Isso significa que, em cenários de incerteza, como o que estamos vivendo desde o início da pandemia, muitos investidores acabam buscando alternativas consideradas mais seguras, e aí, cresce a demanda por dólar. Com a diminuição de demanda por real e outras moedas, a oferta também acaba sendo maior e os preços diminuem.
A inflação é causada por demanda alta, aumento de custos de produção, expectativas inflacionárias e maior emissão de moeda ou gastos governamentais, resultando em preços mais altos.
O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.
Da gasolina à comida, por que tudo está tão caro no Brasil
O que causa a alta da inflação?
Um aumento nos índices de inflação pode ser influenciado por diferentes causas, que podem ser agrupadas em quatro grandes grupos: 1) aumento na demanda; 2) aumento, ou pressões, nos custos de produção; 3) inércia inflacionária e expectativas de inflação; e 4) aumento de emissão de moeda.
A desvalorização do real desde o início da pandemia faz com que as importações de comida sejam muito mais caras em reais. A inflação global também está sendo puxada pelos componentes da habitação e transporte estão com taxas de 11.6% e 16.6%, respectivamente.
Com isso, se tudo der certo, a recomposição de mercado ocorrerá a partir de março, quando os preços ao consumidor devem retornar à faixa de R$ 5 o quilo. Hoje, é possível encontrar arroz por mais de R$ 8 em algumas praças.
"Esse repasse aos consumidores é reflexo de uma safra um pouco menor de arroz no Brasil, além de impacto de uma conjuntura internacional em meio restrição de exportação por parte da Índia e também de uma exportação maior no último ano pelo Brasil.
Uma previsão que, ao que tudo indica, já começou a se concretizar. Para se ter ideia, a saca de 50 kg do arroz em casca foi negociada a R$129,89 no começo de 2024. Esse número representa um aumento de mais de 41% ante o valor registrado na mesma época do ano passado.
São as mudanças climáticas e, como resultado, a diminuição ou perda da produção de alguns alimentos; além da instabilidade trazida por fatores externos, como por exemplo a pandemia do coronavírus e, agora, a Guerra da Ucrânia; além disso temos também a insegurança do mercado diante das eleições deste ano; e, por fim, o ...
"O pico de chuvas aconteceu em outubro e isso impediu a consolidação de todo o plantio naquele mês. Então, uma parte foi deslocada para frente. Esse buraco de plantio somado às perdas de produção aumentaram os preços", explica. COMO VAI FICAR: no campo, os preços da batata já começaram a cair.
"O governo possui instrumentos monetários tais como juros, compulsórios e instrumentos fiscais tais como gastos e tributação para controlar a demanda agregada e logo o nível de inflação." "Um instrumento de curto prazo é a política monetária, a política de juros do Banco Central.
A melhor forma de se combater a inflação é através da austeridade fiscal, na qual o governo procura enxugar os gastos públicos, evitando obras faraônicas, desvios de dinheiro público e inchaço da máquina do Estado.
O economista aponta é que a tendência de uma menor alta deve se manter nos próximos meses por questões sazonais da produção de alimentos. Para o especialista, a sensação de preços ainda altos também é explicada por uma questão psicológica. “O consumidor talvez vá perceber com o tempo que os preços estão mais estáveis.
Quanto custava 5 kg de arroz no governo Bolsonaro?
Pesquisa do Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que o preço médio do pacote de 5 kg de arroz em fevereiro desse ano, antes de ser decretada a pandemia, custava R$ 12,78 e, em outubro (valor apurado até o ...
Remédios devem ficar mais caros em 2024, por causa do reajuste do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) que será feito por alguns estados brasileiros.
ouvir: O governo federal espera uma queda em torno de 20% no preço do arroz nas próximas semanas. Nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve reunião com ministros para tratar da alta dos preços dos alimentos aos consumidores no fim de 2023 e início deste ano.
A queda foi puxada, majoritariamente, pela redução nos preços dos alimentos, que pesam cerca de 20% do orçamento familiar, mas o programa de desconto em carros populares do governo federal e o diesel mais barato também tiveram sua contribuição.
O aumento da inflação é positivo para o governo, desde que ele consiga mantê-la dentro da meta estabelecida. A meta da inflação é parte da política monetária, através da qual o governo busca garantir o crescimento da economia dentro de padrões sustentáveis e que não prejudiquem o poder de compra da população.