A ração diária fornecida aos tripulantes comuns não passava de três refeições compostas por biscoito, e duas pequenas doses de água e vinho. Somente os mais privilegiados tinham a possibilidade de usufruir de carnes, açúcar, cebolas, mel, farinha e das frutas que eram transportadas.
Piolhos, ratos e baratas completavam o cenário. O cheiro, contam as crônicas da época, era repugnante. O trabalho da tripulação – levantar e baixar velas, vigiar o horizonte, bombear água do porão, pescar, vigiar o tempo, sol e estrelas – era dividido em turnos, em geral de quatro horas. Dormia-se pouco, portanto.
O que os marinheiros costumavam comer durante as viagens?
Contudo, observa-se que os principais produtos da dieta a bordo, seja nos portos ou durante as viagens, eram proteínas, como a carne, ou carboidratos, como pão, biscoitos, arroz, batata e açúcar.
Frequentemente, chuvas abundantes inundavam as embarcações. As condições sanitárias estavam longe do ideal. A ideia de tomar banho, por exemplo, sequer se colocava. Os passageiros mais ricos faziam suas necessidades em penicos, que, depois, eram despejados no mar por seus encarregados, geralmente crianças.
COMO ERA A VIDA E A HIGIENE DOS NAVEGADORES PORTUGUESES NAS GRANDES NAVEGAÇÕES
Como os portugueses dormiam nas embarcações?
Como os porões dos navios eram usados para estocar os tonéis com água, mantimentos e munição, os marinheiros dormiam no convés, ao relento, em colchões de palha. "Naquela época, tomar banho era raro até em terra firme, quanto mais em viagens oceânicas. A marujada urinava no mar e defecava em baldes.
A ração diária fornecida aos tripulantes comuns não passava de três refeições compostas por biscoito, e duas pequenas doses de água e vinho. Somente os mais privilegiados tinham a possibilidade de usufruir de carnes, açúcar, cebolas, mel, farinha e das frutas que eram transportadas.
Resposta: Os marinheiros, especialmente durante o período das Grandes Navegações, alimentavam-se, dentre outros produtos, de bolachas, carnes salgadas e alguns poucos mantimentos adicionais.
As condições nos navios eram precárias, sem ventilação nos porões – onde passavam boa parte do tempo – nem higiene adequada. A alimentação era bastante restrita e recebiam pequenas porções de farinha e carne seca e um pouco de água, que era rara até mesmo entre a tripulação.
Como as pessoas faziam para sobreviver as longas viagens marítimas?
Quem não tinha dinheiro e via os alimentos se esgotarem caçava ratos e baratas, que infestavam os navios, para sobreviver. Nesse ambiente de luta pela sobrevivência, os motins se tornavam comuns e eram reprimidos com brutalidade pelos oficiais, que andavam com espada, adaga e pistolas.
Alimenta-se de pequenos organismos marinhos desatentos, como peixes e plâncton. Tem uma vesicula com gás, que a permite flutuar. A sua cor pode ser entre o azulado, rosa ou arroxeado, com tentáculos que podem atingir até 50 metros.
Como eram chamadas as embarcações dos portugueses?
As caravelas redondas, ou "caravelas da armada", eram navios que acompanhavam geralmente as armadas. Tinham três ou quatro mastros, armando pano redondo no traquete e pano latino nos restantes.
Para esta navegação astronómica os portugueses, como outros europeus, recorreram a instrumentos de navegação árabes, como o astrolábio e o quadrante (um quarto de astrolábio munido de um fio de prumo), que aligeiraram e simplificaram.
Em terra, era bastante comum que os piratas comessem e bebessem em excesso, para compensar o tempo e alimentos que ingeriam nos navios, como carne passada, biscoitos velhos e roídos, água estagnada, entre outros. Todavia, ao se encontrarem em terra firme, os piratas aproveitavam fartos pratos típicos da época.
Na época dos grandes descobrimentos e das sofridas viagens marítimas, os biscoitos eram a base da alimentação dos marinheiros das caravelas. Sua consistência era extremamente dura, para que durassem meses e para saboreá-los era preciso molhá-los na sopa ou no chá.
Esses sintomas, comuns entre os marinheiros na época das grandes navegações, indicavam a ocorrência de escorbuto, doença nutricional provocada pela falta de vitamina C que pode levar à morte. A causa era a ração dos tripulantes, escassa e que não continha frutas e verduras.
Os escravos eram acorrentados e muitas vezes mantidos nus durante toda a viagem. A alimentação era escassa e de baixa qualidade, consistindo principalmente de feijão, arroz e farinha de milho.
No Rio de Janeiro, como no norte e nordeste, a farinha de mandioca era o alimento que constituía a base da alimentação escrava. Era complementada por milho, feijão, arroz, bananas e laranjas. Na zona rural podiam contar com suas roças.
É o caso da rabada, feijoada, galinha com quiabo, acarajé, canja, pirão, angu e canjica. Como foi contado acima, alguns alimentos não eram nativos do Brasil, como é o caso do quiabo e do inhame.
O escorbuto pode ser prevenido mantendo-se os níveis de vitamina C adequados. Para isso, deve-se ter uma alimentação balanceada e que inclua alimentos que contenham essa vitamina, como laranja, limão, acerola, brócolis, couve-flor, goiaba e caju.
O padrão era usar a mesma roupa durante todo o percurso, que durava meses. "Quando possível, todos se perfumavam e incensavam o ambiente, na tentativa de controlar o mau cheiro emanado dos corpos e da sujeira", diz Gurgel. Surgiam, assim, pragas de piolhos, percevejos e pulgas.
Escorbuto tem cura e o tratamento é feito com reposição de vitamina C. Dependendo do caso, é recomendado suplementação de vitamina C, 300 a 500 mg por dia. O tratamento também inclui alimentos ricos em vitamina C. Geralmente a reposição da vitamina C é feita por 3 meses.
As refeições eram compostas por feijão, arroz, carne seca e farinha. A falta de higiene, a superlotação dos porões e a escassez de alimentos causavam problemas gastrointestinais, escorbuto – causado pela falta de vitamina C no organismo – e doenças infectocontagiosas nos escravizados, levando-os ao óbito.
Os marinheiros, especialmente durante o período das Grandes Navegações, alimentavam-se, dentre outros produtos, de bolachas, carnes salgadas e alguns poucos mantimentos adicionais.
Folha Online - Brasil 500. No primeiro contato que teve com os índios tupiniquins, no litoral sul da Bahia, Pedro Álvares Cabral apresentou a dois deles, no dia 24 de abril de 1500, os alimentos que trazia em suas naus: carneiro, galinha, pão de trigo, peixe cozido, confeito, fartéis, vinho, mel e figos passados.