Há registros da existência do feijão e plantas similares desde as eras mais antigas da China, do Egito e de Roma. Alguns historiadores acreditam que a existência destes alimentos, que são ricos em proteínas e fibras, foi responsável pela sobrevivência da civilização ocidental em períodos medievais de fome.
A hipótese mais provável talvez seja de que o mesmo tenha surgido na Mesopotâmia, por volta de 7000 anos a.C. De fato, o feijão fez parte da alimentação humana desde as primeiras civilizações. No Egito o mesmo era considerado um símbolo da vida.
Há indícios que, à época da chegada dos europeus, o feijão já era conhecido pelos indígenas nativos, que no século 16, abasteciam os centros urbanos que estavam em formação, com abóbora, milho, mandioca e carne de caça.
A historiografia moderna entende que o feijão conheceu dois centros de origem: os Andes e a região mesoamericana, pelo que há variedades peculiares dessas regiões, que não se encontram noutras partes do planeta.
De acordo com descobertas arqueológicas, as primeiras plantas de feijão a serem cultivadas têm sua origem na América do Sul, mais especificamente no Peru, e datam aproximadamente de 10.000 a.C. De fato, o feijão fez parte da alimentação humana desde as primeiras civilizações.
Alimente-se Bem: A História dos Alimentos | Feijão
Qual o país que mais consome feijão no mundo?
O Brasil é o país que mais consome feijão no mundo. Tradicionalmente, os países que mais consomem feijão são também os que mais produzem e esse é o nosso caso. Somos também o maior produtor mundial. No ranking do consumo, somos seguidos por Índia, China e México – também grandes produtores.
Essa receita não tem uma origem certa, mas a hipótese mais aceita é a de que seria fruto de uma combinação do arroz (de origem oriental) trazido pelos portugueses para o Brasil com o feijão, que já seria consumido no Brasil pelos ameríndios.
Irecê, na região da Chapada Diamantina, no interior da Bahia, já foi chamada de “capital nacional do feijão”, mas, hoje, a leguminosa é coisa rara na cidade. No intervalo de apenas uma década, entre 2011 e 2021, a área dedicada à cultura encolheu 96%, passando de 2,1 mil para apenas 86 hectares, segundo o IBGE.
O feijão preto é originário da América do Sul e era chamado pelos guaranis de comanda, comaná ou cumaná. A farinha de mandioca também tem origem americana, sendo adotada como componente básico da alimentação pelos africanos e europeus que vieram para o Brasil.
O arroz já era cultivado por volta do ano 3.000 a.C., tendo como origens o sudeste da Ásia, de onde surgiu a espécie Oryza sativa, disseminada primeiramente na Índia, nas províncias de Bengala, Assam e Mianmar, com diversas variedades cultivadas em solos de terras baixas, até mesmo de forma espontânea.
O prato seria uma herança dos escravos, que usavam as carnes menos nobres, desprezadas pelos senhores da casa grande, num cozido de feijão servido no prato com farofa. Tudo indica que a origem da feijoada não é esta.
Foi na convivência entre os soldados portugueses com os escravos e indígenas que surgiu a famosa combinação. Depois desse “casamento”, o Brasil passou a ser a única nação a consumir arroz e feijão como base diária da alimentação.
A leguminosa era oferecida seca ou em vagem por famílias indígenas, as grandes provedoras de alimentos da época. Ainda de acordo com a pesquisa da Embrapa, o convívio entre as culinárias dos povos que formaram o Brasil trouxe o caldo, os temperos, as pimentas e as carnes.
O phaseolus vulgaris ou feijão comum é uma planta anual herbácea, trepadora ou não, pertencente a família Fabaceae, subfamília Faboideae, gênero Phaseolus.
Tradicionalmente, os países que mais consomem feijão são também os que mais produzem. É o caso do Brasil, maior consumidor e também maior produtor de feijão do mundo. No ranking do consumo, é seguido por Índia, China e México – também grandes produtores.
Os principais produtores mundiais de feijão são: Mianmar, Índia, Brasil, China, Tanzânia, Uganda, Estados Unidos, México, Quênia e Burundi (FAOSTAT, 2021). Os maiores importadores são Índia, China, Bangla- desh, Estados Unidos e Egito (Tabela 1). Fonte: FAOSTAT (2021).
“O feijão-preto contém mais nutrientes, como vitaminas do complexo B, em relação aos outros”, revela a nutricionista Thayná Ramos Silva à Coluna Claudia Meireles. Além de vitamina B, o item tem magnésio, zinco, potássio e ajuda a combater a deficiência de ferro no organismo.
Com base nos dados secundários obtidos e analisados foi possível identificar que Brasil, Índia, China, Myanmar e México são os cinco maiores produtores, representando mais de 65% da produção mundial. Burundi e Ruanda são os países com maior densidade de produção de feijão (7,91 e 7,58 t/km², respectivamente).
Os NRs de Ponta Grossa, Pato Branco, Irati, Curitiba e Guarapuava são responsáveis por 79% do total da produção. Os principais polos produtores de feijão estão localizados na região Sul do Paraná. A área destinada à safra 2020/21 foi de 426,4 mil hectares e o volume colhido foi de 544,0 mil toneladas.
Apesar do nome, essa variedade é paulista, e sua história remonta a mais de cinco décadas atrás, no município de Palmital. No ano de 1970, em uma lavoura de feijão, um produtor identificou um grão de tonalidade diferente e mais produtivo do que os outros, provavelmente fruto de uma mutação espontânea.
Antes de o arroz fazer parte da comida do exército brasileiro a mando de D. João 6º, era a farinha de mandioca que fazia companhia ao feijão na dieta dos soldados.
Diversos historiadores e cientistas apontam o sudeste da Ásia como o local de origem do arroz. Na Índia, uma das regiões de maior diversidade e onde ocorrem numerosas variedades endêmicas, as províncias de Bengala e Assam, bem como na Mianmar, têm sido referidas como centros de origem dessa espécie.