Reza a lenda que no século XVIII, período em que negros eram escravizados no Brasil,os senhores do engenho davam os restos de carnes de porco junto a feijão preto aos seus escravos, com isso eles misturavam os ingredientes criando um guisado de feijão preto com carne de porco.
Por muito tempo se considerava que a feijoada seria um prato “inventado” nas senzalas. Os escravos cozinhariam o feijão preto (originário) da América com os restos de carne que os senhores de engenho desprezavam. Segundo Câmara Cascudo, essa seria uma hipótese absurda. Os portugueses não desprezavam essas carnes.
A feijoada é um dos pratos típicos mais conhecidos e populares da culinária brasileira. Composta basicamente por feijão preto, diversas partes do porco, linguiça, farinha e o acompanhamento de verduras e legumes, ela é comumente apontada como uma criação culinária dos africanos escravizados que vieram para o Brasil.
Era servido aos escravos, sempre magro e pobre. Somente em ocasiões especiais, como no final da colheita, eles recebiam pedaços de charque ou carne fresca. Não há nenhuma referência conhecida a respeito de uma humilde e pobre feijoada, elaborada no interior das infelizes senzalas.
O que o texto diz sobre a origem da feijoada como herança cultural?
Portanto, a feijoada não foi inventada nas senzalas, mas sim uma criação brasileira com base em costumes europeus. As referências antigas à feijoada guardam relação com a elite escravocrata urbana, ao frequentar restaurantes no Recife em 1833, onde às quintas feiras eram servidas “feijoada à brasileira” (ELIAS, 2010).
Qual a importância da feijoada para a cultura brasileira?
Brasil: Feijoada como prato principal
A feijoada seria um dos signos da brasilidade, caracterizada pelo tema da antropofagia, da deglutição cultural que permeou a formação da nação brasileira.
No Rio de Janeiro, como no norte e nordeste, a farinha de mandioca era o alimento que constituía a base da alimentação escrava. Era complementada por milho, feijão, arroz, bananas e laranjas. Na zona rural podiam contar com suas roças.
Geralmente é acompanhada de arroz branco, couve refogada, farofa e laranja fatiada. A feijoada é um prato originado em Portugal, pelos costumes dos escravos africanos.
O churrasco gaúcho é o mais conhecido do país. Caracterizado como porção de carne, assada geralmente ao calor da brasa, em espetos ou sobre grelhas. Sua origem vem de meados do século XVII, devido a forte presença da criação de gado na região.
Há indícios que, à época da chegada dos europeus, o feijão já era conhecido pelos indígenas nativos, que no século 16, abasteciam os centros urbanos que estavam em formação, com abóbora, milho, mandioca e carne de caça.
Segundo ele, o prato é geralmente consumido às sextas e sábados em locais como escolas de samba, quando há celebrações, o que pode ter ajudado a popularizar o estabelecimento dessa data.
Reza a lenda que no século XVIII, período em que negros eram escravizados no Brasil,os senhores do engenho davam os restos de carnes de porco junto a feijão preto aos seus escravos, com isso eles misturavam os ingredientes criando um guisado de feijão preto com carne de porco.
A feijoada é um prato típico do Rio de Janeiro, mas que é muito consumida em todo Brasil, sendo considerada, assim, um dos pilares da gastronomia do país.
A cultura afro-brasileira consiste no conjunto de manifestações culturais predominantes em nosso país. A cultura do Brasil foi forjada a partir da mistura de elementos culturais provenientes da África, dos indígenas e dos europeus. Como já mencionamos, os africanos foram trazidos para nosso país como escravos.
Nem a origem da feijoada escapa. Reza a lenda que, nos tempos coloniais, os escravos criaram o prato aproveitando as sobras de comida da casa-grande, que incluíam partes descartadas do porco, como pés, orelhas e rabo. Uma explicação bem novelesca, com jeitão de Escrava Isaura, mas completamente falsa.
Trata-se de um prato popular, típico da culinária brasileira. Feijoada à brasileira com diversos acompanhamentos: arroz, couve refogada, mandioca frita, torresmo, laranja, caipirinha, entre outros. A primeira menção conhecida à "feijoada à brasileira" deu-se no Recife, em Pernambuco, no ano de 1827.
“A técnica é mais antiga: vem do Império Romano”. A pesquisa histórica levada a cabo pelo autor indica que os romanos costumavam cozinhar carne com legumes, entre eles o feijão branco. Essa seria a origem de pratos como o cassoulet francês – um ensopado de feijão branco com linguiça de porco e carne de pato.
A influência africana no Brasil ocorre através de diversos aspectos hoje comuns à nossa cultura, tais como: a língua, a culinária, as danças , as músicas, algumas religiões e demais costumes dos diversos grupos vindos do continente africano.
Um cronista daquele tempo relatou ter visto, num mesmo tabuleiro, mais de vinte qualidades diferentes de comidas salgadas e doces. Entre essas iguarias estava, além do acarajé, do vatapá e do abará, angu, mingau, pamonha e canjica.
É o caso da rabada, feijoada, galinha com quiabo, acarajé, canja, pirão, angu e canjica. Como foi contado acima, alguns alimentos não eram nativos do Brasil, como é o caso do quiabo e do inhame.
O preço de um escravo africano, por sua vez, era um impeditivo, pois era cerca de duas ou três vezes mais caro que um indígena. Durante todo o século XVI, os africanos eram escravizados em menor número que os indígenas na América Portuguesa e somente se tornaram a maioria nas primeiras décadas do século XVII.
Os escravos eram acorrentados e muitas vezes mantidos nus durante toda a viagem. A alimentação era escassa e de baixa qualidade, consistindo principalmente de feijão, arroz e farinha de milho.
A utilização do trabalho escravo na América esteve tradicionalmente associada com a agricultura comercial para exportação, principalmente açúcar, tabaco, algodão e café.