"Depois o gelo tem uma característica de aumentar muito o atrito do avião com o ar, então ele vai diminuindo a velocidade, ficando difícil dos motores tracionarem o avião na mesma velocidade", afirma Waterhouse, que acrescenta que o gelo reduz a sustentação do avião e "pode também bloquear os instrumentos".
Outro motivo — uma das hipótese da queda do avião da Voepass — é o acúmulo de gelo nas asas. O local onde houve a queda do avião tinha um alerta para "formação severa de gelo". Um possível acúmulo de camadas de gelo sobre as asas pode mudar a curvatura delas. Assim, há perda de sustentação.
Ainda segundo os documentos e guias disponibilizados pela Força Aérea, a formação de gelo na estrutura da aeronave “pode destruir o suave fluxo do ar e, consequentemente, aumentar (ou diminuir) o arrasto (ou a sustentação) do voo, podendo também causar problemas de controle da aeronave”.
Gelo na asa pode ter causado acidente que matou 61 pessoas em Vinhedo (SP) | Jornal da Band
Qual o tipo de gelo mais perigoso para a aviação?
O gelo claro é o tipo mais perigoso e geralmente ocorre associado a nuvens cumuliformes, que apresentam gotículas grandes, ou à precipitação congelante; essa devido à presença de nimbostratus (NS).
Ao Metrópoles, o especialista em aviação Roberto Peterka afirma que, se aeronave estivesse em uma altitude mais elevada, o gelo poderia ter derretido, fazendo com que o avião retomasse as condições normais de voo. “Ele veio numa perda de controle em voo. A hipótese provável é justamente a formação de gelo.
Esta lista cita os acidentes e incidentes aéreos ocorridos no Brasil no qual o primeiro ocorreu no dia 1 de março de 1915 e o último relatado ocorrido no dia 09 de agosto de 2024. O voo TAM 3054 foi o acidente mais letal do país, com 199 óbitos.
Todos os corpos estão como se estivessem sentados em seus respectivos assentos. Lógico que tem a dinâmica da queda, a dinâmica do movimento de quando bate no solo, mas as vítimas estão dentro desse organismo da aeronave, não tem corpos ejetados.
Das 135 ocorrências de 2024, 26 registraram fatalidades. Se considerado o mesmo período de 2024, o ano de 2023 ainda supera o número de acidentes com 148 registros. No mundo todo, o site computou 2.963 ocorrências e 819 fatalidades em 2024.
"Todas as vezes que tem algum problema de fluxo aerodinâmico nas asas, você pode chegar a uma condição que a aviação conhece como "estol", que é quando o fluxo de ar passa pelas asas e descola da parte de cima, provocando a perda de sustentação.
Isso ocorre quando o fluxo de ar sobre as asas é interrompido, resultando em uma perda repentina de sustentação, explica a FAA (Federal Aviation Administration). Quando uma aeronave entra em estol, ela pode começar a cair, e o piloto precisa realizar manobras corretivas para recuperar o controle.
Hipótese da queda ter sido causada pela formação de gelo nas asas da aeronave ATR 72, da Voepass Linhas Aéreas, é "plausível". A análise é de Raul Marinho, piloto e presidente do BGAST (Grupo Brasileiro de Segurança da Aviação Geral).
Quem se assusta com as turbulências pode ficar tranquilo. Os aviões são altamente seguros para enfrentar esse tipo de problema. A Abaer explica que as aeronaves são construídas com materiais resistentes e suportam mais do que turbulências.
A Defesa Civil Estadual confirmou que todos os 62 corpos das vítimas do acidente aéreo em Vinhedo (SP) foram retirados dos destroços da aeronave. A conclusão dos trabalhos ocorreu às 18h30 deste sábado (10). Segundo a Defesa Civil, 34 corpos são masculinos e 28 femininos.
O que é que a tripulação faz se alguém morrer no avião? Se a situação passar de uma emergência médica para uma morte confirmada, a primeira coisa que a tripulação fará é registar a hora da morte do passageiro (Taylor, 2023). Depois disso, farão o que puderem para transportar o corpo para uma área mais isolada.
Mas ambos acreditam que os passageiros morreram quando o avião colidiu com o solo. Eles mencionaram que, numa queda sem movimentos bruscos, a sensação é de “frio na barriga”. Como numa montanha-russa.
Colocar a cabeça entre as pernas, como mandam as instruções de segurança, protegeria tanto joelhos quanto o crânio e aumentaria as chances de que a pessoa permaneça consciente e tenha condições de sair da aeronave rapidamente depois da queda ou do pouso de emergência.
Empresas aéreas têm como base o dado de que 80% de todos os acidentes de avião ocorrem durante 11 minutos do voo: os três primeiros e os oito últimos. "O momento mais crítico de um voo é a decolagem.
Isso leva a fraturas múltiplas e graves, incluindo na coluna, membros, crânio e costelas, além de esmagamento de tecidos e danos internos significativos aos órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões e baço. — Vasos sanguíneos importantes, como a aorta, podem romper-se.
Apesar de ser raro ocorrer um acidente, a comunidade de aviação do mundo todo está trabalhando freneticamente para abaixar ainda mais esta probabilidade. Há 30 anos, a probabilidade de ocorrer um acidente era uma para cada 140 milhões de milhas voadas; hoje, a cada 1,4 bilhão.
Segundo a VOE Psicologia, os aviões comerciais modernos são equipados com dois ou mais motores que os mantêm no ar em constante movimento, mas caso ocorra uma pane em algum dos motores, o outro assume toda a sustentação da aeronave e passa a exercer um pouco mais de força para compensar esta falta.
Quando no ar o avião não cai porque existem forças que atuam sobre ele, contrabalanceando seu peso, mas como o peso é direcionado para baixo a força que o equilibra no ar é direcionada para cima. O que faz com que um avião não caia é na verdade a velocidade dele e as suas asas.