pode ser considerado fértil para a agricultura.
A Floresta Amazônica é a maior floresta equatorial (ou pluvial) do mundo. Localiza-se na América do Sul, com área de 6,7 milhões de km², distribuídos por nove países. Sua maior parcela, quase 62% de sua extensão, fica no Brasil.
Já em 2024, no mesmo período, foram 503,5 km², redução de quase 60 km². É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa. A queda é bem maior quando comparada a 2022, quando foram registrados alertas de desmatamento em 1.661,02 km² na região.
Na década de 2040, projeta-se que a temperatura média global do ar próximo à superfície continental aumentará de 2,33 °C a 2,79 °C, em comparação com o período-base de 1950 a 1979. Para Groenlândia, Alasca, Canadá, norte da Europa e Ásia, está previsto um aumento acima de 3 °C na temperatura anual.
Mas como a maior parte da Amazônia ainda está preservada — o bioma ocupa quase 60% do território nacional — há uma falsa sensação de que o país ainda está bem protegido, segundo o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e demais Biomas, do instituto, Claudio Almeida.