Durante o Complexo de Édipo, uma criança desenvolve sentimentos de atração romântica ou amorosa pelo genitor do sexo oposto (Édipo ou Electra), ao mesmo tempo em que pode sentir rivalidade ou hostilidade em relação ao genitor do mesmo sexo.
Propõe-se que há pais e filhos em cuja relação edipiana predomina a agressividade e a rivalidade, há por outro lado, relações entre pais e filhos onde predomina o ódio e a inimizade. É proposto que não só a expressão, mas a origem, o desenvolvimento e o destino do complexo de Édipo apresentam diferenças em cada caso.
No processo edipiano, o menino gradualmente abandona os desejos pela mãe e fortalece laços afetivos com o pai. A energia sexual é desviada da mãe para outras pessoas do sexo oposto.
Durante a vivência edipiana, a criança experimenta um movimento erótico de seu corpo em direção ao corpo da mãe e do pai, o que se difere da busca sexual da puberdade que se dirige a objetos fora do seio familiar. Assim, impulsos sexuais são dirigidos à mãe e um sentimento de ódio é dirigido ao pai (Freud, 1900/1996).
É o conflito, particularmente o conflito edipiano, que institui a ordem humana, assim como é o conflito que produz a clivagem do psiquismo. Trata-se, portanto, de uma das noções mais fundamentais da psicanálise e que está presente, nas suas mais variadas formas, em qualquer texto psicanalítico.
Como funciona o Complexo de Édipo? Freud e a Casa do Saber explicam
O que é ter complexo de Édipo?
O complexo de Édipo é um conceito que foi defendido pelo psicanalista Sigmund Freud, que se refere a uma fase de desenvolvimento psicossexual da criança, chamada fase fálica, em que ela começa a sentir desejo por sua mãe e ódio e ciúme de seu pai.
Édipo (em grego clássico: Οἰδίπους; romaniz.: Oidípous, "pés inchados") é um herói da mitologia grega que matou o pai, resolveu o enigma da esfinge que atacava a cidade grega de Tebas, e desposou a mãe. Em função deste incesto, foi ao mesmo tempo pai e irmão de Etéocles, Ismênia, Antígona e de Polinices.
3. A pulsão refere-se a um estado de tensão que busca, através de um objeto, a supressão deste estado. Eros é a pulsão de vida e abrange as pulsões sexuais e as de autoconservação. Tanatos é a pulsão de morte, pode ser autodestrutiva ou estar dirigida para fora e se manifestar como pulsão agressiva ou destrutiva.
Uma criança na fase fálica do desenvolvimento psicossexual, nutre pela mãe sentimentos de possessão, de pertença, no entanto, pela figura paternal os sentimentos são opostos. Ciúmes, intolerância, raiva, são as emoções observadas nas crianças.
Via de regra, o período completo dura dos três aos cinco anos. Durante esse momento conflituoso, a criança vai percebendo que não é mais o centro da atenção dos pais e começa a percebê-los como figuras distintas que fornecem amor, carinho, mas também frustrações — ao proibir alguns de seus comportamentos e atitudes.
O que acontece se o Complexo de Édipo não for superado?
Boa noite, a dissolução do complexo de édipo na primeira infância é uma importante etapa para a construção de nossa estrutura psíquica. Quando esse processo não ocorre de maneira adequada inúmeros desdobramentos emocionais podem impactar nas formatação emocional das demais etapas do crescimento humano.
A mãe fálica toma a criança como objeto do seu gozo mortífero. Por ser uma mãe narcisista, não deseja dividir o filho com mais ninguém. Daí, o seu golpe de força desafia a consistência do golpe de força do pai.
Nós chamamos esse fenômeno de "contra-incesto", porque está baseado em uma formação reativa* frente a desejos e impulsos incestuosos experimentados por um pai e por uma filha. A dinâmica do contra-incesto é bem ilustrada por uma paciente que mostra um severo Disfarce de rejeição.
A triangulação edípica envolve um complexo conjunto de relações objetais inconscientes. É interessante, pois Bion chama a atenção para o amor da mãe pelo pai da criança como um elemento que é transmitido à criança, e introduz o pai como um terceiro elemento.
O Complexo de Édipo é o processo na formação da personalidade pelo qual toda pessoa passa. O que ocorre, em algumas pessoas, é o entendimento do "amor do pai" ou "amor da mãe" pelo filho(a). (Chamado de complexo de Electra, por Yung, no caso da filha).
O complexo de Édipo termina ao final da infância, inicio da adolescência, por volta dos 13 anos de idade. Nesse período a criança percebe que não precisa substituir os pais, mas passa a querer superá-los, o que gera a revolta adolescente.
Na história do pensamento freudiano, distinguem-se duas teorias das pulsões. A primeira, marcada pela dualidade entre pulsão sexual e pulsão de autoconservação, e a segunda, marcada pela dualidade entre pulsão de vida e pulsão de morte. A pulsão sexual é o elemento comum entre essas duas formulações.
1. a noção de pulsão aparece na obra de Freud como um desdobramento do campo aberto pelo conceito de desejo, central em 1900; 2. o fundamento da noção de desejo construída nesse momento está na ideia de este ser fruto de uma vivência passada, já acontecida, e ser, portanto, um afã de retorno ao já vivido.
Nessa direção, Freud (1915) define quatro destinos possíveis para a pulsão: 1- Reversão ao seu oposto, o qual é desdobrado a partir de duas operações: mudança da atividade para a passividade e reversão de seu conteúdo; 2- Retorno ao próprio eu; 3- Recalque; e 4- Sublimação.
O Complexo de Édipo foi formulado e descrito por Sigmund Freud no fim do século 19, com base na mitologia grega de “Édipo Rei”. É uma das teorias da psicanálise que descreve a atração que os filhos sentiriam pelo genitor do sexo oposto, ao mesmo tempo em que rivalizaria com o do mesmo sexo.
Durante o Complexo de Édipo, uma criança desenvolve sentimentos de atração romântica ou amorosa pelo genitor do sexo oposto (Édipo ou Electra), ao mesmo tempo em que pode sentir rivalidade ou hostilidade em relação ao genitor do mesmo sexo.
Enquanto no Complexo de Édipo é o menino quem deseja a mãe, no Complexo de Electra é o oposto, a menina é quem tem uma identificação tão complexa com a mãe que chega ao ponto de desejar eliminá-la e possuir o pai.