Nos domínios da Amazônia em MT, os seringueiros vivem, particularmente, na RESEX Guariba Roosevelt, que é a única reserva extrativista do Estado. Eles são também conhecidos na região como beiradeiros, pois vivem às margens do rio Guariba e do rio Roosevelt, no município de Colniza, extremo noroeste do Estado.
Os seringueiros e suas mulheres caçam, pescam e plantam milho e mandioca para fazer farinha. Também coletam borracha e castanha. As crianças nadam, pescam e carregam uma as outras brincando de serem sacos de castanhas. As famílias moram no meio da floresta, longe umas das outras.
Os primeiros seringueiros e posseiros de seringais haviam chegado ao rio Tejo na década de 1890, em florestas contestadas entre Peru e Bolívia, habitadas até então pelas populações nativas de língua Pano, sobre cuja organização social e modo de vida na época pouco se sabe hoje em dia.
Seringueiro é o personagem típico da região dos seringais. É aquele que extrai o látex das seringueiras e viabiliza sua transformação em borracha natural. Seringalista é o proprietário do seringal. A seringueira é uma planta brasileira (hevea brasiliensis) da família das euforbiáceas, originária da Amazônia.
Nos domínios da Amazônia em MT, os seringueiros vivem, particularmente, na RESEX Guariba Roosevelt, que é a única reserva extrativista do Estado. Eles são também conhecidos na região como beiradeiros, pois vivem às margens do rio Guariba e do rio Roosevelt, no município de Colniza, extremo noroeste do Estado.
O culto a São Geraldo surge a partir da morte de um seringueiro em estado de abandono em sua colocação. Seu processo de santificação se dá através de uma petição na qual seu amigo pede sua autorização para retirada de folhas da árvore que brotara sobre seu túmulo, recebendo a cura, passa a ser cultuado como santo.
Os primeiros seringueiros, trabalhadores que retiraram o látex da seringueira como fonte de renda, chegaram à Amazônia na década de 1870. A vida do seringueiro é dormir cedo e acordar cedo.
O nome "seringueira" vem de "seringa", produto feito a partir do látex da planta pelos portugueses. "Árvore-da-borracha" refere-se a aplicação do látex da planta para a fabricação de borracha.
Os seringueiros constituíram outras formas de resistências ao mesmo tempo. São lutas elaboradas nas experiências vividas em seu cotidiano. São tradições e lutas que lhes ensinaram: "ficar e lutar é preciso; resistir fugindo não é mais preciso".
O seringueiro recebia uma quantidade de alimentos que durava em torno de 30 dias. ¿O regatão ou o patrão trazia o básico, que era arroz, feijão, jabá, pirarucu (peixe da Amazônia que se assemelha ao bacalhau) e conserva, que muitas vezes chegava estragada, entre outras coisas¿, conta Carlito.
Como a seringueira vive mais de 200 anos, o látex pode ser extraído ao longo de várias décadas. Nos seringais plantados do Tapajós, o número de árvores sangradas por dia pode ser maior devido a sua maior densidade. No Acre, as cooperativas extrativistas estão beneficiando a borracha e agregando mais valor à produção.
A diversidade de sua aplicação industrial, essencial na manufatura de artefatos usados na indústria pneumática e automotora, aviões e tratores agrícolas, além de utilizada na fabricação de pisos industriais, luvas e materiais cirúrgicos, confere o elevado grau de importância econômica da heveicultura.
Atualmente, as plantações de seringueira são realizadas nas regiões dos trópicos e subtópicos, especialmente no sudeste da Ásia e na África ocidental. No Brasil, a maior parte da produção de látex passou a ser realizada no estado de São Paulo, principalmente na região noroeste.
Depois do plantio, a planta demora cerca de 6 anos para começar a sangria da borracha, e pode produzir por cerca de 35 anos. A heveicultura no Brasil não atende a demanda do mercado atualmente; o crescimento anual da produção gira em torno de 4%, enquanto a demanda está em 6% - ficando quase em déficit.
O látex, borracha natural extraída do caule da seringueira, é matéria-prima para inúmeros produtos essenciais. Entenda como a indústria do látex nacional chegou a dominar o mundo, mas acabou perdendo o seu protagonismo.
Valores - De acordo com a Portaria, o preço mínimo da borracha natural cultivada (látex de campo, 31%) safra 2023/24, ficou estabelecido em R$ 3,27/Kg para todo o País. Já o coágulo virgem (à granel 53%) passa a ter o valor de 4,30/Kg, uma variação de -3,59% em relação à safra 2022/23.
O látex, líquido esbranquiçado e de aspecto viscoso, composto basicamente por hidrocarbonetos, incluindo pequenas porcentagens de proteínas, carboidratos e lipídios, é extraído por meio de incisões na casca da seringueira, processo que é chamado de sangria.
Espécie da família Euphorbiaceae, a Seringueira possui folhas compostas, com folíolos de bordas serrilhadas, formando uma folhagem densa e verde-escura. As flores da Seringueira são pequenas, perfumadas e de cor esbranquiçada. Elas crescem em cachos pendentes e atraem polinizadores, como abelhas.
Buscaram viver na Bolívia e as cidades de Porto Velho, Rio Branco/Acre, Extrema, e outros lugares para sobreviver. Sair do seu “lugar” foi muito complexo, pois estavam rompendo com um modo de vida construído há mais de séculos dentro das florestas, entre as águas, os animais, aves e o roçado...
A atividade vem atravessando os ciclos econômicos, encontrando épocas em que se constituía como principal atividade regional, como no período em que prevaleceu a extração das denominadas "drogas do sertão", borracha, madeira, castanha, mel, fumo, óleo de copaiba, metais preciosos, cacau, entre outros produtos.
As condições de moradia eram muito precárias, cada trabalhador “arrumava-se” numa palhoça, na qual muitas vezes também fazia o processo de defumação da borracha. O dia começava muito cedo e o trabalhador percorria sua estrada. Uma estrada é o conjunto de 100 a 150 seringueiras a ser entalhada por dia.
São mais de 25 mil famílias que vivem do produto da seringueira em mais de 40 mil hectares de área plantada. O setor, que emprega uma pessoa por quatro hectares, é responsável pela geração de 80 mil postos de trabalho no país.