— Paulo Freire in Moacir Gadotti, Paulo Freire: Uma Biobibliografia, 1996. 6 – “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. — Pedagogia da Autonomia, 1996.
Paulo Freire afirma, em sua obra Pedagogia da autonomia, que ensinar exige segurança e competência profissional, assim como rigorosidade metódica, tanto no estímulo da capacidade crítica do aluno, quanto no ensino de conteúdos e atitudes éticas.
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, já dizia Paulo Freire. Neste tempo de tantas incertezas, a educação segue sendo a força necessária para compreendermos quem somos e o que precisamos transformar a nossa volta.
"Ser professor é um ato de amor... e como diz Paulo Freire: de coragem. Vivemos momentos de profunda dor na pandemia. Dor da perda, da separação, da incerteza, da mudança. Mas talvez, dessa dor possa nascer a esperança.
Ele defende uma educação que incentive a criticidade do aluno, indo além do português e da matemática. Suas ideias também possuem ligações com o pensamento marxista e críticas ao capitalismo.
Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar. De acordo com o educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano. “Se aprende na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o conhecimento do outro.
A definição de educação específica de Freire é: educação é o processo constante de criação do conhecimento e de busca da transformação-reinvenção da realidade pela ação-reflexão humana. Segundo Freire, há duas espécies gerais de educação: a educação dominadora e a educação libertadora.
1- “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” 2- “Só, na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense errado, é quem pode ensinar a pensar certo.” 3- “A educação, qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática.”
Paulo Freire vê a educação como ferramenta para emancipação individual e social e avalia que todo processo educacional deve partir da realidade do próprio aluno. Também valoriza a horizontalidade, ou seja, a possibilidade não só de estudantes aprenderem com professores, mas também o contrário.
Paulo Freire defendia a tese de que a educação deve valorizar a cultura do aluno, reconhecendo que, estando alfabetizado ou não, o aluno leva à escola uma cultura própria, que não é pior nem melhor que a do professor e, portanto, há um aprendizado mútuo.
O ato de ensinar, em síntese, implica êxito, que nada mais é que a própria aprendizagem. Ensinar é um tipo de atividade que não se resolve com o emprego de técnicas e regras consideradas como neutras. Para garantir o seu êxito, deve haver aprendizagem.
O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a “ler o mundo”, na expressão famosa do educador. “Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)”, dizia Freire.
O ensinante aprende primeiro a ensinar mas aprende a ensinar ao ensinar algo que é reaprendido por estar sendo ensinado. O fato, porém, de que ensinar ensina o ensinante a ensinar um certo conteúdo não deve significar, de modo algum, que o ensinante se aventure a ensinar sem competência para fazê-lo.
"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." "O educador se eterniza em cada ser que educa." "A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem.
Nas palavras do educador Paulo Freire, não existe ensino sem aprendizagem. Para ele e vários educadores contemporâneos, educar alguém é um processo dialógico, um intercâmbio constante.
Freire entendia que o papel da educação era o de ensinar as pessoas a serem capazes de pensar por si mesmas e, assim, por meio da consciência, poderem conquistar a sua liberdade.
A pedagogia de Paulo Freire segue uma linha semelhante. Paulo Freire acreditava que o professor deveria ser um auxiliar do processo de aprendizado do aluno, não uma figura de mestre. Para o pedagogo, não existe hierarquia entre professor e aluno.
O que Paulo Freire diz sobre o papel do professor?
Para Paulo Freire, “o papel do professor e da professora é ajudar o aluno e a aluna a descobrirem que dentro das dificuldades há um momento de prazer, de alegria” (2003, p. 52).
Conforme ensina Freire, o estímulo à participação dos estudantes na escola é extremamente importante para a assimilação do que é ser cidadão e cidadã, e para sentir-se sujeito do processo educacional. A escola cidadã deve partir da necessidade dos alunos e das alunas defendendo sempre a educação dialógica.
- Construir novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de qualquer relação de dominação.
2.1) Libertadora – Também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, essa tendência vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Onde, para esse, o saber mais importante é a de que ele é oprimido, ou seja, ter uma consciência da realidade em que vive.