As diferenças na infraestrutura ou condição de treino entre a equipe masculina e a feminina são circunstâncias que exemplificam a desigualdade. Em alguns casos, o time ou atletas precisam “brigar” por espaços físicos para realizar os treinos, mesmo que o clube disponha de infraestrutura adequada.
Temas relacionados à mulher também são tabus pela falta de informação e debate no ambiente esportivo, de acordo com o levantamento, como casamento e gravidez, falta de reconhecimento da atleta como profissional, discriminação sexual de mulheres que praticam esportes considerados masculinos, assédio no meio esportivo e ...
É uma desigualdade de poder, de acesso, de oportunidades, de liberdade de escolha, de valoração, de prestígio etc. produzida nas relações de gênero, ou seja, nas expectativas atribuídas ao ser masculino e ser feminino.
Quais é a importância de discutir a igualdade de gênero no esporte?
A representatividade feminina no esporte é importante para: Inspirar novas gerações de meninas e adolescentes a acreditarem que o esporte também pode fazer parte de suas vidas.
Como o preconceito de gênero afeta as oportunidades no esporte?
De acordo com as entrevistadas, a mulher ainda é considerada mais frágil e com menor potencial em termos de desempenho do que os atletas masculinos. Por consequência, elas são menos valorizadas. Os temas correlacionados à mulher também se tornam tabus pela falta de informação e debate no ambiente esportivo.
As diferenças na infraestrutura ou condição de treino entre a equipe masculina e a feminina são circunstâncias que exemplificam a desigualdade. Em alguns casos, o time ou atletas precisam “brigar” por espaços físicos para realizar os treinos, mesmo que o clube disponha de infraestrutura adequada.
O preconceito de gênero nas práticas corporais e virtuais continua sendo um grande desafio. Encontramos a discriminação principalmente quando as crianças e adolescentes desejam praticar modalidades que ainda são vistas como masculinas ou femininas.
Como podemos promover a inclusão de gênero no esporte?
Conhecer histórias de meninas ou mulheres como essas grandes atletas é uma maneira de promover a diversidade na quadra, nas salas e nos corredores das escolas. Neste conteúdo pedagógico vamos estudar sobre gênero e introduzir o tema desigualdade de gêneros no esporte.
Como a diversidade de gênero influência no esporte?
O homem não precisa provar por meio de testes que está apto a competir em sua categoria. Graças aos testes de gênero, várias atletas foram e são impedidas de competirem e viverem do esporte. Elas sofrem e têm seus corpos e vidas minuciosamente investigados.
Por que o esporte feminino não é tão valorizado no País?
A falta de segurança, o preconceito, a falta de incentivo nas escolas, todos esses são fatores que devem ser apontados quando se constata que o esporte no Brasil não tem o mesmo acesso por meninos e meninas.
Algumas causas da desigualdade de gênero abrangem a existência e perpetuação de conceitos normativos, que reforçam a necessidade de rotular pessoas e estabelecer uma divisão.
As vítimas, em sua grande maioria, são mulheres na faixa etária de 20 a 39 anos, com a escolaridade entre Ensino Fundamental incompleto e Médio, sendo a maioria de raça parda ou branca cujo cônjuge é o principal autor, ocorrendo predominantemente em âmbito domiciliar.
Brasil é um dos países com maior desigualdade de gênero no parlamento. No Brasil, 53% do eleitorado é feminino, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados em 2022.
Como acabar com a desigualdade de gênero no futebol?
O futebol feminino pode ser uma importante ferramenta para espalmar o preconceito e diminuir a desigualdade de gênero entre homens e mulheres. Mas para isso é preciso igualar as oportunidades, as condições de treinos, principalmente a valorização e visibilidade do esporte.
Quais os principais preconceitos enfrentados no esporte?
Em estádios e quadras de todo o país, ao menos 69 profissionais da cadeia esportiva foram alvo de discriminação racial, LGBTIfobia, machismo e xenofobia em 2017. Também no ano passado, oito atletas brasileiros passaram por algum tipo de hostilidade ao participar de competições no exterior.
A desigualdade entre os gêneros também está refletida nos abusos vivenciados por muitas mulheres pelo mundo. Um terço das mulheres sofre violência física ou sexual em suas vidas. Atualmente, 3 bilhões de mulheres e meninas vivem em países onde o estupro no casamento não é explicitamente tipificado como crime.
Nas competições, outras disparidades entre modalidades masculinas e femininas envolvem salários, investimentos e patrocínios e cobertura midiática. Segundo a pesquisa Women in Sport Report 2021, realizada pelo YouGov Sport, 6 a cada 10 pessoas (62%) no mundo vêem alguma forma de desigualdade no esporte.
A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria o Programa de Igualdade de Gênero no Desporto. A proposta visa garantir a equidade, participação, inclusão, acesso e representação das mulheres em todos os âmbitos e níveis da comunidade desportiva.
Diversidade nos esportes refere-se à representação de diferentes grupos de pessoas, incluindo raça, etnia, gênero, orientação sexual, religião e status socioeconômico.
Vôlei. O vôlei é o esporte feminino de maior sucesso no país, tanto em resultados quanto em público e popularidade. A Seleção Brasileira de Voleibol Feminino foi estabelecida em 1951 e teve sua estreia no Campeonato Sul-Americano, onde conquistou a medalha de ouro.
O esporte é inclusivo quando abre espaço para que pessoas com deficiência — física, mental, intelectual ou sensorial (como surdez e cegueira), como aponta a lei nº 13.146/15 — tenham a oportunidade de aproveitar e praticar as diferentes modalidades esportivas que pessoas sem deficiência realizam.
O que o esporte pode ajudar na desigualdade social?
Promover a inclusão: O esporte pode ser uma ferramenta para promover a inclusão social, pois ele pode ajudar a quebrar barreiras sociais e culturais, além de criar um ambiente de cooperação e respeito à diversidade.
“O esporte é uma instituição segregadora de gênero, em que não se admite a ideia que haja outro (gênero) que não seja o masculino, o dominante.” Por isso, é raro que um atleta assuma, em público, sua orientação.
Enraizados no machismo, ou seja, no tratamento desigual entre homens e mulheres, estão problemas como a sexualização do corpo feminino, a desvalorização de atletas mulheres, que leva à discrepância nos salários de atletas homens e mulheres e à falta de investimento nas categorias femininas de diversas modalidades.
“O início do preconceito no futebol não se deu por conta do racismo, ao contrário, iniciou-se por conta da história do futebol ser de origem europeia e seus praticantes, no início, teriam que ser frequentadores de clubes da elite. Os campos de futebol eram um prolongamento da elite da sociedade.