Jacques Lacan define o Real como um plenum, uma natureza além da cultura que se distingue do ôntico. O real lacaniano é uma seção do nó Borromeano: o Imaginário, o Simbólico e o Real; o centro do nó é o sinthoma (mônada – alma).
É o Simbólico que se eleva à categoria de Real ou melhor, só se vai ao Real pelo Simbólico. Mais à frente, em sua obra, Lacan conceberá o Real como sendo da ordem do Impossível, o que escapa ao Simbólico. O Real será atrelado ao aforismo “não há relação sexual”.
O real, Lacan define como o impensável e o impossível de ser simbolizado. O imaginário, Lacan passa a definir como o que envolve o sentido e o simbólico, sendo representado pela linguagem caracterizando o duplo sentido.
Verdade é a propriedade de algo, que, além de ser uma coisa, tem uma função a mais, além de existir ou ser, que é referir-se a. Ideias, palavras, símbolos se referem a alguma coisa. [...] Só uma coisa que tem função referencial pode ser chamada de verdadeira”, o professor exemplifica.
Diz Lacan que o eixo é o desejo do analista; isto reproduz o elemento de alienação – há um ponto em que o desejo do sujeito jamais pode reconhecer-se, e como mostra a experiência analítica, "é de ver funcionar toda uma cadeia no nível do desejo do Outro que o desejo do sujeito se constitui".
Sua afirmação de que o inconsciente se estrutura como linguagem, somada às noções de simbólico, imaginário e real, são algumas das contribuições decisivas de seu trabalho. Seu nome completo era Jacques Marie Émile Lacan, nascido na cidade de Paris em 1901, em plena belle époque.
Pode-se dizer que lacaniano, a esse respeito, era visar, no indivíduo que se apresenta como paciente, lidar, visar o sujeito nele, isto é, uma variável determinada pelo significante. Isso faz periclitar, exclui qualquer idéia de reforço.
O real é comumente entendido como aquilo que existe fora da mente particular, mas também pode incluir, em certo sentido, a realidade interna que existe dentro da mente também.
Na filosofia continental, o Real refere-se ao resto da realidade que não pode ser expresso e que ultrapassa o raciocínio. No lacanianismo, é uma categoria impossível devido à sua oposição à expressão e à inconcebibilidade. A Ordem Real é um enlace Borromeano (lalíngua) e existe como um homônimo infinito.
Embora Lacan também tenha formulado conceitos como Real, Simbólico e Imaginário, objeto a, gozo, entre outros, ele considera como os quatro conceitos fundamentais da teoria psicanalítica os já propostos e demarcados por Freud: Inconsciente, Repetição, Transferência e Pulsão.
A teoria dos espelhos, de Jacques Lacan, médico, psiquiatra e psicanalista francês, acredita que só conseguimos enxergar características em outras pessoas que também existam, ou já existiram algum dia, dentro de nós. Ele acredita que nosso papel, como humanos, é aprender sobre nós mesmos, através das nossas relações.
O significante é um termo técnico que Lacan usou para se referir ao som ou à imagem que representa um objeto ou conceito. Por exemplo, a palavra “mesa” é um significante que representa um objeto com uma superfície plana e pernas. O significado, por sua vez, é o conceito ou ideia que o significante representa.
Simbólico é traço e furo, o imaginário é consistência e o real é ex-sistênciaxvii - termos inventados por Lacan para falar disso que nos assombra. Outra maneira de falar sobre isso na análise é como o estranho.
A realidade é aquela que vemos, a que imaginamos, portanto, dado que é a imagem com a qual temos de lidar. O real, por outro lado, é aquilo que se vê, mas que pode ser deduzido, ser demonstrado como verdadeiro.
A reflexão de Jacques Lacan provém da psicogênese da loucura. A loucura não é sem razão: “Não é louco quem quer”. Para elaborar essa clínica da psicose, Jacques Lacan se apoia sobre a lição dada para Sigmund Freud na qual “o que é foracluído do simbólico retorna no real”.
1 Que não é imaginário; que tem existência no mundo dos sentidos; concreto, objetivo. 2 Que não é falso ou imitativo; autêntico, genuíno: Demonstrou uma alegria real com a chegada da família.
Na filosofia de Sartre, já são possíveis os dois olhares: vemos o real olhando a tela como objeto e, o irreal, através dela, pelo imaginário. Muitos filósofos contribuíram para a mudança na concepção de arte e representação artística contemporaneamente.
Para valores monetários, os números são escritos em algarismos, e não por extenso: R$ 3, e não três reais; R$ 100, e não cem reais; R$1.533; R$ 280 mil. Números acima de mil são grafados de forma mista, com algarismos e palavras: R$ 3 mil, R$ 4,3 mil, R$ 30 mil, R$ 100 mil, US$ 5 milhões.
O que é real? Como se define real? Se você se refere ao que pode sentir, cheirar, provar e ver, então real são apenas. sinais elétricos interpretados pelo seu cérebro.
A verdade, definida por ele como “não-toda” (Lacan, 1985), mantém um traço do real, o que determina que não pode ser toda dita, não pode ser toda transcrita para o campo do simbólico; sempre deixa um resto: o objeto pequeno a. A verdade delata uma impotência (Lacan, 1992, p. 49) própria do saber.
A Psicanálise Lacaniana, assim como outras psicanálises, baseia o seu atendimento na associação livre, onde o analisante pode dizer tudo que lhe vier em mente, sem censura. Além do conteúdo trazido como relato, também são explorados os sonhos, devaneios, fantasias, lapsos de linguagem, entre outros.
A orientação lacaniana é o ensino de Jacques-Alain Miller, pronunciado no quadro do Departamento de Psicanálise de Paris VIII. Este curso prossegue a cada ano, num ritmo semanal. Para os horários do curso, ver a página Orientação lacaniana em Eventos.