A diferença reside na meia-vida plasmática do primeiro, que é mais longa, ao redor de 120 minutos, que a do último, em torno de 20 minutos. Ademais, o NT-ProBNP fica mais elevado na circulação do que o BNP, possibilitando uma dosagem mais otimizada do ponto de vista analítico.
Primeiramente, o NT-proBNP é mais estável do que o BNP completo. Enquanto o BNP é rapidamente degradado pelas enzimas proteolíticas, o NT-proBNP é mais resistente a essa degradação, permitindo que seja detectado em concentrações mais altas e por um período de tempo mais longo no sangue.
Em cenários de dispneia aguda cuja IC seja uma das hipóteses, é importante dosar o BNP ou o NT-proBNP, uma fração de seu pró-hormônio. Valores de BNP menores que 100pg/mL ou NT-proBNP menor que 300pg/mL, tornam o diagnóstico de IC muito pouco provável.
O exame BNP mede os níveis da proteína Peptídeo Natriurético tipo B no sangue. O peptídeo natriurético é produzido pelo coração e liberado em maiores quantidades quando o órgão está sob estresse e funcionando de forma anormal (sob altas pressões de enchimento).
O BNP (Brain natriuretic peptide) é um neurohormônio secretado pelos ventrículos em resposta à expansão de volume e sobrecarga de pressão. Seus níveis estão correlacionados com medidas hemodinâmicas, tais como: pressão átrio direito, pressão capilar pulmonar e a pressão diastólica final do ventrículo esquerdo.
Quando o ventrículo esquerdo do coração tem dificuldade em bombear quantidades suficientes de sangue para o corpo, as concentrações de BNP e NT-proBNP produzidas podem aumentar acentuadamente. Isso pode ocorrer com muitas doenças que afectam o coração e o sistema circulatório.
O fragmento N-terminal do peptídeo natriurético tipo B (NT-proBNP) é um marcador de disfunção miocárdica (isquemia e extensão), e um importante preditor de eventos adversos cardiovasculares importantes (MACE) e morte em várias condições cardiológicas2-4.
NT-proBNP > 450 pg/ml indica IC em indivíduos com < 50 anos. NT-proBNP > 900 pg/ml indica IC em indivíduos entre 50-75 anos. NT-proBNP > 1.800 pg/ml indica IC em indivíduos com > 75 anos. Se NT-proBNP < 300 pg/ml, o diagnóstico de IC é improvável.
Ao nível basal, o nível médio de NT-proBNP foi de 770 ± 818 pg/mL Medicamentos cardiovasculares, características demográficas, fatores de risco cardiovascular e testes laboratoriais associados em cada grupo são mostrados na Tabela 1 .
Pacientes com 50 a 75 anos de idade: NT-proBNP abaixo de 300 pg/mL apresenta valor preditivo negativo de 98% na exclusão de Insuficiência Cardíaca aguda em pacientes com dispneia. Valores acima de 900 pg/mL indicam que Insuficiência Cardíaca é a provável causa da dispneia na ausência de insuficiência renal.
Os pacientes que se internam com valores de BNP acima de 1.400 pg/mL constituem um grupo muito grave, que tem chance duas vezes maior de morrer durante a internação e 1,56 vez maior de morrer no primeiro ano de seguimento do que aqueles com níveis mais baixos.
Qual o exame que detecta a insuficiência cardíaca?
Além dos mais comuns e de realização simples, como o exame de sangue e raio-x do tórax, há outros exames que fornecem diagnósticos de forma mais detalhada, como a ecocardiografia, o teste ergométrico, a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), o holter e a cintilografia miocárdica.
Quando o exame é solicitado? Esse exame é solicitado quando a pessoa apresenta sintomas de insuficiência cardíaca, tais como falta de ar e fadiga, quando está em tratamento para insuficiência cardíaca congestiva (ICC); auxiliar a detectar, diagnosticar e avaliar a gravidade da ICC.
Diversas condições clínicas que cursam com diminuição do clearance renal ou com sobrecarga de volume também podem apresentar aumentos do pró BNP-N-terminal, dentre elas insuficiência renal, cirrose hepática, doenças infecciosas e sepse.
O que é dosagem de peptídeos natriuréticos BNP ou NT-proBNP?
Introdução: A dosagem dos níveis séricos de peptídeos natriuréticos cerebrais (BNP e o N-terminal do pró-hormônio do peptídeo natriurético do tipo B - NT-proBNP) é frequentemente utilizada em pacientes elegíveis para estabelecer o diagnóstico e a gravidade da insuficiência cardíaca.
"Estudos comprovam que um aumento acentuado nos níveis do NT-proBNP pode ser detectado em pacientes com diabetes tipo 2 seis meses antes da hospitalização por insuficiência cardíaca. Isso é muito impactante porque nos dá uma janela de atuação.
BNP - BNP - PEPTÍDEO NATRIURÉTICO. Jejum: Aconselhável de 4 horas. Plasma: Realizar coleta utilizando o tubo com o anticoagulante correspondente ao exame, homogeneizar, centrifugar a amostra, separar o plasma em tubo transporte de material e acondicionar conforme estabelecido para o exame.
A maioria dos medicamentos utilizados para tratar a IC reduz significativamente os níveis de BNP. Para pacientes com níveis mais altos de BNP, os betabloqueadores (em especial o metropolol e carvedilol) são muito benéficos para a redução de tais níveis, sendo o uso de espironolactona também favorável.
O peptídeo natriurético do tipo-B (BNP) é sintetizado pelos ventrículos cardíacos em resposta ao estiramento das fibras miocárdicas, causando principalmente diurese e vasodilatação. Hoje existem kits de dosagem tanto para o BNP quanto para a fração inativa, o N-Terminal-proBNP.
O Peptídeo Natriurético Atrial (BNP) é produzido primariamente nos miócitos ventriculares, e níveis elevados são encontrados em pacientes com aumento das pressões ventricular esquerda e arterial pulmonar.
O peptídeo natriurético tipo-B tem-se mostrado como uma ferramenta diagnóstica confiável na sala de emergên- cia, como teste de rastreamento para pacientes com queixas de dispnéia.