A pessoa com essa doença, quando está em crise, normalmente apresenta outros riscos (auto agressão, suicidio, incapacidade de cuidar-se), e quando torna-se violenta, mais frequentemente é contra si e contra objetos.
A esquizofrenia denominada hebefrênica é a mais grave de todas e acomete mais indivíduos jovens, entre 15 e 25 anos de idade. O transtorno é marcado por sintomas como perturbação dos afetos, comportamento irresponsável e imprevisível, pensamento desorganizado e discurso incoerente.
— A esquizofrenia está associada com aumento de dez vezes do risco de morte por suicídio, e 50% dos pacientes esquizofrênicos podem tentar o suicídio em algum ponto do curso da doença, sendo mais comum durante os anos iniciais — apontou Antônio Silva.
“É caracterizada, principalmente, pelo que chamamos de sintomas psicóticos, como alucinações visuais e auditivas, sensação de ser constantemente perseguido ou ameaçado por outras pessoas”, explica a profissional.
É perigoso conviver com uma pessoa que tem esquizofrenia?
Viver com esquizofrenia
A maioria das pessoas com esquizofrenia não é mais perigosa ou violenta do que a população em geral. No entanto, todas as pessoas com suspeitas de alguma doença mental devem ser encaminhadas para um psiquiatra, de modo a efetuar um diagnóstico atempado.
pré-mórbida: quando os indivíduos nem sempre manifestam sintomas, mas podem apresentar prejuízos na sua competência social, desorganização de pensamentos, distorção perceptiva e anedonia.
O que uma pessoa com esquizofrenia é capaz de fazer?
Por exemplo, a pessoa com esquizofrenia pode apresentar delírios de perseguição, acreditar que está sendo atormentada, perseguida, enganada ou espionada. Ela pode ter delírios de referência e, por isso, acreditar que certas passagens de livros, jornais ou canções se dirigem especificamente a ela.
O olhar “vazio” é comum nas pessoas esquizofrênicas, também conhecido como o olhar 'que vê, mas não enxerga'. O indivíduo encara diretamente a pessoa à sua frente, mas é como se olhasse através dela e ignorasse sua presença.
“Durante um surto psicótico o paciente pode apresentar alucinações, delírios, ansiedade, agressividade, pensamento ou comportamento desorganizado e, geralmente, a pessoa apresenta um discurso confuso, incoerente, narrando uma história que não existe, alterando pensamento e comportamento”, esclarece.
Até hoje, não foi descoberta a causa da esquizofrenia, mas a combinação de alguns fatores genéticos, cerebrais e do ambiente podem desencadear a doença. Fatores hereditários - parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm mais chances de desenvolver a doença do que as pessoas em geral.
Estima-se que a expectativa de vida nesta população seja de cerca de 20 anos a menos que a da população em geral. No entanto, sabe-se que o tratamento precoce e contínuo da esquizofrenia pode desacelerar esse processo de envelhecimento.
Criticar, recriminar, repreender ou debochar do parente esquizofrênico pode desencadear um estado de estresse. Super proteger e tomar à frente de todas as atividades e tarefas podam a autonomia e capacidade do doente, que acaba desistindo de ter iniciativa.
“Os aspectos cognitivos mais comprometidos na esquizofrenia são a memória, linguagem, pensamento abstrato e muitos desses são sintomas negativos, onde falta alguma coisa. São déficits de comunicação, sociais, motivacionais e tudo isso muito em função da sequela que a doença psiquiátrica e inflamatória proporciona.
De acordo com o Código Internacional de Doenças (CID-10), os tipos de esquizofrenia descritas são: a esquizofrenia paranóide, hebefrênica, catatônica, indiferenciada, residual, simples, não especificada e outras esquizofrenias.
Qual a expectativa de vida de uma pessoa com esquizofrenia?
O preconceito e o estigma são os principais motivos que fazem com que a pessoa não procure um médico psiquiatra. Estima-se que a expectativa de vida nesta população seja de cerca de 20 anos a menos que a da população em geral.
Como é a crise de uma pessoa que tem esquizofrenia?
Eles incluem principalmente delírios e alucinações. A pessoa começa a falar coisas sem sentido, incompatíveis com a realidade. É comum ela acreditar fortemente que está sendo perseguida por alguém. Também é muito comum que ela ouça vozes e sinta que está sendo observada.
Medidas adicionais, como terapia ocupacional, assistência social, melhora do repertório social e exercícios físicos também podem ter efeitos de melhora. Por outro lado, uso de drogas (incluindo tabagismo) podem piorar a evolução.
Esse transtorno é também uma doença crônica, pois acaba por afetar seriamente o cérebro por meio de diversas desestruturações psíquicas. Com isso, a pessoa passa a apresentar comportamentos, relacionados exclusivamente com suas emoções e sentimentos, que não condizem com a realidade.
O indivíduo não tem uma hora regular para adormecer e acordar; ou seja, não existe uma distinção clara em termos de ritmo sono-vigília, já que o sono é fragmentado por períodos irregulares, podendo haver períodos de vigília durante a noite e períodos de sono durante o dia51.
Os resultados mostraram diferenças na entonação de voz entre indivíduos com e sem esquizofrenia. Ana Cristina explica que as pessoas com esquizofrenia apresentaram pouca variação de simetria e dispersão na entonação da fala, ou seja, elas expressavam suas emoções pela voz de forma menos acentuada.
A esquizofrenia é uma doença mental, em que o sujeito pode confundir realidade com imaginário. Os olhos da mente de um esquizofrênico podem estar repletos de ilusões, pensamentos mágicos, superstições, mas também ansiedade, irritabilidade e um mal estar permanente, chamado disforia.
Após surto a pessoa lembrará apenas parcialmente de alguns fatos acontecidos antes do surto. Mas as lembranças podem estar contaminadas por ideias delirantes ou distorcidas. Quanto mais grave o surto, pior a capacidade de se lembrar de fatos, pois maior será a perda neuronal.
“A internação deve ocorrer quando o paciente apresenta um quadro grave, em que não faz uso adequado dos medicamentos ou que não apresenta remissão dos sintomas, mesmo em uso de medicação”, explica a profissional.
O que fazer para acalmar uma pessoa com esquizofrenia?
Ajude a pessoa a evitar fatores estressores, bem como uso de álcool ou drogas. Diante de uma crise, aja com calma e não tente convencê-lo de que seus delírios ou alucinações não são reais. O melhor é oferecer apoio e disposição para ajudá-lo a passar pela situação.