Tchê é interjeição muito utilizada no Rio Grande do Sul. Não há dúvida quanto à sua origem. Vem do espanhol “che” falado na Argentina, Uruguai e Paraguai. O tchê, portanto, é uma variação do “che”, oriundo da forma de grafar em português como ele é pronunciado no espanhol, como se tivesse um”t” e com o “e” fechado (ê).
A palavra "tchê" (ou "che" em espanhol) é usada para chamar a atenção de alguém, ou para se referir a alguém. É como dizer "ei" de acordo com o Dicionário Argentino elaborado pela Academia de Letras daquele país. Esta definição se aplica principalmente aos falantes da Argentina, Uruguai, Paraguai e Rio Grande do Sul.
Bah: Interjeição que exprime surpresa, admiração, reprovação
Quem já falou com um gaúcho, provavelmente já ouviu essa expressão. “Bah!” é umas das gírias gaúchas que é usada para quase tudo: dependendo da entonação, vai de reprovação a surpresa, de rejeição a alegria extrema.
Talagaço: uma gíria que se refere a tomar tudo de uma vez só, em um gole. Arrancar-se: gíria usada para se referir ao ato de sair rapidamente de um lugar ou situação. Boia: como os gaúchos chamam comida. No bico ou De bico: significa “estar de olho” em algo ou alguém.
No decorrer da análise notamos que "capaz", além de atuar no campo da modalidade, carregando especialmente diferentes graus de certeza, também agrega outros significados como negação, expressão de surpresa associada a dúvida, alegria, ironia - esses últimos fortemente marcados por traços prosódicos.
Devido à proximidade do espanhol rioplatense, o pronome já circulava na boca do povo da então Província de São Pedro antes das fronteiras do Estado serem como conhecemos hoje. Depois, os italianos que chegaram ao Rio Grande do Sul, por também terem tu em seu idioma materno, incorporaram o “tu” gaúcho com facilidade.
Essa gíria é usada pra se referir a algo. ou alguém que é forte, corajoso ou viril, por exemplo, que foi muito bem em 1 atividade, pode dizer que foi muito bagual.
A cultura gaúcha do Rio Grande do Sul foi fortemente influenciada pelos imigrantes europeus como os espanhóis, portugueses, italianos e alemães na segunda metade do século XIX. Com isso, a região é rica em tradições e elementos únicos na culinária e música, não é à toa que os gaúchos são tão orgulhosos da sua cultura.
(Se lê Tchê) e significa do céu. Eles usavam essa expressão para expressar espanto, admiração, susto. Era talvez uma forma de apelar a Deus na hora do sufoco e para chamar pessoas ou animais. Com a descoberta da América, colonização, os espanhóis trouxeram essa expressão para as colônias.
– No futebol daquela época tinha Tcha, Tchoko e Tchô. No nosso time, alguns Danilos. Queria dar um apelido diferente para ele. No meu bairro (Capão Redondo, na zona sul de São Paulo) tinha um cara apelidado de Tchê Tchê, era o mais descolado de lá.
Na linguagem regional gauchesca, prevalece, atualmente, a forma escrita e falada “tchê”, empregada geralmente ao final de uma frase, como expressão de espanto, surpresa ou como forma de chamar a atenção de alguém, como se fosse um vocativo. Exemplo: “O que é isso tchê?” Mas bah tchê, tava bom barbaridade!”
Todas as regiões têm um sotaque próprio e uma espécie de musicalidade na fala. Com os gaúchos, não é diferente. Por aqui, temos a mania de falar o início das palavras de forma mais rápida e arrastar um pouco a pronúncia das vogais no meio ou no fim. Essa dinâmica é que dá essa impressão da fala cantada.
Palatalização do "t" final: Em algumas regiões, o "t" final é palatalizado, tornando-se um som semelhante a "tch", como em "bom dia" (pronunciado "bom dia").
O sotaque do Rio Grande do Sul traz o R e o L bem acentuados. O jeito de falar é uma mistura do português com o espanhol — no século 17, a região recebeu padres jesuítas vindos da Espanha.
Número um vamo começar com a peixada, que não tem nada a ver com peixe. Rapaziada, se alguém falar pra vocês que deu uma peixada, ele quer falar que deu uma batida de carro, mas não tem nada a ver com peixe. Sério, é uma batida de carro. É isso que é peixada.
Lenda do Boitatá Boitatá é um ser do folclore brasileiro reconhecido como uma cobra de fogo. Acredita-se que esse ser protege os campos daqueles que vão incendiá-los. No folclore brasileiro, o boitatá é uma cobra de fogo que protege os campos dos homens que promovem incêndios criminosos.