Jamais abraçar ou agir como se fossem animais domésticos conhecidos”. Kwok ressalta que capivaras normalmente são pacatas e o fato ocorrido em Três Lagoas não pode servir de estímulo para que se haja de forma agressiva com os animais silvestres.
Ao Metrópoles, o médico veterinário Thiago Borba explica os riscos da interação humana com os capivaras e dá dicas de como agir ao encontrar o roedor em áreas públicas ou em casa. De antemão, é importante ressaltar que não se deve acariciar nenhum animal silvestre.
O biólogo ressalta ainda que esses animais não devem ser tocados, por serem silvestres. Caso se sintam ameaçadas, as capivaras podem morder com seus poderosos dentes.
Mas o hospedeiro, seja o animal ou o homem, não transmite a doença para outra pessoa. "A capivara, por exemplo, pode ser infectada pelo carrapato, mas não passa a doença. No entanto, o carrapato pode se multiplicar e disseminar pela região onde está localizado, infectando outros animais e seres humanos", alerta.
Capivara é um dos hospedeiros do carrapato-estrela
— Existem muitas questões de risco em domesticar animais selvagens. No caso da capivara, um dos riscos é que o roedor porte o carrapato transmissor e a pessoa acabe se infectando.
Segundo o médico-veterinário e diretor da Faculdade Qualittas, Francis Flosi, além da temperatura, o carrapato-estrela muda de hospedeiro algumas vezes durante o ciclo de vida e sempre estão presentes onde tem animais, principalmente os mamíferos. E as capivaras não são as únicas a receber este hospedeiro.
Dessa forma, apesar de absurdamente pacíficas e fofinhas, elas podem transmitir doenças. Mesmo sendo raros os casos de acidentes com capivaras, elas podem transmitir a raiva, doença causada por um Lyssavirus, da família Rhabdoviridae.
Jamais abraçar ou agir como se fossem animais domésticos conhecidos”. Kwok ressalta que capivaras normalmente são pacatas e o fato ocorrido em Três Lagoas não pode servir de estímulo para que se haja de forma agressiva com os animais silvestres.
O procedimento mais indicado é ir ao hospital. Se for possível, capturar o animal que causou o acidente, levando-o junto com a pessoa picada. Essa medida facilita o diagnóstico e o tratamento correto. Com o veneno do animal vivo é feito o soro.
Não deve tocá-los, sob risco de ele se sentir ameaçado e atacar. Não tem muito o que fazer. Por serem extremamento perigosas, o melhor conselho é buscar a ajuda dos bombeiros ou da Patrulha Ambiental. O pedido de ajuda também pode ser direcionado para a Patrulha Ambiental, do município, pelo serviço 1746.
Embora tranquilas, as capivaras podem atacar caso se sintam acuadas e amedrontadas. A recomendação é que as pessoas evitem se aproximar dos animais, mesmo que eles pareçam estar parados, pois podem se sentir ameaçados com a proximidade e atacar.
As capivaras apresentam olhos, orelhas e narinas alinhados de modo que o animal consegue nadar e deixar essas estruturas acima da água. Elas também se destacam por sua capacidade de ficar vários minutos embaixo da água. As capivaras são animais que vivem em grupos com até 20 indivíduos.
Todos os produtores rurais podem criar capivara em cativeiro, desde o pequeno produtor até a empresa rural. Para tal, todos têm de entrar, pelo menos, no processo, que é a oficialização do criadouro junto ao órgão ambiental.
A capivara possui um dente incisivo, um pré-molar e três molares superiores e inferiores em cada hemiarcada dental e todos possuem raiz ampla e aberta. Os incisivos inferiores são muito maiores que os superiores e sua extremidade é em forma de cinzel.
“As capivaras, embora não possam ser criadas como pet, tem autorização legal para criadouro comercial, ou seja, nesse caso, para o abate, consumo de carne.
Além de toda a problemática de ser um animal silvestre, que precisa de espaço e da natureza, as capivaras podem ser portadoras de diversas doenças, como a febre maculosa, transmitida pelo carrapato-estrela.
Então, pode ter capivara de estimação e criá-la como pet, mas, para isso, é indispensável autorização emitida pelo órgão responsável pelo estado em que o futuro tutor vive.
A capivara, muitas vezes, leva a culpa nos casos de febre maculosa. Mas, na verdade, o responsável por transmitir a doença é o micuim, ou, carrapato-estrela, como também é conhecido popularmente o gênero Amblyomma, que pega “carona” com os animais.
As fêmeas, muito cuidadosas, ensinam a descobrir novos alimentos, a nadar e até a vencer obstáculos. E os filhotes prestam muita atenção. Se algum, por acaso, se perder do grupo, pede logo socorro, com gritos fortes e agudos, ouvidos de longe.
E elas podem parecer tão despreocupadas assim, porque ao longo da evolução, elas tiveram poucos predadores. Provavelmente. é por isso que elas não avariam tão bem o perigo. até que um animal tente atacar.
Consideradas como um “símbolo” local pela população, as capivaras, que vivem em grupos de 10 a 30 indivíduos, são protegidos por uma lei federal desde 1967, o que proíbe a caça e a domesticação do roedor.
Apesar de se inserir em um mercado de carnes de caça, que normalmente são de sabor mais característico e forte, a carne de capivara pode ir de um extremo ao outro, podendo ser excelente, como na maioria dos casos é a produzida em criações, ou ser repudiada como é a maioria dos casos, se proveniente de animal da ...
O que acontece se for picado por carrapato de capivara?
A febre maculosa é transmitida ao humano pela picada do carrapato, geralmente pelo carrapato-estrela, que tem como hospedeiros animais como bois, capivaras e cavalos. Por isso, é mais comum em áreas rurais. Além disso, a maioria dos diagnósticos da forma grave são na região Sudeste.