O fenômeno conhecido como preconceito linguístico consiste na discriminação de pessoas que falam ou escrevem de forma diferente daquela estabelecida como padrão.
Sendo assim, são exemplos de atitudes preconceituosas em relação à língua: Rir de uma pessoa em razão do seu sotaque; Corrigir a pronúncia “errada” de alguém; Acreditar que a norma culta é a única certa a se falar e escrever.
Assim como uma pessoa pode sofrer preconceito por ser mulher, pobre, negra, indígena, homossexual, nordestina, deficiente física, estrangeira etc., também pode receber avaliações negativas por causa da língua que fala ou do modo como fala sua língua.
Há diversos exemplos de preconceito que incluem: machismo (crença na maior capacidade dos homens em detrimento das mulheres), capacitismo (crença de que pessoas com deficiência não são capazes ou são inaptas), racismo (crença de que pessoas de determinada raça são superiores em detrimento das demais), entre outros.
O preconceito é um julgamento formado antecipadamente, caracterizado principalmente por não ter lógica ou fundamento crítico. Geralmente, ele é expresso por meio de atitudes discriminatórias, para com outras pessoas, tendências de comportamento, crenças e sentimentos.
Ser excluído socialmente porque fala um dialeto diferente ou com sotaque diferente; Prejuízos à autoestima, já que a pessoa começa a acreditar que ela é errada; Dificuldade de conseguir um emprego, especialmente se requerer comunicação formal.
De acordo com a Lei 7.716 o preconceito linguístico denominado de discriminação e procedência nacional, são definidos como crimes. Conforme os artigos: Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
O preconceito linguístico é, segundo o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno, todo juízo de valor negativo (de reprovação, de repulsa ou mesmo de desrespeito) às variedades linguísticas de menor prestígio social. Ele está diretamente ligado a outros preconceitos (regional, cultural, socioeconômico etc.)
Quem são as pessoas que mais sofrem com preconceito linguístico?
Uma outra pesquisa do portal mostra que a região que mais sofre com o preconceito linguístico é o Nordeste, que também é caracterizado por xenofobia, e que pode ser observado nas televisões: é muito comum essas produções limitarem nordestinos a papéis de pessoas pobres, pessoas analfabetas e/ou grossos e com sotaque ...
Preconceito é uma opinião ou conceito formado sobre algo ou alguém antes de conhecer o objeto de juízo. Podemos aplicar o termo preconceito às mais diversas situações cotidianas, como o preconceito formulado por aquele tipo de comida que você não experimentou e julga pela aparência.
Qual região do Brasil mais sofre preconceito linguístico?
A diversidade regional ao longo da História do Brasil ocasionou áreas mais ricas e industrializadas, e outras em retrocesso econômico. Em razão disso, existe a estigmatização das variantes faladas pelas pessoas das regiões mais empobrecidas, como a região Nordeste e a região Norte.
Existem diversas causas que geram o preconceito linguístico, como a condição socioeconômica, regional e cultural dos indivíduos. Isso traz algumas consequências negativas para a sociedade como um todo e especialmente para as pessoas que utilizam outras formas de expressão, como é o caso dos surdos.
Diante disso, concluímos que o preconceito linguístico se manifesta quando as variações da língua portuguesa são ignoradas, ou seja, quando a fala de um falante do português popular é vista como errada sem serem levadas em consideração as questões culturais, sociais e econômicas do falante.
Segundo ele, “o preconceito linguístico fica bastante claro numa série de afirmações que já fazem parte da imagem (negativa) que o brasileiro tem de si mesmo e da língua falada por aqui”. Tais declarações reforçam o sentimento de estranhamento do indivíduo contra a própria língua e, às vezes, contra si mesmo.
A partir da necessidade de interação social, as variações ocorrem devido aos próprios falantes arranjar e rearranjar a língua. Quando essas alterações são vistas como erradas, esse julgamento é chamado de “preconceito linguístico”. Esse preconceito age de forma depreciativa contra o modo que a pessoa fala.
O preconceito linguístico é definido como o ato ou pensamento discriminatório relacionado a forma que um indivíduo se expressa com a linguagem verbal. Esse tipo de julgamento costuma atingir classes sociais menos favorecidas devido à falta de acesso escolar e também a regionalidades e sotaques.
Sentimentos de vergonha e negação são frequentes entre pessoas que foram vítimas de preconceito. Em geral, não se trata de um comportamento adotado de um dia para o outro. Ele costuma ser resultado de uma sucessão de ocorrências em que a discriminação se faz presente, às vezes de modo muito sutil.
O estudo mostra que, no Brasil, 84,5% das pessoas têm pelo menos um tipo de preconceito contra as mulheres. Os piores indicadores no país são em relação à integridade física. São avaliados a violência íntima e o direito à decisão de querer ou não ter filhos.
No ambiente escolar, os problemas podem manifestar-se por meio de episódios de preconceito racial, bullying com jovens que possuem alguma deficiência física e violências relacionadas à orientação sexual. Qualquer característica física ou personalística que fuja da “norma” pode ser motivo para episódios de preconceito.
Qual é a diferença entre o preconceito e o racismo?
O racismo repousa sobre uma crença na distinção natural entre os grupos, ou melhor, envolve uma crença naturalizadora das diferenças entre os grupos, pois se liga à idéia de que os grupos são diferentes porque possuem elementos essenciais que os fazem diferentes, ao passo que o preconceito não implica na ...