A média histórica para área afetada pelo fogo no mês é 1,4 milhões de hectares. Desde o início do ano, a Amazônia já teve mais de 4,1 milhões de hectares atingidos pelos incêndios.
Com mais de 82 mil focos de incêndio de 1º de janeiro a 9 setembro deste ano, a Amazônia já alcançou o dobro de queimadas no mesmo período de 2023 e o recorde da série histórica desde 2007, quando registrou 85 mil pontos de fogo.
Já em 2024, no mesmo período, foram 503,5 km², redução de quase 60 km². É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa.
Até agora, o pior agosto havia sido o de 2020, quando 2.536.600 hectares foram consumidos pelo fogo. E com os números do mês passado, a área queimada na Amazônia neste ano totaliza 5.043.525 de hectares, segundo o LASA/UFRJ.
De janeiro a setembro, foram queimados 22,38 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 150% em relação ao mesmo período no ano passado (8,98 milhões de hectares). De acordo com o MapBiomas, mais da metade (51%, ou 11,3 milhões de hectares) da área queimada total no Brasil está na Amazônia.
Fumaça de queimadas na Amazônia chega até o sul do Brasil; entenda como | SBT Brasil (22/08/24)
De quem é a culpa das queimadas na Amazônia?
As queimadas que atingem a Amazônia, Cerrado e Pantanal e enchem o céu do país de fumaça são causadas pela ação humana, para renovação de pasto ou para o avanço do desmatamento. A impunidade e o dinheiro que segue fluindo para os setores que desmatam contribuem para que este problema continue.
A situação é preocupante, entretanto, considerando o período completo de medição do DETER, iniciado em 1º de agosto. Nesses nove meses (entre agosto de 2022 e abril de 2023), a Amazônia já perdeu 5.936 km² .
No sábado (21), a área contabilizou 100.543 focos de incêndio — marca que ultrapassou as 98.646 ocorrências em todo o ano passado. O total de queimadas de 2024 na Amazônia é quase o dobro do contabilizado até setembro do ano passado, que registrou 57.941 incêndios.
Entre janeiro e setembro de 2024 o Brasil teve 22,38 milhões de hectares queimados pelos focos de incêndio que avançaram por todo país, mostrou o MapBiomas, no Monitor do Fogo divulgado nesta sexta-feira (11).
Artigo científico liderado por pesquisadores brasileiros aponta que se não forem tomadas medidas urgentes, o ano de 2050 pode marcar o início de uma redução substancial na cobertura de floresta na região amazônica. “A gente encontra aí mais ou menos 50% de possibilidades.
O calendário do desmatamento 2024, que abrange o intervalo de agosto de 2023 a julho 2024, registrou 3.490 km² de florestas derrubadas, representando uma diminuição de 46% em comparação ao período anterior, que vai de agosto de 2022 a julho de 2023.
O Amazonas registrou 21,6 mil queimadas só em 2024 e, com isso, o ano já é considerado o pior no número de focos de calor desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a série histórica. O estado está em estado de emergência ambiental por conta das queimadas.
2024) o maior número de focos de incêndio desde o início da série histórica do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), iniciada em 1998. Até as 16h40, São Paulo teve 7.296 queimadas em 2024. Ainda em setembro, o número já é o maior registrado em um único ano. O 2º foi em 2010, com 7.291 focos de incêndio.
De janeiro a agosto de 2024 os incêndios no Brasil já atingiram 11,39 milhões de hectares do território do país, segundo dados do Monitor do Fogo Mapbiomas, divulgados nesta quinta-feira (12).
Como está o meio ambiente no Brasil atualmente em 2024?
Apesar dos esforços para minimizar os efeitos da crise, 2024 deve ser ainda mais preocupante, em consequência das alterações ambientais em curso somadas ao fenômeno El Niño, de aquecimento das águas do Pacífico. O último ano foi marcado por temperaturas acima de 40°C em dez estados brasileiros.
Em cerca de um terço do país, o cenário é de seca severa. Além das consequências para o meio ambiente, o grande volume de queimadas no país tem pressionado o sistema de saúde e causa preocupação, principalmente envolvendo idosos e crianças com problemas respiratórios.
O fogo está intimamente ligado ao desmatamento, pois é a forma mais barata e rápida de “limpar” áreas recém-desmatadas. Por muitos anos, a relação entre as duas ações era direta: quanto mais alta era a taxa de desmatamento, maior o uso do fogo na região, e vice-versa.
O valor representa um aumento de 83% em comparação ao mesmo período em 2023, quando foram registrados 15.710 focos - e está 38% acima da média dos 10 anos anteriores (2014 a 2023). Os dados são do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com isso, já são 53.620 focos em 2024.
⛅ Essas grandes nuvens de fumaça são provocadas por queimadas e podem se estender por milhares de quilômetros. Elas são conhecidas como plumas de fumaça e são capazes até de encobrir o sol, como ocorreu no meio da tarde.
Mas como a maior parte da Amazônia ainda está preservada — o bioma ocupa quase 60% do território nacional — há uma falsa sensação de que o país ainda está bem protegido, segundo o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e demais Biomas, do instituto, Claudio Almeida.
A taxa oficial de desmatamento na Amazônia é de 9.001 km2 para o período de agosto de 2022 a julho de 2023, segundo estimativa do sistema Prodes, do Inpe, divulgada nesta quinta-feira (9/11). O resultado é o menor desde 2019 e representa queda de 22,3% em relação ao período anterior, de agosto de 2021 a julho de 2022.
Este fenômeno nunca registrado nesta intensidade, tem afetado a biodiversidade e vida humana em oito estados da Amazônia. A seca já vitimou mais de 140 botos, entre botos-cor-de-rosa e tucuxis, também conhecidos como botos cinzas. A mortalidade de peixes e outros animais aquáticos também é grande.