Sigmund Freud considerava a tristeza uma emoção normal dentro da experiência humana, compreendida como algo complexo que pode ter diversas origens e significados, porém, que se trata de uma expressão natural do luto e do conflito emocional.
Uma das sete emoções universais humanas, a tristeza faz parte da vida e não existe maneira de evitá-la. Perdas e luto podem desencadear o sentimento, mas ele não é sinônimo de depressão, diz especialista.
Freud, que é provavelmente o maior defensor do inconsciente, diz: “Porque a essência do sentimento consiste em ser experimentado, ou seja, conhecido da consciência. Assim, para os sentimentos, sensações e afetos, desaparece inteiramente a possibilidade de inconsciente” (119, p.
Portanto Freud (1915) explica que, ainda que com um cunho negativo, há de certa forma uma devoção a si próprio, ou seja, uma grande devoção ao objeto perdido incorporado ao ego: "No luto, é o mundo que fica pobre e vazio; na melancolia, é o próprio ego" (FREUD, 1915, p. 251).
Embora Lacan também tenha formulado conceitos como Real, Simbólico e Imaginário, objeto a, gozo, entre outros, ele considera como os quatro conceitos fundamentais da teoria psicanalítica os já propostos e demarcados por Freud: Inconsciente, Repetição, Transferência e Pulsão.
Na obra freudiana, o amor é, a princípio, situado do lado da pulsão sexual, enraizando-se no narcisismo primário. Ou seja, amor e sexo compartilham, em sua constituição, o prazer parcial ligado, de início, à boca. Amar como sinônimo de devorar seria, então, a primeira configuração do amor.
Freud diz que: O melancólico ainda nos apresenta uma coisa que falta no luto: um extraordinário rebaixamento da autoestima, um enorme empobrecimento do Eu. No luto, é o mundo que se torna pobre e vazio; na melancolia, é o próprio Eu.
Com Freud, foi possível entender que a morte, algo biologicamente imposto a nós, não é simplesmente um momento final da nossa existência física, mas uma experiência psicológica diária; experiência que mostra que, por mais que a vida seja bela (e ela o é), a morte ainda vence.
Para Freud, o sentimento de culpa está relacionado ao ato de fazer algo que se reconhece como "mal" e ele mesmo reconhece o quão pouco essa resposta revela verdadeiramente sua origem. Sim, porque a questão que se coloca de imediato é: o que é o mal e como o reconhecer?
Para Freud, os conflitos internos são criados e resolvidos por duas partes, uma que reconhece o desejo e a outra que luta contra para evitar se prejudicar. E o conflito deve ser resolvido o mais rápido possível sob pena de arcar com prejuízos com os quais não poderemos lidar.
A psicanálise explica a culpa como um sentimento emocional que está intimamente relacionado ao remorso e ocorre quando uma pessoa acredita, ou percebe que comprometeu seus próprios padrões de conduta, ou violou os padrões morais universais, e tem responsabilidade significativa por essa violação.
Estar triste é caracterizado por ter baixa autoestima, sentimentos de solidão, culpa, cansaço, angústia ou dor. Este sentimento pode ser a resposta para eventos desagradáveis, decepções, morte de alguém próximo, separação, raiva em relação a alguma pessoa, entre outros.
A tristeza gera em nosso organismo uma diminuição muito notável de energia. Além disso, sentimos a necessidade de limitar nossas relações sociais, que nos incomodam, o barulho pode até nos perturbar, até mesmo o de nosso próprio ambiente se torna algo ruim, e preferimos de longe a solidão.
Dois anos depois, em Luto e Melancolia (1917), Freud apresenta a noção de luto como “a reação à perda de um ente querido, à perda de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante” (p. 129).
Sigmund Freud — É possível que a morte em si não seja uma necessidade biológica. Talvez os homens morram porque queiram morrer. Assim como o amor e o ódio pela mesma pessoa coexistem dentro de nós, a vida é uma mistura do desejo de viver com o desejo ambivalente de morrer.
A tristeza não é negativa por si só; na verdade, ela desempenha um papel crucial na regulação emocional e para processar eventos de grande relevância em nossa vida. Através da tristeza, muitas vezes somos capazes de refletir sobre nossas emoções, avaliar nossas necessidades e buscar apoio emocional.
O que causa a tristeza? A causa pode estar ligada, por exemplo, à perda de alguém querido, término de um relacionamento, frustração no trabalho ou com a carreira, problemas de performance, infelicidade com as conquistas pessoais, traumas e conflitos internos mal resolvidos.
Processamento emocional: A tristeza nos ajuda a processar eventos traumáticos, perdas e situações difíceis. Ela nos permite enfrentar e compreender a magnitude de eventos dolorosos em nossas vidas, permitindo que processemos e aceitemos a realidade emocional.
Em 1917, Sigmund Freud, com a sua habitual antevidência, descreveu os afetos como experiências compostas que incluem “determinadas inervações ou descargas motoras” e “certos sentimentos”.
De acordo com Sigmund Freud, o amor é um desejo inconsciente de se unir com outra pessoa, como uma forma de satisfazer nossas necessidades emocionais e de segurança.
A paixão pode ser vista como um mecanismo de defesa inconsciente para lidar com desejos reprimidos e memórias não resolvidas. Por exemplo, um indivíduo pode se apaixonar por alguém que lembra uma figura importante de sua infância, como o pai ou a mãe.