O bilingüismo favorece o desenvolvimento cognitivo e a ampliação do vocabulário da criança surda. A aquisição da língua de sinais vai permitir à criança surda, acessar os conceitos da sua comunidade, e passar a utilizá-los como seus, formando uma maneira de pensar, de agir e de ver o mundo.
O Bilinguismo é, portanto, a forma de ensino com a qual o surdo poderá assumir sua identidade como tal e que permitirá que ele consiga comunicar-se com a sociedade ouvinte através da linguagem escrita e, se o surdo desejar, por meio da linguagem oral, também.
Porque precisamos de uma escola bilíngue para surdos?
O fortalecimento das escolas bilíngues é uma possibilidade para que o sujeito surdo tenha mais perspectivas, de que seus direitos sejam respeitados e possa se desenvolver em sua própria língua.
Entende-se como educação bilíngue aquela que tem a língua brasileira de sinais (Libras) como primeira língua e o português escrito como segunda. Oriundo do PL 4.909/2020, apresentado pelo senador Flávio Arns (Podemos-PR), o texto foi aprovado em maio pelo Senado e em 13 de julho pela Câmara.
O que é a proposta bilíngue na inclusão dos surdos?
Com o projeto, a educação bilíngue de surdos fica vinculada à LDB, deixando de ser considerada especial. A ideia é promover uma maior inclusão. Arns destaca que a língua acessível para os surdos é a Língua Brasileira de Sinais (Libras), e que esta é em geral a primeira língua adquirida por esse público.
Quais são os três pilares da proposta bilíngue na educação de surdos?
Ela vai além de apenas introduzir o aluno na segunda língua, pois oferece imersão cultural e ambientação. Dessa forma, ela aplica as três bases do sistema de ensino bilíngue: os pilares sociais, culturais e linguísticos.
A proposta bilíngue, segundo Quadros (1997; p. 32 e 33), consiste em trabalhar todos os conteúdos na língua nativa das crianças surdas, ou seja, LIBRAS, e trabalhar a língua portuguesa em momentos específicos das aulas, com leitura e escrita da língua.
O Bilinguismo, como proposta para a educação de surdos, surgiu na década de 80. Esta linha teórica defende que o aprendizado da Língua sinalizada deve preceder o da Língua Portuguesa, utilizada na comunidade a qual o surdo pertence.
Por que a Lei é importante para a educação bilíngue de surdos?
A nova Lei constitui uma importante conquista para surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas, ao conferir maior efetividade ao direito à educação dessas pesssoas, projeto já esboçado pela Constituição Federal.
A educação bilíngue é um modelo de ensino que tem como objetivo desenvolver habilidades linguísticas em duas línguas distintas. Nesse tipo de abordagem, os estudantes têm a oportunidade de aprender e se comunicar em sua língua materna, além de uma segunda língua, que pode ser estrangeira.
O ensino bilíngue desempenha um papel crucial na formação de cidadãos globais. A importância desse enfoque vai além do desenvolvimento de habilidades linguísticas; ele promove flexibilidade cognitiva, compreensão cultural e sensibilidade intercultural.
Por que o bilinguismo é importante para a educação?
A Educação Bilíngue, além de possibilitar o aprendizado de um segundo idioma, é essencial para conquistar melhores oportunidades de estudo e trabalho, além de possibilitar o desenvolvimento emocional e cognitivo dos alunos.
Escolas bilíngues priorizam a língua brasileira de sinais (LIBRAS) como a língua primária e o português escrito como língua secundária para os alunos surdos - ao contrário das escolas inclusivas, que incluem os alunos surdos em salas de aulas mistas com alunos ouvintes, na qual a língua primária é o português e a ...
A escola bilíngue seria o espaço de socialização, de construção de uma identidade positivada, de acesso ao conhecimento e uma comunicação significativa para os que costumeiramente são "sem-lugar".
Nos últimos anos, entretanto, o bilinguismo passou a ser visto como uma competência essencial. Escolas bilíngues estão se tornando mais comuns, oferecendo currículos em duas línguas desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
Bilinguismo: nasceu na Suécia nos anos 1970 e chegou ao Brasil nos anos 1990. Nesse modelo, língua de sinais e língua oral são usadas em momentos distintos e não há tentativa de fazer a língua de sinais corresponder à língua oral.
Como a Lei 14 191 entende e descreve a educação bilíngue de surdos?
O texto define como educação bilíngue de surdos aquela em que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é considerada primeira língua, e o português escrito como segunda língua. A oferta dessa modalidade de ensino deverá começar na educação infantil e se estender ao longo da vida acadêmica.
Qual é a abordagem da educação bilíngue para surdos no Brasil?
A Educação Bilíngue de surdos envolve a criação de ambientes linguísticos para a aquisição da Libras como primeira língua (L1) por crianças surdas, no tempo de desenvolvimento linguístico esperado e similar ao das crianças ouvintes, e a aquisição do português como segunda língua (L2).
A proposta bilíngüe traz uma grande contribuição para o desenvolvimento da criança surda, reconhecendo a língua de sinais como primeira língua e mediadora da Page 2 3414 segunda: a língua portuguesa. O bilingüismo favorece o desenvolvimento cognitivo e a ampliação do vocabulário da criança surda.
O bilinguismo pode ser definido como o domínio de dois idiomas. Isso significa que uma pessoa é bilíngue quando ela consegue se comunicar em uma língua além da materna.
A preocupação do bilingüismo é respeitar a autonomia das línguas de sinais organizando-se um plano educacional que respeite a experiência psicossocial e linguística da criança com surdez.
Se o bilinguismo é definido como o uso de duas ou mais línguas, é possível afirmar que a maioria das pessoas surdas que usa a língua de sinais e a língua majoritária pode ser considerada bilingue. Esta afirmativa de Grosjean (1996) aponta para as especificidades das pessoas surdas.
O estudo de outra língua ajuda a exercitar a mente, alterando sua percepção das coisas. Uma pessoa bilíngue tem uma escuta ativa melhor, pode retardar a chegada de algumas doenças e tem sua capacidade cognitiva aumentada, com maior foco e melhor desempenho em tarefas simultâneas.
Para os surdos, a aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais – Libras como primeira língua (L1) propicia o desenvolvimento linguístico, cognitivo, psicológico e social tornando-os indivíduos constituídos integralmente, pois enquanto língua oportuniza a comunicação, a socialização, a formação de conceitos e a ...