A esquizofrenia residual é uma das formas mais leves do transtorno psíquico. Mesmo sendo crônico, é comum que apresente sintomas em baixa intensidade. Esse tipo pode manifestar mudanças no comportamento, emoções e no convívio social, ocorrendo de forma mais branda que nos outros subtipos.
Nesse tipo, as alucinações e os delírios são menos comuns, apesar de não serem sintomas excluídos. Os pacientes têm dificuldade em seguir processos e organizar pensamentos.
Já a indiferenciada agrupa características presentes em todos os outros tipos”, continua o médico. Ele frisa ainda que, apesar da esquizofrenia paranoide ser considerada menos grave, ela não é mais branda.
Esquizofrenia simples: sem ter delírios, alucinações ou outras alterações bruscas de comportamento, o paciente vai perdendo progressivamente sua afetividade, capacidade de interagir com pessoas, acarretando um prejuízo crescente de seu desempenho social e ocupacional.
Entenda mais sobre Esquizofrenia com a Psiquiatra Maria Fernanda Caliani
O que pode ser confundido com esquizofrenia?
“Várias patologias podem levar ao surgimento de sintomas psicóticos, como fala sem sentido e desconexão com a realidade”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. A esquizofrenia pode ser confundida, por exemplo, com o transtorno bipolar, o autismo e até com a depressão.
De acordo com o Código Internacional de Doenças (CID-10), os tipos de esquizofrenia descritas são: a esquizofrenia paranóide, hebefrênica, catatônica, indiferenciada, residual, simples, não especificada e outras esquizofrenias.
O olhar “vazio” é comum nas pessoas esquizofrênicas, também conhecido como o olhar 'que vê, mas não enxerga'. O indivíduo encara diretamente a pessoa à sua frente, mas é como se olhasse através dela e ignorasse sua presença.
Qual exame é feito para saber se a pessoa tem esquizofrenia?
Não existe exame de sangue ou exame laboratorial para o diagnóstico de esquizofrenia. O diagnóstico da esquizofrenia e da grande parte dos transtornos mentais é clínico, ou seja, através da anamnese e entrevista clínica o psiquiatra é capaz de fazer o diagnóstico. Isso se faz em consulta e não com exames.
A esquizofrenia denominada hebefrênica é a mais grave de todas e acomete mais indivíduos jovens, entre 15 e 25 anos de idade. O transtorno é marcado por sintomas como perturbação dos afetos, comportamento irresponsável e imprevisível, pensamento desorganizado e discurso incoerente.
O professor ressalta que “não existe tratamento para a esquizofrenia sem remédio”, mas também é possível fazer uso de outros métodos em conjunto com os medicamentos como terapia ocupacional, reabilitação e treinamentos cognitivos, que podem proporcionar melhoras significativas no quadro dos pacientes.
A pessoa com essa doença, quando está em crise, normalmente apresenta outros riscos (auto agressão, suicidio, incapacidade de cuidar-se), e quando torna-se violenta, mais frequentemente é contra si e contra objetos.
Aproximadamente um terço dos casos apresenta recuperação completa ou quase completa; Cerca de um terço dos pacientes experimenta remissão incompleta, o que significa que há uma melhora significativa, mas ainda existem sintomas residuais que afetam o funcionamento profissional, social e afetivo.
Os resultados mostraram diferenças na entonação de voz entre indivíduos com e sem esquizofrenia. Ana Cristina explica que as pessoas com esquizofrenia apresentaram pouca variação de simetria e dispersão na entonação da fala, ou seja, elas expressavam suas emoções pela voz de forma menos acentuada.
A esquizofrenia refratária (ou resistente) pode ser identificada quando, apesar do tratamento adequado, o paciente mantém sintomas agudos da doença, como delírios e alucinações, alterações graves do comportamento, desorganização mental marcante e isolamento social e emocional progressivos.
CID F20 – Esquizofrenia (distorções do pensamento e da percepção) CID F20 é o código para Esquizofrenia, conforme a Classificação Internacional de Doenças.
Até hoje, não foi descoberta a causa da esquizofrenia, mas a combinação de alguns fatores genéticos, cerebrais e do ambiente podem desencadear a doença. Fatores hereditários - parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm mais chances de desenvolver a doença do que as pessoas em geral.
O diagnóstico é clínico, ou seja, é realizado por meio da histórica clínica do paciente e o exame do estado mental. O médico psiquiatra é o profissional capacitado para fazê-lo e esse utiliza-se de manuais e diretrizes diagnósticas para nortear o raciocínio clínico.
Por que não existem exames para diagnosticar transtornos mentais? Infelizmente, não é possível identificar transtornos mentais a partir de marcadores biológicos ainda. Isso quer dizer que não é possível identificar os transtornos mentais por exames laboratoriais ou de imagem.
A esquizofrenia é caracterizada por sintomas psicóticos, que incluem delírios, alucinações, pensamento e fala desorganizados e comportamento bizarro e inadequado. Os sintomas psicóticos envolvem uma perda do contato com a realidade.
A esquizofrenia é uma doença mental, em que o sujeito pode confundir realidade com imaginário. Os olhos da mente de um esquizofrênico podem estar repletos de ilusões, pensamentos mágicos, superstições, mas também ansiedade, irritabilidade e um mal estar permanente, chamado disforia.
Se a pessoa está delirante, dificilmente terá consciência de sua doença ou da necessidade de fazer um tratamento. A necessidade de um tratamento especializado normalmente é uma percepção da família.
“Durante um surto psicótico o paciente pode apresentar alucinações, delírios, ansiedade, agressividade, pensamento ou comportamento desorganizado e, geralmente, a pessoa apresenta um discurso confuso, incoerente, narrando uma história que não existe, alterando pensamento e comportamento”, esclarece.
Paranoide. É o subtipo mais comum da esquizofrenia e tem como principais sintomas os delírios e alucinações com temas recorrentes que se mantém constantes.
A pessoa pode ficar um pouco apática, e alguns familiares podem chegar a pensar que ela é preguiçosa ou está desmotivada, quando, na verdade, esse é um estado relacionado ao seu transtorno. Apesar da estigmatização e de muita gente relacionar esquizofrenia a atos agressivos, os pacientes não são violentos.