Amor Fati é uma expressão do latim que pode ser traduzida para “amor ao destino” ou, trazendo para termos mais práticos, “aceitação entusiástica de tudo que possa vir a acontecer”.
O amor fati é uma forma de medir a grandeza da vontade afirmativa do homem, como Nietzsche escreve em Ecce Homo. É constitutivo de um saber trágico, que não tem por intuito eliminar o que há de sombrio e “problemático” na existência, mas afirmar a vida tal qual ela é (Cf. CALOMENI, 2011).
A escolha de tatuar “Amor Fati” representa a decisão de: Abraçar a vida em sua totalidade: com seus altos e baixos, aprendendo e crescendo com cada experiência. Transformar desafios em oportunidades: reconhecendo que as dificuldades podem nos fortalecer e nos tornar mais resilientes.
Memento mori é uma expressão latina que significa algo como "lembre-se de que você é mortal", "lembre-se de que você vai morrer" ou traduzido literalmente como "lembre-se da morte". Amor fati é uma expressão latina que significa 'amor ao destino', 'amor ao fado'.
O Amor Fati é uma proposição para que aceitemos o que vier a acontecer conosco. Mais do que aceitar passivamente, porém, os estoicos propõem que aproveitemos verdadeiramente o que está acontecendo.
“ As implicações do Eterno Retorno levam inevitavelmente a outro conceito muito importante que Nietzsche chamou de amor fati (do latim, amor ao destino).
Abraçar os acontecimentos. Fazer do fogo, combustível. Mudar suas atitudes em relação à vida. São esses os ensinamentos da expressão em latim AMOR FATI.
O presente artigo tem como objetivo principal investigar as nuances da relação estabelecida entre a noção de amor fati e o pensamento do eterno retorno tal como aparecem no livro IV de “A gaia ciência” (1882), obra de Friedrich Nietzsche.
O amor não é outra coisa que um derramamento, uma espécie de luxo e de dádiva daquilo que cada indivíduo conquistou por e para si mesmo e quer partilhar, alegremente, com um outro. Nesse caso, não há nada de carência, mas muito pelo contrário, de plenitude. Quanto mais pleno de si, mais capaz de amar será um indivíduo.
Freud (1923/2006) afirma que a primeira representação de um dano narcísico na criança é por perda corporal, o que nos leva a concluir que as perdas marcam o corpo. Entretanto, afirma Ribeiro (2010) que, apesar das perdas (ou por causa delas), é possível construir uma imagem de corpo enaltecido.
“Quem então compreende o que é bom, também pode saber amar; mas aquele que não pode distinguir o bem do mal, e as coisas que não são boas nem más de ambos, pode possuir o poder de amar? Amar, então, está apenas no poder dos sábios”.
Segundo Nietzsche, a religião não é uma prática libertadora, mas pelo contrário, oprime a alma humana transformando os instintos vitais em algo negativo. Dentre outras coisas, ele afirma que o cristianismo aprisiona o homem em propósitos e objetivos metafísicos, que para ele é algo ruim a ser superado.
Amor fati (do latim amor, nominativo singular de amor,óris: 'amor a algo' e fati genitivo singular de fatum,i, 'destino') é uma expressão latina que significa 'amor ao destino', 'amor ao fado'.
O amor fati de Nietzsche é uma concepção fundada no eterno retorno dos estoicos. Ele assume para si o propósito máximo de resignação perante o destino. Mas sua filosofia rompe com a ética da indiferença e com a noção estoica de que a natureza é governada por uma razão ordenadora.
Nietzsche defendia a inexistência em vários sentidos: de Deus, da alma e do sentido da vida. Para ele, o ser humano deveria abandonar as muletas metafísicas, a chamada morte dos ídolos. O filósofo se opunha aos dogmas da sociedade, principalmente ao defender que a verdade era uma ilusão.
Como é a felicidade que se alcança pela via do amor fati?
Em resumo, a felicidade pelo "amor fati" é uma serenidade profunda e um contentamento que vêm da aceitação incondicional da vida como ela é, valorizando cada momento e experiência como parte essencial do nosso ser.
Mas podemos dizer que o melhor livro de introdução que nós já lemos foi “Nietzsche: Civilização e Cultura” (Martins Fontes), escrito por Carlos A. R. de Moura.
Para Nietzsche não se trata de amar o sofrimento, mas a vida, que não existe sem o sofrimento. Amar e afirmar a vida não é lamentar-se, mas compreender que é uma força em meio a tantas outras, ativas e reativas. Viver cada instante, com toda a intensidade é a vontade de potência no seu mais alto grau.
A sentença "Deus está morto" significa: o mundo supra-sensível está sem força de atuação. Ele não fomenta mais vida alguma. A metafísica, isso significa para Nietzsche a filosofia ocidental entendida como Platonismo, está no fim.
Querer seu destino torna ainda mais paradoxal o conceito de destino, que então não abrange apenas o indefinível, mas ao mesmo tempo também o involuntário e o desejado. Nietzsche faz com que Zaratustra chame o destino como uma "vivência", algo que é vivenciado, mas que não pode ser conceitualizado.