Attardo (1994:324) afirma que o uso do humor na interação fortalece os laços sociais e aumenta a coesão entre seus participantes. Ocorre assim, um estabelecimento de relações de intimidade entre os interagentes, que Boxer e Cortès-Conde (1997) chamam de identidade relacional.
O humor (no sentido estrito) é uma das chaves para a compreensão de culturas, religiões e costumes das sociedades, sendo elemento vital da condição humana. Através dos tempos, a maneira humana de sorrir modifica-se, acompanhando os costumes e correntes de pensamento.
Uma função importante do humor é ser facilitador das relações sociais, sendo o primeiro passo para a aproximação dos indivíduos, aumentando o nível de aceitação e confiança entre duas ou mais pessoas ou nas situações de grupo (Morrell, 1997; Chapman, 2007).
O bom humor é uma característica das pessoas que vivem de maneira leve, cultivam atitudes de cortesia, são hábeis em desenvolver emoções positivas, recordam com frequência bons momentos e procuram transmitir serenidade e esperança.
O humor é a capacidade de expressar ou achar algo engraçado. Além de ser uma fonte de entretenimento, o humor serve como uma ferramenta para lidar com momentos difíceis, vergonhosos ou estressantes. Uma boa piada ou uma risada descontraída pode ter benefícios para a saúde e facilitar a formação de laços sociais.
Senso de humor é a habilidade do ser humano de ver graça em situações, e lidar de forma mais amigável e positiva com o que se passa ao redor. Existem muitos estudos científicos que apontam os benefícios de sorrir na saúde física e mental.
Sempre presente em nossas vidas, o humor nos proporciona alívio em tempos difíceis e oferece uma lente crítica através da qual podemos observar a sociedade.
Dar risada é considerado benéfico para a saúde, melhorando o humor e diminuindo a intensidade do estresse físico e emocional. Quando rimos, a parte da frente do cérebro, conhecido como lobo frontal, ajuda a interpretar as informações e decidir se são engraçadas.
O humor é um estado emocional ou afetivo com duração variável e não permanente, sendo uma reação aos acontecimentos e sentimentos vivenciados pelas pessoas.
São quatro substâncias químicas naturais, também definidas como o "quarteto da felicidade": endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina. Esses hormônios estão sempre ativos no organismo e se eles não estiverem equilibrados, o corpo pode reagir de forma negativa criando insônia, estresse, ganho de peso e mau humor.
Freud considera o humor uma contribuição do superego ao cômico, um superego complacente para com o Eu, como um pai para seu filho. O que o humor transmite significa: “Olhem! Aqui está o mundo, que parece tão perigoso! Não passa de um jogo de crianças, digno apenas de que sobre ele se faça uma pilhéria!”10.
De origem latina, a palavra humor significava, originalmente, líquido ou fluido, especialmente os produzidos pelo corpo (sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra). Para a medicina da Antiguidade Clássica, tanto a saúde quanto o estado emocional dependiam do equilíbrio entre os quatro humores corporais.
O humor representa um somatório ou sínteses dos afetos presentes na consci- ência em um dado momento. Constitui o estado afetivo basal e fundamental, que se caracteriza por ser difuso, isto é, não relacionado a um objeto específico, e por ser geralmente persistente e não-reativo.
A serotonina é um hormônio que atua regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade e funções intelectuais e por isso, quando este hormônio se encontra numa baixa concentração, pode causar mal humor, dificuldade para dormir, ansiedade ou mesmo depressão.
A serotonina, em específico, tem um trabalho relacionado aos sentimentos de satisfação e bem-estar. Suas principais funções incluem a regulação de: humor, sono, libido, ansiedade, apetite, temperatura corporal, ritmo cardíaco e sensibilidade.
O efeito de humor está presente em um texto quando uma situação provoca surpresa cômica, devido a alguns fatores, como deslizes dos personagens, situações absurdas, soluções fora do comum para algum problema, ou até certos estereótipos.
Galeno, no século ii d.C., com o prestígio de sua autoridade, revitalizou a doutrina humoral e ressaltou a importância dos quatro temperamentos, conforme o predomínio de um dos quatro humores: sanguíneo, fleumáti- co, colérico (de cholé, bile), melancólico (de melános, negro + cholé, bile).
Quando você está de bom humor, a hipófise (glândula localizada no cérebro) produz uma substância chamada endorfina, que ajuda a relaxar. Assim, você fica tranquilo, com sensação de conforto no corpo e dorme muito melhor, sem acordar várias vezes à noite.
Como falado anteriormente, rir libera serotonina e endorfina, substâncias que trazem a sensação de bem-estar, prazer e alegria. Sendo assim, as boas risadas diminuem o risco de doenças psicossomáticas, como a depressão, ansiedade e outros transtornos.
Rir reduz os níveis de adrenalina e, a longo prazo, os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, explicou ele. Assim, o riso pode melhorar o humor e tornar a resposta física e emocional ao estresse menos intensa.
Ao sorrir, a pessoa aciona a endorfina, hormônio produzido pelo próprio organismo, conhecido como “hormônio da felicidade”. Ele atua junto com a serotonina, bloqueando a produção de estradiol e adrenalina, hormônio causadores do enfraquecimento do sistema imunológico causado pelo estresse e pela raiva.
O humor pode desempenhar um papel na forma como aprendemos, lembramos informações e tomamos decisões. O humor também pode afetar nossa saúde física. Por exemplo, a pesquisa mostrou que as pessoas deprimidas têm maior probabilidade de adoecer e de ter problemas cardíacos. Ainda há muito a aprender sobre o humor.
Reservar um tempo para fazer uma atividade que goste como ler, ouvir música, desenhar ou andar de bicicleta, também é uma forma de aumentar os níveis de endorfina, que é liberado pela hipófise e hipotálamo e atua como neurotransmissor, promovendo a sensação de prazer e melhorando o humor.
A gerente do Serviço de Psicologia do HCor, Silvia Cury Ismael assegura: “rir é importante para a saúde mental, pois libera serotonina e endorfina, substâncias que trazem a sensação de bem-estar, prazer e alegria, diminuindo o risco de doenças psicossomáticas, como a depressão, ansiedade e estresse”, comenta.