Quais foram as dificuldades que ela enfrentou para conquistar o que pretendia Dandara dos Palmares?
As principais dificuldades que Dandara enfrentou para conquistar o que pretendia foram a escravidão, o racismo, a violência, a restrição de liberdade e a repressão das autoridades coloniais.
No quilombo de Palmares, Dandara participou do estabelecimento do primeiro estado livre nas terras da América, um estado africano pela forma como foi organizado e pensado, tanto do ponto de vista político quanto militar, sociocultural e econômico.
Dandara liderou soldados palmaristas na luta dos quilombolas contra os portugueses e também ajudava na manutenção do quilombo, trabalhando nas colheitas e na caça. Foi capturada pelos portugueses, e, para não ser escravizada, cometeu suicídio em 1694.
“Se hoje estou aqui, só devo a Dandara, só devo a Zumbi!”. Essa frase marcou minha presença em uma das primeiras manifestações que participei. Era 2005, fazia muito calor em Brasília e movimentos negros diversos ocupavam a Esplanada dos Ministérios, no coração da capital federal.
Dandara morreu aos 42 anos após ser alvejada por tiros no Bairro Bom Jardim, em Fortaleza. Antes disso, ela sofreu chutes e golpes de pau. O último suspeito de participação na morte da travesti Dandara dos Santos foi condenado a 16 anos de reclusão em júri popular nesta quarta-feira (17).
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Como Dandara se vestia?
O vestido Dandara feito no tecido chiffon é de comprimento médio, em preto e branco com o padrão poá, possui mangas longas e uma saia levemente rodada. O vestido tem um elástico ajustado na cintura acentuando a silhueta e tem um colarinho alto e fechado.
Quais foram as dificuldades que Dandara encontrou para conquistar o que pretendia?
As principais dificuldades que Dandara enfrentou para conquistar o que pretendia foram a escravidão, o racismo, a violência, a restrição de liberdade e a repressão das autoridades coloniais.
Ela defendia que a paz em troca de terras no Vale do Cacau, que era a proposta do governo português, seria um passo para a destruição da República de Palmares e a volta à escravidão. Suicidou-se depois de presa, em seis de fevereiro de 1694, para não voltar na condição de escravizada.
O crime aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2017, no Bairro Bom Jardim, e ganhou repercussão nas redes sociais após o compartilhamento do vídeo que mostra a travesti sendo agredida por um grupo de homens no meio da rua.
As terras não eram boas para o cultivo e os moradores não teriam direito a circular livremente, além de estarem vigiados. Com isto, em 1678 Ganga Zumba morre e sua morte é ainda uma incógnita, pois alguns historiadores apontam o caminho do suicídio por ter sido ludibriado pelo Governador Pedro de Almeida.
Casada com Zumbi dos Palmares, Dandara teve papel fundamental na liderança de Zumbi, sendo considerada uma guerreira por lutar bravamente pela liberdade de negras e negros.
Zumbi era sobrinho do líder Ganga Zumba, o qual, por sua vez, era filho da princesa Aqualtune dos Jagas (ou imbangalas), um povo de tradições militares com ótimos guerreiros. Há poucos dados sobre sua vida pessoal, mas sabe-se que era casado com Dandara, que lutava ao seu lado.
Valente, ela foi uma das lideranças femininas negras que lutou contra o sistema escravocrata do século XVII e auxiliou Zumbi quanto às estratégias e planos de ataque e defesa do quilombo. Não há registros do local onde nasceu, tampouco da sua ascendência africana.
Melchiona é mãe da Dandara, que chegou faz alguns dias, mas há muito tempo luta pelos direitos das nossas meninas, como vereadora de Porto Alegre e como deputada federal.
A primeira rua do Ceará que recebeu o nome de uma travesti carrega a história de Dandara, brutalmente assassinada em 2017, em Fortaleza. Dandara era querida pelos vizinhos e amigos. E tinha uma trajetória de vida repleta de sonhos e boas ações.
Dandara foi casada com Zumbi dos Palmares (último líder do quilombo, morreu após a última invasão do quilombo pelo bandeirante Domingos Jorge Velho), com quem constituiu sua família, gerando três filhos. Ela liderou os soldados palmaristas na luta dos quilombolas contra os portugueses.
A maior parte da sua história é envolta em grande mistério. Dandata suicidou-se (jogou-se de uma pedreira ao abismo) depois de presa, em 6 de fevereiro de 1694, para não retornar à condição de escrava. Ela ainda vive em todos que lutam por liberdade.
Sua determinação pela liberdade absoluta levou a um trágico fim; capturada pelos portugueses em fevereiro de 1694, Dandara preferiu se suicidar, jogando-se de um penhasco, a ser escravizada. Seu legado permanece como um símbolo de resistência.
O que Dandara dos Palmares contribuiu para melhorar a vida dos brasileiros?
Grande estrategista, auxiliava Zumbi na concepção dos planos de defesa do Quilombo. Obstinada pela liberdade, Dandara contribuiu com toda a construção da sociedade de Palmares e para sua organização socioeconômica, política, familiar. (Trechos da Justificativa do Projeto de Lei 3.088/2015).
Não à toa, neste Dia da Consciência Negra – data criada em 2003 e instituída, por lei, em 2011 – o Verso dá destaque à figura de Dandara dos Palmares, símbolo-mor de coragem, protagonista quase apagada do registro oficial do Brasil Colonial.
No calor dos engenhos, o uso da camisa de baeta ou algodão, tecido muitas vezes fiado em casa, era constante. O chapéu de palha contra o sol, uma obrigação para homens e mulheres: “As negras usam, na rua ou no campo, um chapéu preto para se proteger do sol”.
Por que Dandara dos Palmares era chamada de heroína da pátria?
Descrita como uma heroína, Dandara dominava técnicas da capoeira e teria lutado ao lado de homens e mulheres nas muitas batalhas consequentes a ataques a Palmares, estabelecido no século XVII na Serra da Barriga, região de Alagoas, cujo acesso era dificultado pela geografia e também pela vegetação densa.
Em 20 de novembro de 1695, Zumbi dos Palmares é traído e morto, por isso, hoje é o "Dia Nacional da Consciência Negra". A música do dia é Zumbi Rei, do Olodum.