A ironia pode ser classificada de acordo com a sua fonte. Assim, temos a ironia verbal, cuja fonte é o próprio enunciador, e a ironia observável, cuja fonte é a própria situação irônica, não tendo sido verbalizada por ninguém.
A maior parte das teorias de retórica distingue três tipos de ironia: oral, dramática e de situação. A ironia oral é a disparidade entre a expressão e a intenção: quando um locutor diz uma coisa mas pretende expressar outra, ou quando o significado literal da fala é contrário ao pretendido.
A ironia é uma figura de linguagem que consiste em utilizar uma palavra ou expressão, atribuindo-lhe diferente sentido ou significado de acordo com o contexto. Na construção de um texto, ela pode aparecer em três modos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
A ironia nega aquilo que foi afirmado, propondo o oposto do que na realidade se pensa ou se escreve. Um exemplo bem simples seria: Ana adora a sua sogra! (quando, na verdade, Ana a detesta).
Diz respeito ao discurso irônico, isto é, ao ato de falar-se ou representar-se algo querendo, na verdade, remeter-se ao seu inverso. Costuma ocorrer de maneira proposital, mas não necessariamente será percebida pelo interlocutor.
A Ironia Dramática é uma técnica simples e potente da dramaturgia que geralmente é ignorada pelo escritor aspirante. Roteiristas tendem a acreditar que os personagens no roteiro precisam ter acesso às mesmas informações na história e ao mesmo tempo que o espectador.
A ironia situacional é quando acontece o contrário do esperado. É uma forma de linguagem figurada, o que significa que é um artifício literário que vai além do significado literal das palavras.
A ironia pode ser utilizada com vários objetivos. Gozar de alguém, denunciar algo, fazer críticas ou mesmo censurar alguma coisa. A ideia é valorizar algo ou alguém quando, na verdade, o sentido implícito é de oposta desvalorização.
É a capacidade que permite a simulação subtil de dizer uma coisa pensando em outra. Desta forma a ironia é uma atitude mental de um indivíduo perspicaz e ágil de raciocínio. É a ação de dizer uma coisa com o fim de fazer entender outra coisa que é geralmente o seu contrário.
Enquanto função de linguagem, tem objetivo de desprezar a pessoa envolvida no contexto da frase. Para muitas pessoas seu uso está relacionado à falta de educação e má intenção. Já a ironia é mais usada e facilmente aceita em relação ao sarcasmo, pois expressa, com humor, o oposto do que o interlocutor pretende dizer.
Ironia: Consiste em afirmar o contrário do que se quer dizer, geralmente com intenção crítica ou humorística. Implícita: Algo que não é dito diretamente, mas sugerido ou subentendido.
Qual a diferença entre ironia verbal e ironia situacional?
Ironia verbal (ou ironia instrumental) – a fonte é o próprio indivíduo que fala. Ironia observável (ou ironia situacional) – nesse caso a fonte não é a mente do indivíduo e sim o contexto irônico em que ele se encontra.
A ironia romântica é a atitude que imita a situação irônica do homem no mundo, que é como um joguete de esferas superiores para as quais “lhe falta o sentido” – na ironia o homem também joga. Assim, essa postura é uma insurreição, uma experiência de liberdade no homem que cria.
Entre as figuras de pensamento, a ironia é a número um das conotativas. Geralmente utilizada quando se quer dizer exatamente o contrário. Cabe a pergunta: por que não falar no sentido literal? Porque o objetivo da ironia é satirizar mesmo, fazer graça.