Quais doenças os escravos trouxeram para o Brasil?
O contato com os portugueses levou à morte em grande escala da população local nesse período. Epidemias de varíola, rubéola, escarlatina, tuberculose, febre tifoide e tipos de gripe são registradas desde o século XVI.
Quando se acidentavam, ficavam doentes ou eram castigados no tronco, o que se mostrava comum devido ao excesso de trabalho, os escravos eram então levados ao que se chamava de hospital, na própria charqueada, mas que não passava de uma enfermaria com poucos recursos.
A época das Cruzadas levou a peste para o continente europeu. A chegada da enfermidade no Brasil aconteceu com a vinda dos europeus. O tráfico de escravos trouxe ao Brasil mais doenças, como febre amarela, malária e esquistossomose.
Os escravizados trabalhavam demasiadamente e, em geral, morriam em mais ou menos 1 ano. As doenças que os escravizados mais apresentavam era a tuberculose, a varíola, a pneumonia, febre amarela, desnutrição.
Qual é a expressão correta? Escravos ou Escravizados?
Qual era a doença dos escravos?
Dracúnculos, solitárias, lombrigas e ancilóstomos povoavam a flora intestinal dos escravos e tais doenças possuíam o seu potencial destrutivo ampliado quando havia um quadro de desnutrição. Neste caso, a doença poderia evoluir, causando, além de indisposição para o serviço, a diarréia crônica e até a morte.
A doença falciforme é predominante na população negra – estima-se que 95% dos pacientes em Minas Gerais sejam negros. O fato de essas pessoas terem vindo para o Brasil como escravos, condição extinta apenas em 1888, contribui para sua marginalização.
30, 2023), analisa o tratamento dado a escravos enfermos com base no Libro de cuentas del Ofício, Memoriales e Cartas ânuas. As fontes revelam que o adoecimento de escravos do Ofício gerava despesas tanto com a aquisição de medicamentos, roupas e alimentos, quanto com mortalhas para seu sepultamento.
Os escravos eram acorrentados e muitas vezes mantidos nus durante toda a viagem. A alimentação era escassa e de baixa qualidade, consistindo principalmente de feijão, arroz e farinha de milho.
Uma dessas razões, por exemplo, foi por ser a mão-de-obra negra mais qualificada do que a indígena. Outra forte razão, foram os altos lucros que o tráfico de escravos africanos rendia para os comerciantes. O tráfico era, sem dúvida, uma das atividades mais lucrativas do sistema colonial.
O banho diário era raro: apenas índios e escravos tomavam banhos diários em rios. Europeus, principalmente em regiões mais urbanas raramente se banhavam de corpo inteiro. A limpeza era normalmente feita com toalhas e se ocupava apenas de algumas partes do corpo. Sabões eram produtos raros na colônia.
Muitos escravos não aceitavam a vida que lhes era imposta e resistiam de diversas formas: suicidavam-se, não cumpriam as ordens que recebiam, assassinavam seus senhores, fugiam, rebelavam-se. Alguns africanos sofriam uma depressão profunda, chamada de banzo, o que podia levar a morte por inanição.
Um dos primeiros trabalhos sobre a temática da saúde e das doenças que ceifavam a vida dos cativos foi a obra de Karasch [*5]. A autora explica que os cativos morriam devido a uma correlação complexa entre descaso físico, maus tratos, dieta inadequada e doença.
Geralmente, os senhores usavam recursos locais, como curandeiros, feiticeiros, boticários ou sangradores, para o tratamento das doenças dos cativos, mesmo as mais graves.
Isso porque nos casos de escravos mais rebeldes, além das chibatadas, era aplicado sal ou suco de limão nos ferimentos, para que se causasse imensa dor no prisioneiro.
Eles introduziram ingredientes diferentes como leite de coco-da-baía, o azeite de dendê, a pimenta malagueta. Com eles descobrimos o feijão preto, aprendemos a fazer acarajé, vatapá, caruru, mungunzá, angu, pamonha e muito mais!
Senzala era o nome dado aos alojamentos que encarceravam os escravizados no Brasil durante o período colonial. Não existiu um padrão para essas construções, sendo cada uma delas adaptada à realidade de cada engenho, mas grande parte delas era feita de taipa, isto é, de barro, com telhados de palha.
Depois que o Brasil conquistou a sua independência, em 1822, o tráfico de africanos foi intensificado até a sua proibição definitiva, e, durante todo o período de existência desse negócio, o Brasil foi o país que mais recebeu africanos para a escravização no mundo.
No Rio de Janeiro, como no norte e nordeste, a farinha de mandioca era o alimento que constituía a base da alimentação escrava. Era complementada por milho, feijão, arroz, bananas e laranjas. Na zona rural podiam contar com suas roças.
Banzo (do quimbundo mbanza, "aldeia") era como se chamava o sentimento de melancolia em relação à terra natal e de aversão à privação da liberdade praticada contra a população negra no Brasil na época da escravidão.
Além do racismo, diversas outras consequências da escravidão ainda existem no nosso país, como a violência presente na nossa sociedade e a aversão por parte da população por trabalhos manuais e que exigem esforço físico. Não pare agora...
A falta de alimentos, os maus tratos, a insalubridade do trabalho, as condições higiênicas inadequadas das senzalas, entre outros aspectos, faziam com que a vida de escravo fosse abreviada muitas vezes pela morte.
"Nós sabemos, a partir de vários estudos publicados, que aqui no Brasil os negros têm mais prevalência de pressão alta, têm mais dificuldade para controlar a pressão, têm mais incidências de AVC.
Supõe-se que um dos genes responsáveis pela biossíntese da melanina, proteína que dá cor à pele, também seria capaz de elevar a pressão arterial. Portanto, quanto mais escura a pele, maior a chance de desenvolver hipertensão.
Optou-se, então, pelas doenças que apresentavam evidências científicas bem consolidadas de serem mais freqüentes na população negra brasileira em decorrência de fatores étnicos: anemia falciforme, deficiência de 6-glicose-fosfato-desidrogenase, hipertensão arterial, doença hipertensiva específica da gravidez e diabetes ...