Shutdown no TEA: O Desligamento Interno Durante um shutdown, a pessoa com TEA parece se desligar ou se dissociar do ambiente. Isso pode se manifestar como falta de comunicação, olhar vago e respiração atípica (mais lenta ou mais rápida). A pessoa pode procurar se isolar, deitar-se no chão ou permanecer imóvel.
O que é o shutdown e o meltdown no autismo? Afinal, o “shutdown” no autismo é um estado de sobrecarga sensorial, emocional e cognitiva. Assim, pode levar a uma perda temporária da capacidade de processar informações.
O termo em inglês refere-se a “derretimento” e vem ao encontro, simbolicamente, das sensações vividas durante as crises, onde o sujeito apresenta um colapso na sua capacidade de gerenciar as próprias emoções e sentimentos.
Shutdown é um termo por vezes utilizado para nomear um comportamento reacional a uma sobrecarga emocional e sensorial, a situações estressantes e/ou de ansiedade extrema.
Shutdown: o “desligamento”, por sua vez, pode ser descrito como uma crise interna. Aqui, a pessoa busca responder à sobrecarga que sentiu se desligando do mundo ao seu redor. Os comportamentos esperados são: o “olhar vazio”, o deitar-se no chão, a ausência de resposta e congelamento.
O colapso é uma resposta de uma pessoa autista que atingiu um ponto de crise. Às vezes, colapsos podem se transformar em desligamentos. Uma pessoa pode mostrar expressões externas de estresse para começar, depois retira-se até que seu nível de estresse possa ser reduzido.
Assim, durante um shutdown, a pessoa autista pode parecer desligada, não responder a estímulos externos, e em casos extremos, pode até mesmo parecer catatônica. É uma forma de proteção contra a sobrecarga, tentando minimizar a entrada sensorial.
Perda de habilidades já desenvolvidas como habilidades sociais ou de autocuidado; Maior dificuldades em processar estímulos (mais que o habitual); Afastar- se de seus relacionamentos, se isolar; Perda de interesse em seus hobbies ou atividades queridas.
Durante um shutdown, a pessoa com TEA parece se desligar ou se dissociar do ambiente. Isso pode se manifestar como falta de comunicação, olhar vago e respiração atípica (mais lenta ou mais rápida). A pessoa pode procurar se isolar, deitar-se no chão ou permanecer imóvel.
As causas e fatores de risco do autismo ainda não são claras pelos estudos científicos, mas existem gatilhos imunológicos relacionados ao ambiente e ao estilo de vida do paciente que se cruzam com a hereditariedade.
O termo “meltdown” pode ser entendido como um colapso nervoso e é caracterizado por uma explosão de emoções que a pessoa com autismo não consegue controlar. Reflete a sensação de “derretimento emocional” e a incapacidade de controlar impulsos e emoções.
O autista pode ficar isolado porque está completamente desconectado do mundo (no casos dos autistas graves) ou mesmo porque têm dificuldades de ficar à vontade em determinadas situações sociais (como o que acontece com os leves).
Boa parte dos autistas apresenta déficit na comunicação social, algo que pode contribuir com o atraso da fala, pois se ela não se comunica com o meio de forma funcional, logo isso afetará sua oralidade.
Porque estão nascendo tantas crianças com autismo?
A reforma psiquiátrica, numero como a principal causa para o aumento das crianças com diagnóstico de autismo. Este foi um fenômeno que ocorreu na década de 1980, também conhecido como reforma antimanicomial.
Há uma quietude, um olhar de distanciamento e uma parente exclusão de si em relação a todo o entorno. Por vezes, a pessoa pode se retirar do ambiente e se isolar fisicamente. As emoções ficam internalizadas e não há acesso do exterior.
Os psicólogos Lucas Pontes e Kmylla Borges elencam algumas dicas de como ajudar autistas em momentos de crise. Demonstrar apoio, ser compreensivo e dar espaço são algumas das principais maneiras de agir durante um shutdown ou meltdown.
O meltdown é uma explosão de emoções externas, uma crise visível e explosiva. Por outro lado, o shutdown é um “desligamento” interno, resultando em uma capacidade limitada ou nula de comunicação. Os meltdowns frequentemente surgem de estímulos intensos que aumentam a ansiedade.
O mascaramento, também conhecido como “camuflagem”, refere-se à capacidade de ocultar características autistas, muitas vezes para se adaptar melhor aos padrões sociais dominantes.
Em pessoas com transtorno do espectro autista é comum haver um desequilíbrio do ritmo circadiano. A atividade de dormir e ficar acordado nas 24 horas do dia é regulada por um relógio biológico, que é o mecanismo que avisa ao cérebro se é noite ou dia, e se devemos ter sono ou ficar acordados.
Geralmente pessoas com Transtorno do Espectro Autista lidam com a desregulação emocional, responsável pelas crises de comportamento, como euforia exacerbada, birras, agressividade, entre outros comportamentos atípicos e isso pode ser tratado e minimizado com a AUTORREGULAÇÃO dentro das intervenções baseadas em ABA.