O relatório global da OMS ressalta, ainda, que a sepse ocorre em resposta a uma infecção. Quando não é reconhecida precocemente e tratada imediatamente, pode causar choque séptico, falência múltipla dos órgãos e morte.
Atualmente, é também uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. A mortalidade no Brasil chega a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%.
A infecção, nesses casos, pode limitar-se a um único órgão, entretanto, gera uma resposta inflamatória em todo o organismo, o que pode levar ao comprometimento de outros órgãos e, em alguns casos, levá-los à falência. A sepse é a principal causa de morte por infecção no planeta.
Sepse é a doença que mais mata nas UTIs | Dr. Álvaro
Quando os órgãos começam a parar?
Uma das causas mais comuns da síndrome da falência múltipla de órgãos é a sepse (choque séptico), mas ela também pode ser desencadeada por infecções generalizadas, traumas queimaduras, pancreatite, síndromes de aspiração, doenças autoimunes, eclampsia e envenenamento.
O paciente também pode apresentar lesões por pressão na pele, também conhecidas como “escaras” ou “úlceras de pressões”, devido à imobilidade e gravidade do episódio de sepse. Podem ocorrer, também, contraturas das articulações, causando dor crônica.
As infecções relacionadas à sepse são normalmente derivadas de pneumonias, infecções urinárias, infecções abdominais (apendicites, infecções hepáticas e etc.), além das iniciadas por infecções hospitalares.
No Brasil, são registrados cerca de 400 mil casos de sepse em pacientes adultos por ano. Desse total, 240 mil morrem, um índice de 60%. Entre as crianças, o número anual de casos é de 42 mil, dos quais 8 mil não resistem, representando um percentual de 19%.
O que é choque séptico? Com o objetivo de combater a infecção, o organismo provoca mudanças na temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, contagem de células brancas do sangue e na respiração. Sem o tratamento adequado, pode haver parada cardíaca e falência múltipla dos órgãos levando à morte.
As diretrizes internacionais de manejo da sepse recomendam, para adultos com possível choque séptico ou alta probabilidade de sepse, a administração de antimicrobianos imediatamente, idealmente dentro de 1 hora após o reconhecimento, e até 3 horas para pacientes adultos com possível sepse sem choque(8).
A princípio, as pessoas têm uma temperatura corporal alta (ou, às vezes, baixa), ocasionalmente com calafrios e fraqueza. À medida que a sepse piora, o coração bate rapidamente, a respiração fica rápida, as pessoas ficam confusas e a pressão arterial cai.
Agora se sabe por quê. Uma das possíveis sequelas da sepse – também chamada de septicemia ou infecção generalizada – é bem conhecida de médicos e cientistas: o sistema imunológico fica comprometido por até cinco anos depois que a pessoa teve a doença.
O tempo médio de permanência foi 6 (3-11) dias e a taxa de mortalidade foi 31,1%: 6,1% para SIRS não infecciosa, 10,1% para sepse, 22,6% para sepse grave e 64,8% para choque séptico. CONCLUSÕES: Sepse é um importante problema de saúde que leva a uma taxa extremamente alta de mortalidade nas UTI de Passo Fundo, Brasil.
Sepse tem cura? A sepse possui cura, mas por se tratar de uma doença complexa e potencialmente rápida, precisa ser tratada rapidamente, pois pode levar ao choque séptico, em que há queda drástica da pressão arterial e aumento do lactato no sangue, podendo levar à falência múltipla de órgãos e inclusive à morte.
À medida que a sepse piora ou choque séptico se desenvolve, um sinal precoce, principalmente em idosos ou em pessoas muito jovens, pode ser confusão ou diminuição do estado de alerta. A pressão arterial cai, mas, mesmo assim, a pele permanece paradoxalmente quente.
Os mais comuns são: febre alta ou hipotermia, calafrios, baixa produção de urina, respiração acelerada dificuldade para respirar, ritmo cardíaco acelerado, agitação e confusão mental. Outros sinais possíveis da síndrome são o aumento na contagem dos leucócitos e a queda no número de plaquetas.
A sepse tardia está relacionada a fatores pós-natais e múltiplos procedimentos na UTI ao quais os recém-nascidos estão sujeitos, como cateteres, tubo endotraqueal, punções venosas, nutrição parenteral, transmissão horizontal por meio das mãos dos cuidadores e da equipe assistencial4.
A sepse costuma apresentar alguns dos sintomas que são habituais a qualquer infecção comum, como febre alta, náuseas, calafrios, fraqueza, prostração, anorexia, dores articulares, irritabilidade, letargia e dispneia. É preciso ter atenção, pois alguns desses sinais podem surgir apenas quando a infecção já se espalhou.
Quais as chances de sobreviver a um choque séptico?
A incidência no Brasil é de aproximadamente 200 mil casos por ano, com uma mortalidade entre 35 a 45% para sepse grave, e 52 a 65% para o choque séptico 5.
O que acontece quando a infecção vai para o sangue?
A infecção no sangue corresponde à presença de microrganismos no sangue, principalmente fungos e bactérias, levando a sintomas como febre alta, diminuição da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos e náuseas, por exemplo.