A água pode reduzir a maciez da carne e assim, ela também perde a suculência e também a textura natural. São fatores que podem interferir no sabor também. Aliás, a maior proliferação de bactérias que ocorre por conta da lavagem também modifica o sabor desse alimento.
Para uma esterilização completa e segura, o recomendado é deixar o alimento de molho por até 10 minutos com a solução e a água. Normalmente, uma colher de sopa de água sanitária para até dois litros de água.
Ela esclarece que, quando usamos a água no processo de preparo, na verdade podemos estar propagando bactérias para o interior da própria carne e para outros alimentos, que é quando acontece a chamada contaminação cruzada. "Porque elas podem contaminar com esse processo, as carnes.
Em vez de reduzir o risco de doenças transmitidas por alimentos, lavar a carne aumenta a probabilidade de espalhar patógenos indesejados, como a salmonela e campylobacter, pela cozinha.
Sim, isso vale para todos os tipos de carne, desde a bovina, suína, de aves (frango) e até peixes. Lavar qualquer uma delas não retira suas bactérias, apenas espalha e infecta o ambiente.
“Lavar carnes, especialmente a de frango, na pia da cozinha pode espalhar potenciais patógenos no ambiente, representando uma prática de risco”, explica o coordenador da pesquisa, Uelinton Manoel Pinto.
Especialistas e a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém, dão razão ao primeiro grupo. Limpar com água corrente carnes de frango, de porco ou de vaca não é uma prática aconselhável e não deve ser realizada.
Não devemos lavar as carnes antes de cozinhar, não importa o tipo. Desde a carne bovina até a suína, passar água nas carnes não causa nenhum efeito de higienização nas peças. Aliás, por conta da presença de bactérias na água não-filtrada, é possível ainda causar uma contaminação no alimento.
Faça uma mistura de uma colher de água sanitária para cada litro de água e deixe a tábua de molho em uma vasilha por no máximo 15 minutos, pois, com o tempo, ela pode apodrecer. Retire a tábua do molho e enxágue bem com água corrente.
Comece lavando bem a carne para retirar o excesso de sal superficial. Após isso, basta colocar a carne em uma tigela com água fria e levar à geladeira até o momento do preparo. O ideal é que a água seja trocada algumas vezes durante as horas, retirando o excesso de sal que ficará nela.
Chegando com as compras em casa, é comum deixar uma carne fresca para preparar as refeições do dia e do próximo. Portanto lembre-se de que a carne resfriada deve ser consumida no máximo em até 3 dias, ou seja, 72 horas após a compra.
Muitas pessoas têm o costume de lavar a carne antes de cozinhá-la. No entanto, o chef do Metrópoles, André Rochadel, explica que, de acordo com profissionais da área da saúde, essa prática não é recomendada. Isso porque só a água não é capaz de remover os microrganismos que ficam na superfície da proteína.
Se ela estiver muito salgada, por exemplo, deixá-la por alguns minutos em água fervente pode ajudar a reduzir o excesso de sal. Da mesma forma, para cortes mais duros, escaldar por um curto período pode ajudar a amaciar as fibras.
O especialista lembra que a ideia de lavar a carne com água quente para se livrar das bactérias também não é válida porque o processo de cocção natural (cozinhar, assar ou fritar) já tem essa função. E, durante esse preparo, muitas delas são eliminadas.
Pode lavar a carne com vinagre? Ainda segundo a Anvisa, não é recomendado usar vinagre para lavar a carne. Isso porque os produtos podem ter outros contaminantes que elevam o grau de disseminação bacteriana. Logo, mantenha-se com o cozimento que tudo dá certo!
O aquecimento moderado destrói parte mas não todos os microorganismos presentes no alimento. É conhecido como pasteurização. O aquecimento mais intenso, geralmente a temperaturas superiores a 100ºC é empregado para preparar produtos de carne “comercialmente estéreis”. Este processo é denominado esterilização comercial.
Lave as mãos antes de preparar os alimentos e depois de ma- nipular alimentos crus (carnes, frangos, peixes e vegetais não lavados). As carnes cruas e os vegetais não lavados apresentam micróbios patogênicos que podem ser trans- feridos aos alimentos prontos por meio das mãos dos manipulado- res.
A principal orientação dos especialistas é sempre consumir carne bem cozida, grelhada ou assada. As altas temperaturas utilizadas nesses processos são capazes de matar as bactérias que causam infecções.
Especialistas em segurança alimentar explicam que lavar carne crua não ajuda a remover patógenos e pode, na verdade, aumentar o risco de contaminação cruzada na cozinha. Isso porque respingos da lavagem podem espalhar bactérias para superfícies e utensílios próximos.
Pra você que acha que tem que lavar carne moída pra tirar o gosto de sangue, saiba que não é necessário – nem recomendado. Para isso, basta levar a carne moída a uma panela, deixando-a ferver por 5 minutos, jogando todo o líquido que sair da carne.