Popper defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi.
Um dos problemas da filosofia da ciência que Popper trabalhou é o chamado “problema da indução”. Acreditavam os indutivistas ser possível a partir dos fatos obter as leis, as teorias científicas. Dado um conjunto de fatos poder-se- ia, utilizando a lógica indutiva, chegar às leis universais, às teorias.
Na continuidade da evolução do pensamento, Kall Popper (1975) propõe o Método Hipotético-Dedutivo, que é um método que procura uma solução, por meio de tentativas (conjecturas, hipóteses, teorias) e eliminação de erros. Esse método pode também ser chamado de “método de tentativas e eliminação de erros”.
O princípio proposto por Popper, em vez de buscar a verificação de experiências empíricas que confirmassem uma teoria, buscava fatos particulares que, depois de verificados, refutariam a hipótese. Assim, em vez de se preocupar em provar que uma teoria era verdadeira, ele se preocupava em provar que ela era falsa.
Popper chegou à conclusão que o critério que distingue ciência de pseudociência é, não a possibilidade de confirmarmos teorias, isso podemos fazer até com as teorias dos adivinhos, mas justamente o oposto: a possibilidade de as teorias serem refutadas.
Para Popper, a busca do conhecimento não se dá a partir da simples observação de fatos e inferência de enunciados. Na verdade, esta nova concepção pressupõe um interesse do sujeito em conhecer determinada realidade que o seu quadro de referências já não mais satisfaz.
De acordo com Popper, a ciência continua tendo nos experimentos algo fundamental, mas não, como na concepção positivista, para confirmar as teorias como verdadeiras, e, sim, para testá-las com o objetivo de comprovar sua qualidade.
1. Uma teoria é científica se for testável e suscetível de falsificação empírica mediante a observação. 2. Uma teoria irrefutável não tem direito a ser considerada científica.
Quais as principais características da epistemologia de Karl Popper?
A epistemologia de Popper caracteriza-se como uma crítica constante às concepções científicas já existentes, tentando sempre instaurar novas hipóteses ou conjecturas ousadas, a fim de atingir a explicação científica, jamais definitiva, mas sempre aproximada. As ciências não procuram jamais resultados definitivos.
“O chamado paradoxo da liberdade é o argumento de que a liberdade, no sentido da ausência de qualquer controle restritivo, deve levar à maior restrição, pois torna os violentos livres para escravizarem os fracos”[1].
A filosofia de Karl Popper - o racionalismo crítico - é apresentada. Para ele todo o conhecimento é falível e corregível, virtualmente provisório. O conhecimento científico é criado, construído e não descoberto em conjuntos de dados empíricos.
A ideia de que a ciência progride visando à verdade só irá ser delineada na obra Conjectura e refutações (1963), pois, para estabelecer tal vinculação, Popper precisou, antes, definir a verdade como sendo a meta da ciência, o que só ocorreu, em 1957, quando ele escreveu o artigo intitulado “The aim of science”, ...
O conhecimento objetivo de Popper não permite ao homem saber alguma coisa plenamente, mas sim, possibi- litar a ele novos descobrimentos, que servirão para que ele possa recons- truir todo o esquema tradicional do conhecimento, diferenciando este trabalho, das outras concepções de ciência e racionalidade.
Karl Popper formulou o “Método Hipotético Dedutivo” e se destacou como um dos mais importantes filósofos do século XX. Karl Popper nasceu dia 28 de julho de 1902. Austríaco radicado no Reino Unido, foi um dos principais pensadores do século XX, tendo se destacado sobretudo no estudo da filosofa da ciência.
Qual seria a atitude mais sensata de um cientista segundo Popper?
A atitude mais sensata de um cientista, segundo o pensamento popperiano, é de um exercício crítico incessante do conhecimento e de um entusiasta ardoroso ao advento de novas teorias.
Popper acredita e defende que o homem atua no mundo um, ou seja, no mundo físico utilizando as teorias que estão no mundo três. Para isto, ele se utiliza de seus processos mentais que estão no mundo dois. Ou seja, os três mundos estão relacionados.
A ciência física progride, assim, substituindo teorias de um menor nível de universalidade por teorias de um nível mais elevado. Trata-se, pois, de um progresso em sentido “indutivo” (POPPER, 1972. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1972., p.
Qual foi a primeira grande contribuição de Popper para a filosofia da ciência que foi publicada originalmente em alemão em 1934?
Ainda na Áustria, em1934, foi publicado o seu primeiro livro,Logic der Forschung(A Lógica daPesquisaCientífica(Popper, 1985), na versão brasileira), que se constituiu em uma crítica aopositivismo lógicodo Círculo de Viena, defendendo a concepção de que todo oconhecimento é falível e corrigível, virtualmente provisório.
As hipóteses são especulações, previsões sobre um determinado fenômeno da natureza e como ele se comporta. As mesmas devem ser testadas, o que, normalmente, é realizado por meio de experiências científicas. Já as teorias são explicações bem fundamentadas para descrever esses eventos.
A ciência é infinda, mas limitada. Além dos limites internos – regras, axiomas, leis, teoremas, etc. – e outros impostos pelos instrumentos e técnicas de medida, os limites mais importantes são de natureza ética, política e económico-financeira.
Qual a relação estabelecida por Popper entre teoria e observação?
O ambiente positivista da época definia ciência como aquilo que se utilizava do método empírico e de observação. Popper não concordava com tal teoria, uma vez que, se assim fosse, a astrologia seria considerada ciência, pois ela também utiliza o método da observação e da coleta de dados.