Em algum momento desse período, os humanos infectaram os tatus que começaram a disseminar a bactéria em seu habitat natural.” De acordo com a pesquisa, 62% dos tatus-galinha (Dasypus novemcinctus) estavam naturalmente infectados pelo bacilo causador da hanseníase.
Porém, o que muitos não sabem é que no Brasil todos os anos centenas de pessoas contraem doenças pelo consumo ou simples contato com animais silvestres. Um desses bichos é o tatu, um forte disseminador da bactéria que causa o Mal de Hansen, popularmente conhecido como lepra.
“A carne do tatu pode ser contaminada com outros microrganismos, não só os fungos, porque o tatu pode ficar doente com a coccidioidomicose e com a paracoccidioidomicose — que é um outro fungo -, mas também pode ser infectado por Trypanosoma cruzi, o agente da doença de Chagas, e tem sido relatado o bacilo da lepra — a ...
O Mycobacterium leprae é transmitido por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento e estão em fases adiantadas da doença. Por isso todas as pessoas que convivem ou conviveram com o doente devem ser examinadas.
A prevenção da hanseníase pode ser feita com hábitos saudáveis, alimentação adequada e prática de atividade física. Isso tudo deve ser associado a condições básicas de higiene, que contribuem para aumentar a imunidade, dificultando que a pessoa contraia a doença.
A principal causa da hanseníase é a bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen. É um parasita que atinge, principalmente, os tecidos epiteliais e nervosos. A infecção ocorre por meio de vias respiratórias ou secreções, até se instalar nos nervos periféricos e no tecido epitelial do doente.
Assim que a pessoa doente começa o tratamento deixa de transmitir a doença. O contato direto e prolongado com a pessoa doente aumenta a chance de se infectar. A prevalência global da Hanseníase em 2018 apresentou uma taxa de 0,24 caso por 100.000 habitantes, perfazendo 184.212 casos em tratamento.
Não se transmite a hanseníase pelo abraço, compartilhamentos de pratos, talheres, roupas de cama e outros objetos. Já as pessoas com muitos bacilos – multibacilares (MB) – constituem o grupo contagiante, mantendo-se como fonte de infecção enquanto o tratamento específico não for iniciado.
Quem tem hanseníase pode conviver com outras pessoas?
Importante: Assim que a pessoa começa o tratamento e o mantém com regularidade deixa de transmitir a doença. A pessoa com hanseníase deve manter o convívio familiar e não precisa ser afastada do trabalho.
Alguns estudos mostraram uma associação entre a exposição aos tatus por meio da caça, limpeza e consumo da carne e o desenvolvimento da hanseníase. Um prato consumido em certas áreas pode ser particularmente problemático, o “ceviche” de fígado de tatu (carne crua + cebola + temperos), isto porque o M.
Apesar do seu nome popular, a doença não é transmitida por animais, nem de uma pessoa por outra. Para se contaminar é preciso ter contato com esporos (espécie de poeira) que estejam em solo contaminado pelo fungo causador da enfermidade.
O mosquito noturno comum, Culex quinquefasciatus, é especialmente suspeito de transmitir a lepra, mas não se presta muito bem para experiências porque só pica às escuras.
– manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; – áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; – caroços e placas em qualquer local do corpo; – diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).
“O contato com tatus é considerado fator de risco para desenvolvimento de hanseníase nos Estados Unidos”, afirma a médica. Ela lembra que o mesmo não acontece no Brasil. E pior: aqui a caça e o consumo da carne de tatu são práticas comuns, apesar de crime ambiental.
Importante: Assim que a pessoa doente começa o tratamento deixa de transmitir a doença. Ela não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar e pode manter relações sexuais com seu parceiro ou parceira.
A LepVax é a primeira vacina específica para hanseníase a ser testada em território brasileiro, e o Instituto foi escolhido como centro clínico devido à sua atuação científica nos estudos sobre a doença.
A transmissão ocorre através das vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de pacientes sem tratamento. O paciente que está sendo tratado deixa de transmitir a doença, cujo período de incubação pode levar de três a cinco anos.
Como a hanseníase é transmitida? A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis, ou seja, com maior probabilidade de adoecer.
Os achados do estudo: 62% dos tatus na Amazônia no oeste do Pará testaram positivo para a Mycobacterium leprae (bactéria causadora da lepra ou hanseníase);
A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e de evolução crônica, que afeta os nervos e a pele. Também conhecida como lepra ou mal de Lázaro, é causada pelo bacilo Mycobacterium leprae.