No entanto, desde o pontificado de Paulo VI, a Quaresma tem duração de 44 dias, pois só se encerra na Quinta-Feira Santa. Por ser um período de preparação, a Quaresma é enxergada, sobretudo na tradição católica, como o momento propício para a realização de jejuns, caridades e bastante oração.
Porque a Quaresma de São Miguel tem mais de 40 dias?
Para manter a fidelidade ao simbolismo do número 40. Esse número que indica um tempo necessário de preparação para algo novo que vai chegar: 40 dias e quarenta noites do dilúvio (Gn 7,4.12);
Isso é devido aos domingos da quaresma não serem contatos como dias de penitência. Pode-se, portanto, “quebrar” o jejum nos domingos da quaresma? Em teoria sim, mas como o Aleluia e o Glória não são cantados nesses dias é aconselhado vivenciarmos a prática do jejum até ao Sábado Santo.
A Igreja Católica considera que são 40 dias, mas o calendário litúrgico não inclui os domingos nesta conta, razão pela qual sua duração é de 47 dias corridos.
Por que a Quaresma tem duração de 40 dias? | Especial Quaresma | Prof. Felipe Aquino
Por que a Quaresma tem 46 dias?
A contagem do período da Quaresma, que faz referência aos 40 dias em que Jesus Cristo esteve no deserto, é feita da seguinte forma: a partir da quarta de cinzas contamos os dias até o sábado antes da Páscoa, conhecido como sábado de aleluia. O resultado é 46.
Não há uma cartilha expressa de proibições, mas recomendações da Igreja, como: Não comer carne vermelha; Excessos em todas os aspectos da vida como alimentação, financeiro e outros; e. Práticas pecaminosas.
O tempo que antecede a Páscoa é a Quaresma, que representa o caminho de nossa vida terrena, com suas sombras cotidianas, os riscos, os perigos, as adversidades, os esforços, os fracassos e os sacrifícios. É um tempo de conversão, arrependimento, luta contra o mal e esperança do bem maior.
Este período foi criado por São Francisco de Assis em 1224 em homenagem ao Arcanjo Miguel. Durante a quaresma também devem ser feitos serviços religiosos como jejuns e orações.
O significado da Quaresma, além de ser remetido aos 40 dias que Jesus ficou no deserto sofrendo as tentações e aos 40 anos que o povo de Deus passou no deserto até adentrar a Terra prometida, também remete ao número 40 na Sagrada Escritura, que significa tempo de expectativa, preparo e prova.
Por ser logo após o Carnaval, a famosa festa da carne, a quaresma ganhou fama pela baixa vibração e perigo para as energias. Uma época que pede mais atenção e recolhimento.
Desde o início do Cristianismo a Quaresma marcou para os cristãos um tempo de Graça, Oração, Penitência e Jejum, com o objetivo de se chegar à conversão. Ela nos faz lembrar as palavras de Jesus: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3).
Por exemplo: o jejum de Jesus no deserto ocorreu durante 40 dias; o dilúvio do qual Noé sobreviveu também levou 40 dias e 40 noites; a travessia do deserto por Moisés e os hebreus ocorreu em 40 anos.
Nesses 40 dias, a Igreja nos propõe algumas práticas para viver melhor esse tempo. Podemos estabelecer 3 pilares essenciais: a oração, o jejum, e a caridade (ou esmola).
A professora explica que a Quaresma abrange uma celebração cristã, realizada apenas nas tradições Católicas Romana e Ortodoxa, Anglicana e Luterana. No entanto, algumas tradições Metodistas e Presbiterianas também podem incluir certos 'rituais' nesse período.
Antes de receber o perdão de Deus, os habitantes da cidade de Nínive fizeram penitência por 40 dias. O profeta Elias caminhou 40 dias e 40 noites para chegar à montanha de Deus. Preparando-se para cumprir sua missão entre os homens, Jesus jejuou durante 40 dias e 40 noites.
O significado é um pouco diferente. Acredita-se, para eles, que espíritos mal-intencionados estão livres, soltos, para poder perturbar e prejudicar as pessoas e que, talvez, esse recolhimento, a observância desse período em recolhimento das próprias atividades religiosas, seria uma maneira de se proteger”, diz.
Porque os evangélicos comem carne na Semana Santa?
“Até os dias de hoje continuamos com essa tradição, pois é um ato de fé e devoção”, complementou. O padre ainda explica que o jejum na sexta da paixão não necessariamente deixar apenas de consumir a carne nessa data, e sim de renunciar o que nos traz conforto e o que não faz bem para a humanidade.
No período, os fiéis são chamados à abstinência da carne como forma de recordar os sacrifícios de Jesus. A prática tem origem nas celebrações da cultura judaica e, atualmente, segue orientações adotadas pela Igreja Católica.
O cristianismo herdou do judaísmo essa tradição cultural que não classifica peixe como carne. Peixes são animais pecilotérmicos, ou seja, de “sangue frio” (para ser mais preciso, seu sangue varia conforme a temperatura ambiente). Por sua vez, os animais de carne vermelha e as aves são homeotérmicos.
Esse é um período do calendário litúrgico do cristianismo que serve como antecipação e preparação para a Páscoa — a celebração da ressurreição de Jesus e a festa mais popular do cristianismo. A Quaresma funciona mais como uma preparação espiritual e menos como uma preparação física ou material.
“Apesar da duração oficial de 40 dias, os domingos não são contados nesse período, pois cada domingo é considerado uma mini-celebração da Ressurreição de Cristo”, explica a coordenadora de Pastoralidade do Unileste, Laísa Campos.
O que aconteceu com Jesus na Quarta-feira de Cinzas?
A duração do feriado é uma homenagem aos 40 dias de jejum de Jesus Cristo enquanto ele viajava pelo deserto, depois de ser batizado e antes de começar seu ministério.