A camarinha consiste no recolhimento do médium para um ritual de preparação da cabeça, ou seja, fazer com que tenha uma melhor evolução do Orí para assim permitir uma melhor manifestação das entidades.
Em caso de camarinhas de assentamento de Orixá, parte importante de preparação de um futuro Pai/Mãe de Santo, elas se estendem por alguns dias e noites onde o médium fica em contato com o sagrado sem poder sair durante esse período.
Originalmente, a Camarinha é um sacramento (no sentido de ritual sagrado) que advém dos candomblés, onde tem a força de uma iniciação. Na Umbanda, não há a mesma rigidez de regras, prazos e rituais das casas candomblecistas. Porém, o fundamento deste ritual não se perde com tais diferenças procedimentais.
O que fazer com a quartinha quando sai do terreiro?
Quando um médium sai ou abandona um terreiro, a obrigação dele é retirar a sua quartinha, suas firmezas, roupas, guias, etc. O dirigente daquela casa não tem obrigação nenhuma de cuidar da quartinha do filho da casa.
Possibilita o resgate de uma memória atemporal contida no mito do Orixá. A memória para ser acionada é sensibilizada na camarinha, na “feitura de cabeça” proporcionando interpenetrar no inconsciente individual e conectá-lo à memória coletiva ancestral, ao inconsciente coletivo, à Tradição do Orixá.
Também chamada de Camarinha de umbanda, é firmar a energia do orixá na cabeça de quem vai se deitar. Todo o ritual é feito para assentar o axé dos orixás, aplicando e condensando sua energia na cabeça do médium (ou ori).
A feitura do santo proporciona remanejamentos identitários que interferem em outros microssistemas. O respeito extremo à hierarquia é valorizado e está associado à realização de obrigações, provendo saberes e experiências a serem compartilhados com o decorrer do tempo.
Há também há o funeral umbandista, que é dividido em duas partes: o corpo é purificado, rito que ocorre na presença de um sacerdote, antes do corpo ser vestido e levado para o velório. Antes do enterro, ocorre a cerimônia fúnebre para a encomenda do espírito do falecido com preces, cantos e hinos.
"Começa com a preparação do corpo para o enterro, depois é seguido de muitos cânticos e por outros momentos específicos até completar um ano do falecimento da pessoa. Quando uma Iyalorixá ou Babalorixá (lideranças das casas de candomblé) morrem, o terreiro fica um ano sem atividades litúrgicas", explica.
Por isso, quem tem essa crença pode pedir em oração, antes de dormir, que seu povo e seus mentores tragam informações. Entretanto, pedir não significa um retorno imediato, pois a umbanda acredita que a agilidade ou a demora das entidades em se manifestar é inerente ao merecimento de cada pessoa.
Nesse ritual são servidos comidas secas aos orixás e aos falangeiros, são feitas guias das Entidades da-se o Amací para o Orí do filho de santo. No dia da Saída de Camarinha, as entidades desse médium saen vestidas ao som de cantigas e danças. Observação: Muitas casas de Umbanda não são adeptas desse tipo de ritual.
A iniciação é um rito de passagem, uma morte simbólica que transforma um homem comum em um instrumento do Orixá, em "elegun" um yawô, pessoa sujeita ao transe de incorporação , a emprestar seu corpo para que Orixá viva entre nós mais uma vez, por um período de horas ou dias.
*Roupas escuras, curtas, decotadas, justas, vestidos, shorts e bermudas curtos não cabem a um dia de louvação ao sagrado nem para homens e nem para as mulheres. * Por fim, é importante lembrar que o ambiente de Terreiro não deve nunca ser palco para vaidades.
A assessoria de comunicação da influencer explica à Marie Claire que, dentro do candomblé, raspar a cabeça é uma grande prova do seu amor e devoção ao espírito, é o desprendimento da vaidade, em nome da fé. Ao todo, Flora precisará ficar dentro do terreiro por 21 dias, sem sair para nada.
O ritual pode ser praticado dentro do próprio Terreiro, numa cachoeira ou na praia pelo sacerdote (responsável espiritual do Templo) incorporado na Entidade Preta Velha ou alguém de sua confiança por ele indicado. . Primeiro limpa-se o Filho com sal grosso e depois purifica-se com a água.
É verdade que a pessoa que entra para trabalhar na Umbanda não pode mais sair, porque atrasa a vida? Não, não é verdade. Como também não é verdade que a vida da pessoa em questão vai pra frente se ela entrar para a Umbanda.
A quartinha deverá ficar em local neutro de pouco acesso a pessoas estranhas a casa em local de prece. Não colocar nunca quartinha no chão, porém não necessariamente ela tenha de estar acima da cabeça. Pode estar num oratório ou em uma prateleira.
A quartinha representa a respiração da divindade, então quando a divindade necessita dessa respiração, há o ciclo de evaporação da água através dos poros do barro.