O particípio passado é formado a partir do infinitivo, retirando-se a terminação -ar, -er ou -ir e adicionando-se a terminação correspondente. Exemplo: Verbo dançar: danç(-ar) > danç(+ado). Eles tinham dançado muito na festa.
O verbo no particípio possui duas formas: regular e irregular. O particípio regular é aquele que termina em -ado e -ido; o irregular, por sua vez, costuma ser mais curtinho, reduzido. Dentro desta classificação principal, existem os verbos que são apenas irregulares, ou seja, não aceitam o final -ido ou -ado.
Com os verbos ter e haver, devemos usar o particípio regular (marcado pelas terminações -ado ou -ido). Por exemplo: "Ele tinha salvado o arquivo" e "Ela havia prendido o dedo". Já com o ser e o estar, emprega-se o irregular: "Ele foi salvo por um herói" e "Os bandidos estão presos".
Quando os verbos são terminados em -ndo, como em falando, brincando, estudando e correndo, eles estão flexionados no gerúndio, cuja principal característica é indicar uma ação contínua, ou seja, uma ação que está em andamento, não finalizada no momento em que se fala. Observe alguns exemplos: Não pare agora...
No caso do verbo “chegar”, a norma padrão da língua portuguesa só aceita o particípio passado “chegado”. Isso quer dizer que, em qualquer construção, seja com os verbos “ter”, “haver”, “ser”, “estar” ou “ficar”, a forma correta é sempre “chegado”. Ou seja, chegar NÃO é um verbo abundante.
Como são chamados os verbos que possuem mais de um particípio?
Verbos Abundantes
Há verbos que possuem duas formas de particípio: uma regular em [-ado], ou [-ido]; e outra chamada irregular porque se configura de maneira reduzida. Esses verbos são chamados de verbos abundantes.
Na tradição da língua, o particípio passado de pegar é pegado, não ocorrendo jamais a forma pego. Por analogia com verbos que têm duas formas de particípio passado, uma regular e outra irregular (como pagar: pagado e pago), criou-se a forma irregular pego.
A principal diferença entre o past simple e o past participle é que o passado simples é um tempo verbal, enquanto o particípio passado é uma forma verbal que compõe outros tempos, como o past perfect e present perfect.
Na norma culta da língua não existe o particípio 'chego', apenas 'chegado'. Não se trata, portanto, de um verbo considerado abundante. Assim também não admitem dois particípios os verbos 'trazer', 'abrir', 'cobrir', 'dizer' e 'escrever'. Portanto, deve-se dizer: 'trazido', 'aberto', 'coberto', 'dito' e 'escrito'.
O verbo trazer, assim como o verbo chegar não é abundante, ou seja, não apresenta mais de uma forma de particípio, como os verbos: salvar (salvado/salvo), aceitar (aceitado, aceito); entregar (entregado/entregue), dentre outros. Logo, não diga “Eu tinha trago”, diga “ Eu tinha trazido”!
Use aceitado com os auxiliares ter e haver (havia aceitado, tinha aceitado) e aceito com os verbos ser e estar (foi aceito, estava aceito). A língua tem verbos generosos. Abundantes, eles oferecem dois particípios. Um, terminado em –ado ou –ido, é regular (amado, vendido, partido).
Nas gramáticas, o particípio é uma forma nominal de um verbo que tem várias funções, podendo funcionar como um substantivo, adjetivo, advérbio e também pode ser utilizada na construção de frases compostas.