O alto volume de chuvas no Rio Grande do Sul fez com que os rios ocupassem extensas áreas, e, com a dificuldade de escoamento, as cidades se mantém inundadas. Enquanto nas áreas de serra o relevo ajuda no escoamento das águas das chuvas pelo efeito da gravidade, nas áreas planas há o acúmulo.
Além disso, o final da lagoa tem uma passagem estreita e, quando a maré está alta, as águas encontram mais dificuldades para desembocar no oceano. O relevo é outro fator explica por que o nível do Guaíba não desce: região fica em uma área plana, entre rios e morros. Infraestrutura prejudicada.
No caso do que acontece aqui no Rio Grande do Sul, o mar fica mais alto do que o nível de escoamento da Lagoa dos Patos, impedindo que o excesso de água seja despejado no mar. O resultado de tudo isso é que a água do Guaíba e dos rios que o alimentam fica represada na região de Porto Alegre.
Por que a água do Rio Grande do Sul não quer baixar?
Por que a água não baixa em Porto Alegre? Isso acontece em parte porque o Rio Taquari, assim como os rios dos Sinos, Jacuí, Caí e Gravataí, desemboca no Guaíba, que banha a região metropolitana de Porto Alegre.
Região inundada de Porto Alegre (RS) tem característica geográfica específica que dificulta o escoamento da água, mesmo sem chuva. A água do Rio Guaíba escoa para a Lagoa dos Patos, a maior da América do Sul. Dependendo do nível da maré, a água fica represada, sem escoamento.
Por que a água não desce no Rio Grande do Sul? - Fatos Responde
Porque o Guaíba não desce?
Basicamente, a vazão, o vento e as chuvas são os fatores responsáveis pela estabilização do Guaíba. O relevo é outro fator explica por que o nível do Guaíba não desce rapidamente: região fica em uma área plana, entre rios e morros.
As inundações são reflexo da quantidade elevada de chuva que cai no estado desde o dia 27, sob efeito do El Niño, e são também uma das consequências dos efeitos das mudanças climáticas no mundo. Já choveu o volume esperado para seis meses em algumas cidades neste curto período.
Por que a água não abaixa lá no Rio Grande do Sul?
O alto volume de chuvas no Rio Grande do Sul fez com que os rios ocupassem extensas áreas, e, com a dificuldade de escoamento, as cidades se mantém inundadas. Enquanto nas áreas de serra o relevo ajuda no escoamento das águas das chuvas pelo efeito da gravidade, nas áreas planas há o acúmulo.
Nos dias finais de abril de 2024, o estado sofreu com chuvas, enchentes e enxurradas que atingiram 478 dos 497 municípios gaúchos, afetaram 2,4 milhões de pessoas — mais de um quinto da população local — e deixaram mais de 4 mil desalojados, 173 mortos e 38 desaparecidos.
Quais cidades do Rio Grande do Sul estão alagadas?
Áreas mais afetadas são os vales dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos, Gravataí, além do Guaíba, em Porto Alegre, e da Lagoa dos Patos, em Pelotas e Rio Grande.
Quanto tempo leva para baixar a água no Rio Grande do Sul?
Roberto ainda menciona que, de acordo com o Instituto de Pesquisa Hidráulica (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), “o rio Guaíba deve demorar 30 dias para restabelecer nível de cota abaixo da cota de inundação de 3,0 metros, isso deve-se às dificuldades de escoamento”.
As inundações foram reflexo da quantidade elevada de chuva que caiu no estado desde o dia 27, sob efeito do El Niño, e foram também uma das consequências dos efeitos das mudanças climáticas no mundo.
Atualmente, a Corsan atua em 317 municípios, atendendo cerca de 6,5 milhões de gaúchos, pouco mais da metade da população do Estado. Em leilão no dia 20 de dezembro de 2020 a estatal foi adquirida pela Aegea Saneamento, que assumiu a administração da Companhia em 7 de julho de 2023.
O que realmente aconteceu com o Rio Grande do Sul?
O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública. Nesse dia também foram contabilizadas mais cinco mortes, totalizando 10 óbitos. Metade das vítimas fatais até então era de pessoas idosas. Entre as causas das mortes estavam descarga elétrica, afogamento e deslizamentos de terra, segundo a Defesa Civil.
— Nós temos uma rede (de drenagem) extremamente sobrecarregada por água e, agora, com sua capacidade reduzida porque há um grande acúmulo de areia, de lodo, depositado sobre essa rede, então diminui ainda mais a eficiência. Faz com que a água fique mais superficial, visto que aqui tivemos um grande volume de chuva.
As enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 referem-se às inundações que ocorreram no estado brasileiro do Rio Grande do Sul entre o final de abril e início de maio de 2024. O governo gaúcho classificou a situação como "a maior catástrofe climática" da história do estado.
Qual foi a tragédia que aconteceu no Rio Grande do Sul?
A tragédia no Rio Grande do Sul com as enchentes e alagamentos atingiu 2,3 milhões de pessoas. A cada 10 gaúchos, dois sofrem com o impacto das chuvas. Milhares tiveram suas casas, móveis, eletrodomésticos, livros e memórias destruídos. Morreram 157 pessoas e 88 ainda estão desaparecidas.
Quantos dias durou a enchente no Rio Grande do Sul?
Até agora, morreram 147 pessoas, 127 ainda estão desaparecidas e 500 mil tiverem que deixar suas casas. As inundações afetam uma população de 2,1 milhões de pessoas em 447 dos 497 municípios gaúchos. Veja abaixo 15 fotos impactantes dos 15 dias de crise.
Após cinco dias de temporais, as águas não baixam, o que é atribuído, principalmente, a dois fatores: um "efeito funil" e a direção dos ventos, que dificultam o escoamento dos rios para o mar (veja no vídeo acima). O nível do Guaíba, em Porto Alegre, passou de 4,77 metros nesta sexta-feira (3).
Para o professor do IPH Fernando Dornelles, a água que chega ao Guaíba não consegue escoar com facilidade porque a região é praticamente plana do Gasômetro a Itapuã. Dessa maneira, Guaíba funciona como um reservatório.
O Guaíba é conectado com a Laguna dos Patos e esta, com o Oceano Atlântico. Se essas tempestades são acompanhadas pelas marés de tempestade, que elevam o nível do oceano, significa que a água não escoa. As águas ficam estacionadas em Porto Alegre”, explicou.
A Grande Inundação do Rio Amarelo (Huang Ho) 1931 é considerada um dos piores desastres naturais já ocorridos em todos os tempos, em número de vítimas fatais.