Em 1994, com R$1,00 era possível comprar um destes itens: 🐔1 kg de frango 🥔2,8 kg de batata 🥛1,5 L de leite 🥖700 g de pão Este é o efeito da inflação: o poder de compra é corroído, como um imposto invisível. Ficamos assim cada vez mais pobres.
O almoço da família com carne de primeira exigia um gasto de R$ 6,80, caso a pedida fosse um quilo de filé mignon - preço médio de 1994 com inflação histórica descontada.
Em termos práticos, isso quer dizer que algo que se comprava com R$ 1 a partir de julho de 1994 equivale a atuais R$ 8,08, com base na última divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em maio. A perda de peso da moeda também é observada em comparação às cédulas lançadas em 1994.
Com R$ 5 dava para comprar no supermercado, em agosto de 1994: dois detergentes, um quilo de farinha de trigo, um pote de margarina Qualy, um pacote de pão de forma Plus Vita, um pacote de papel higiênico Neve com 4 unidades e um quilo de açúcar União.
Consumidor conseguia comprar pão e leite por R$ 1 quando surgiu nova moeda. Há 30 anos, no dia 1° de julho de 1994, entrava em operação o Plano Real, criado para a estabilização econômica do País.
Relembre o preço de 14 produtos em 1994. O quilo de arroz custava R$ 0,64 em julho de 1994, em São Paulo, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Já o feijão saía por R$ 1,11.
Passou de R$ 0,55/litro em 1994 para R$ 5,86/litro atualmente, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo e Gás). Ou seja, com o valor de hoje, há 30 anos, o consumidor conseguiria abastecer com mais de 10 litros do derivado do petróleo.
Desde que o Plano Real foi lançado, em 1º de julho de 1994, até fevereiro de 2014, a moeda se desvalorizou 77,65%. Com isso, a nota de R$ 100, na prática, vale hoje R$ 22,35, segundo cálculos do matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho.
Ganho real aconteceu em praticamente todo o período, com exceção do governo Jair Bolsonaro. O salário mínimo iniciou o Plano Real, em julho de 1994, valendo R$ 64,79. Em termos nominais, ele representa menos de 5% do atual (R$ 1.412), mas na verdade a conta é um pouco mais complexa.
Mas nossa moeda não é reserva de valor. Se fosse, teria ao menos mantido o mesmo poder de compra que tinha quando surgiu em julho de 1994, quando o arroz custava R$ 0,64 o quilo, o pão francês, R$ 0,09 a unidade, e o filé mignon, R$ 6,80 o quilo (veja outros valores da época aqui).
Em 1994, um apartamento de 211 metros quadrados, três dormitórios, varanda com churrasqueira e duas vagas na garagem no bairro do Morumbi, em São Paulo, custava R$ 94.340. Hoje, um imóvel com essas mesmas características custam entre R$ 600 mil e R$ 800 mil.
Um quilo de arroz, que custava R$ 0,82 (oitenta e dois centavos); Um quilo de açúcar, que custava R$ 0,68 (sessenta e oito centavos); Um litro de óleo de soja, que custava R$ 80 (oitenta centavos); Um pacote de 500g de macarrão, que custava R$ 0,70 (setenta centavos);
Confira os preços dos principais itens da cesta básica em 2024 em Florianópolis. Dessa forma, com R$ 10 em 1994 você conseguiria comprar dois quilos de carne, um quilo de feijão, um quilo de banana, um quilo de batata e um quilo de tomate.
Leite longa vida, que teve alta de 7,99% em maio e não sai por menos de R$ 4 o litro nos supermercados, custava R$ 0,69, em média, entre os anos 1994 até 1999.
Paulo - Preço da carne dispara e arroba vale US$ 32 - 28/9/1994. O preço da carne bovina bateu ontem o recorde dos últimos quatro anos, mas o consumo continua 30% abaixo de setembro de 1993. A arroba de boi gordo (16 quilos) foi cotada US$ 32 em São Paulo.
Ou seja, para arcar com a compra de R$ 1 em 1994, você precisaria de R$ 8,08 do dinheiro de hoje. De acordo com a calculadora de inflação do Banco Central, trata-se de um aumento de 708%, quando comparado com o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) de maio — último índice cheio até agora.