O que fez renascer o interesse pela borracha amazônica?
O desenvolvimento tecnológico e a Revolução Industrial, na Europa, foram o estopim que fizeram da borracha natural, até então um produto exclusivo da Amazônia, um produto muito procurado e valorizado, gerando lucros e dividendos a quem quer que se aventurasse neste comércio.
O que levou ao crescimento do interesse pela produção de borracha?
A Revolução Industrial e o desenvolvimento tecnológico foram as razões principais que fizeram com que a borracha natural que até então era um produto exclusivo da região amazônica, se tornasse algo muito procurado e valorizado, que gerava muitos lucros e dividendos para quem investisse nesse comércio.
Quem financiou a produção de borracha na Amazônia?
Esses trabalhadores produziam perto de 17 mil toneladas por ano. Os cálculos dos EUA era de que seriam necessárias 70 mil toneladas. A assinatura dos Acordos de Washington estabeleceu que o governo americano passaria a investir maciçamente no financiamento da produção de borracha amazônica.
Além do crescimento populacional, Manaus e Belém presenciaram um grande desenvolvimento em infraestrutura. A prosperidade proporcionada pelo ciclo da borracha fez com que teatros, palácios, cinemas, prédios e outras construções fossem realizadas em ambas as cidades.
Quais foram os benefícios do ciclo da borracha para a Amazônia?
O Ciclo da Borracha foi importante porque ocasionou o povoamento do Norte brasileiro, em especial regiões da Floresta Amazônica. O lucro obtido pelo comércio do látex levou ao desenvolvimento econômico e cultural das capitais dos estados nortistas.
Na avaliação de Eliasch, para comprar toda a Floresta Amazônica, seriam necessários 50 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 81,5 bilhões). O empresário sueco é investigado pela Polícia Federal e pela Abin a respeito da compra de 160 mil hectares no Amazonas e em Mato Grosso.
Quem controlava a produção da borracha brasileira?
A elite amazônica que controlava a produção e comercialização da borracha, no entanto, não aderiu de pronto à campanha, apesar do incentivo à produção por preços mais altos do que os praticados no mercado internacional.
Para os soldados da borracha, a guerra não acabou em 1945, mas perdurou por décadas. A adaptação a esse novo ambiente, para esses soldados da borracha, foi muito difícil. Tiveram de se adaptar para sobreviver, pois inúmeras eram as mudanças, como a geografia e, principalmente, o clima, para a maioria vinda do Nordeste.
Sir Henry Alexander Wickham (29 de maio de 1846 – 27 de setembro de 1928), botânico inglês, conhecido por ser o autor do contrabando de cerca de 70.000 sementes de seringueira, Hevea brasiliensis, na região de Santarém no Pará em 1876.
Esse produto nada mais é do que uma seiva leitosa extraída da casca de uma árvore da região amazônica conhecida como seringueira. Além de ser a principal matéria prima da borracha natural, o látex é essencial para a manufatura de mais de 40 mil produtos.
Entre 1943 e 1945 cerca de 60 mil pessoas foram recrutadas para trabalharem nos seringais da região amazônica, onde extrairiam borracha imprescindível para o esforço de guerra empreendido então pelos Estados Unidos e seus aliados, contra o avanço dos regimes fascistas.
O ciclo brasileiro da borracha entrou em declínio e na década de 1950, o país perdeu posto de maior produtor de borracha e iniciou a importação da matéria-prima. Hoje, os maiores produtores são a Tailândia, Indonésia, Malásia e Vietnã, que concentram 71% da produção mundial.
Os Soldados da Borracha eram, em sua maioria, nordestinos atraídos por promessas de bons pagamentos e condições dignas de vida, já que anos antes haviam sofrido com a seca extrema na região. Cerca de 60 mil homens foram mandados para a Amazônia para extrair borracha para os Estados Unidos.
Em 1736 o cientista e explorador francês Charles Marie de la Condamine levou à Europa as primeiras amostras de uma nova substância extraída da seringueira, planta nativa das Américas Central e do Sul. Por volta de 1770, as primeiras amostras de borracha chegaram à Inglaterra.
Estudos feitos com a borracha desenvolveram e aprimoraram suas propriedades, o que permitiu uma ampliação no seu número de aplicações, que começou a ser utilizada como matéria-prima para a produção de correias, mangueiras e sapatos.
Por que a Amazônia foi importante para o aumento do consumo de borracha no mundo?
A presença de seringueiras na floresta amazônica favoreceu a coleta de látex, principal composto da borracha. Desse modo, a Amazônia se configurou, durante décadas, como a principal região produtora desse produto, que era destinado para várias regiões do mundo.
A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, que ao longo da bacia hidrográfica do rio Amazonas, se estende por oito países, por cerca de 6,74 milhões de km²: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela e Suriname. Também passa por parte do território da Guiana Francesa.
Dados compilados até o último dia 15 mostram um acumulado de 32,6 milhões de hectares atingidos pelo fogo este ano, superando o pico histórico de 29,2 milhões de hectares.
A bacia amazônica gera entre 16% e 20% da água doce do planeta, contém 25% da biodiversidade terrestre, mais espécies de peixes do que qualquer outro sistema fluvial, 6.000 espécies de animais e pelo menos 40.000 espécies de plantas, de acordo com a publicação de maio da BM.
A vida no seringal era dura para a família do patrão, bem como para todos os fregueses. Claro que a extração do produto, ou seja, a produção propriamente dita, ficava por conta dos seringueiros; o patrão era o proprietário das terras, dos meios de produção e monopolizava o comércio em sua propriedade.
Qual foi o principal motivo da revolta dos seringueiros?
O que se podia fazer era o controle do volume de borracha, mas mesmo neste aspecto a rede de comércio clandestino nas fronteiras de seringal tornava inevitável o "contrabando de borracha". Disso resultavam conflitos crônicos entre patrões e regatões, patrões e seringueiros.
O Museu do Seringal Vila Paraíso, localizado no Igarapé São João, na área rural de Manaus, foi inaugurado no dia 16 de agosto de 2002. O espaço reproduz um seringal do final do século 19 e início do século 20, época do ciclo da borracha e período de grande ascensão econômica do Amazonas.