Como consequência disso, o Rio Grande do Sul, embora sendo considerado “branco”, tornou-se, no país, o Estado que acolhe o maior número de indivíduos que se consideram pertencentes às religiões afro-brasileiras.
Na capital Salvador, a força do candomblé fica evidente. Segundo a AFA (Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro Ameríndia), só na cidade são mais de 1.730 terreiros registrados.
Locais de uso. A cidade maranhense de Codó (Brasil) é conhecida como "capital da macumba", pois de acordo com os idosos, a cidade teria sido fundada por praticantes de cultos afro-brasileiros.
Na árvore genealógica das religiões africanas, macumba é uma forma variante do candomblé que existe só no Rio de Janeiro. O preconceito foi gerado porque, na primeira metade do século 20, igrejas neopentecostais e alguns outros grupos cristãos consideravam profana a prática dessas religiões.
Apesar de ser o segundo Estado mais branco do país, o Rio Grande do Sul tem a maior proporção nacional de adeptos da umbanda e do candomblé - 1,47%, quase cinco vezes o percentual da Bahia.
Quem trouxe o candomblé para o Brasil foram os negros que vieram como escravos da África. Entre eles se destacavam dois grupos: os bantos (que vinham de regiões como o Congo, Angola e Moçambique) e os sudaneses, que vinham da Nigéria e do Benin (e que são os iorubas, ou nagôs, e os jejes).
“Nenhuma outra cidade brasileira tem esse número de comunidades”, afirma o advogado. De acordo com o Censo de 2022, existem 203 localidades quilombolas no Rio Grande do Sul, 16 delas em Porto Alegre. Em termos quantitativos, porém, os terreiros são muito mais numerosos do que os quilombos na capital.
Desde o século XVII observa-se no estado uma dualidade religiosa: de um lado, a religião católica (de origem européia); do outro, o candomblé (de origem africana).
Babalorixá ou babaloxá, também conhecido como pai de santo, pai de terreiro, ou babá, é o sacerdote das religiões afro-brasileiras. Seu equivalente feminino é a ialorixá ou mãe de santo.
A Umbanda é uma religião brasileira, que sintetiza vários elementos das religiões africanas e cristãs, porém sem ser definida por eles. Formada no início do século XX no sudeste do Brasil, a partir da síntese com movimentos religiosos como o Candomblé, o Catolicismo e o Espiritismo.
Publicado em 03/10/2014 - 07:30 Por Apresentação Márcia Dias - Brasília. Há 39 anos morria no Rio de Janeiro, Zélio Fernandino de Moraes, o fundador da Umbanda; religião que tem cerca de 400 mil seguidores no Brasil.
O evangelho de Jesus Cristo é uma das suas referências morais por meio de valores como caridade e fraternidade – o próprio Cristo é uma figura de destaque na figura do orixá Oxalá. A religião prega também a imortalidade da alma, a reencarnação, e a existência e a interação com entidades espirituais.
Diferentes intérpretes apontam que essa religião surgiu no Sudeste brasileiro nas primeiras décadas do século XX. As práticas nominadas “macumba” e associadas aos negros podem ser pensadas como a origem da umbanda.