As pessoas com hepatite viral aguda costumam se recuperar no espaço de quatro a oito semanas, mesmo sem tratamento. No entanto, algumas pessoas infectadas com hepatite B ou C desenvolvem infecções crônicas.
Na maioria dos casos que acontecem em adultos, a doença evolui de forma assintomática e o corpo elimina a infecção espontaneamente em até seis meses. Quando a infecção permanece após esse período, mantendo a presença do marcador HBsAg no sangue, ela passa a ser considerada crônica.
O tratamento da hepatite C é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. Os DAA revolucionaram o tratamento da hepatite C, e possibilitam a eliminação da infecção.
Uma delas, a hepatite fulminante, é um quadro que se caracteriza pela necrose maciça e morte das células hepáticas nas primeiras seis a oito semanas da infecção. São raros os casos de pacientes com mais de 50 anos que sobrevivem a essa forma da doença.
Por que a hepatite C é pouco identificada? | Coluna #124
Quando a hepatite leva à morte?
Hepatites virais têm cura, mas se não tratadas podem levar à morte, alerta Dr. Roberto Barreto. As hepatites virais são infecções causadas por vírus que agridem o fígado podendo levar a complicações como cirrose, câncer (hepatocarcinoma) e à morte.
Hepatite designa qualquer inflamação do fígado por causas diversas, sendo as mais freqüentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios).
Os doentes com hepatite B crónica podem ser tratados com medicamentos anti-víricos (tenofovir/entecavir) para manter a carga do vírus negativa. A hepatite B não tem cura, mas existe vacina que faz parte do plano nacional de vacinação que previne o futuro desenvolvimento de Hepatite B.
A principal via de contágio do vírus da Hepatite A é a fecal-oral, através do contato inter-humano ou através de água e alimentos contaminados. A transmissão do vírus da Hepatite B pode ocorrer por via parenteral ou por via sexual, portanto a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível.
O surgimento dos sintomas é muito raro, mas podem aparecer cansaço, tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, além da urina escura e fezes claras. Por ser uma doença silenciosa, é importante ficar atento aos sintomas e fazer exames de rotina que podem detectar todas as formas de hepatite.
A dor da hepatite é localizada caracteristicamente no quadrante superior direito do abdômen, logo abaixo das costelas, exatamente no local onde o fígado se encontra. Em alguns casos, o fígado pode estar inchado, podendo ser palpado através do exame do abdômen.
A hepatite A é uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso. Geralmente melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção. Todas as hepatites virais devem ser acompanhadas pelos profissionais de saúde, pois as infecções podem se agravar.
O vírus da hepatite B é estável em superfícies e pode resistir no meio ambiente por cerca de sete dias. Enquanto o vírus da hepatite C pode sobreviver por até 72 horas fora do corpo humano.
c) cuidados com o paciente – a) isolamento - é necessário o isolamento e afastamento do paciente das atividades normais (se criança, isolamento e afastamento da creche, pré-escola ou escola) durante as primeiras duas semanas da doença, e não mais que 1(um) mês depois do início da icterícia; exceções devem ser avaliadas ...
Na hepatite C poderá ocorrer a transmissão principalmente em pessoa com múltiplos parceiros, coinfectada com o HIV, com alguma lesão genital (DST), alta carga viral do HCV e doença hepática avançada. Os vírus das hepatites B e C possuem também a via de transmissão vertical (da mãe para o bebê).
“As hepatites virais B e C afetam 325 milhões de pessoas no mundo, causando 1,4 milhão mortes por ano. É a segunda maior causa de morte entre as doenças infecciosas depois da tuberculose, e 9 vezes mais pessoas são infectadas com hepatite do que com o HIV”, alerta a coordenadora do Ambulatório.
O vírus da hepatite B, apesar de causar doença no fígado, pode ser transmitido nas relações sexuais, ou seja, a hepatite B faz parte das ditas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Em boa parte dos casos de hepatite B, o organismo pode, por conta própria, combater a infecção. Isso se deve ao fato de que o sistema imunológico consegue desenvolver uma defesa para combater a doença. Então, a doença pode ser curada de maneira espontânea e muitas vezes não é necessário realizar um tratamento.
O HBV está presente no sangue e secreções, e a hepatite B é também classificada como uma infecção sexualmente transmissível. Inicialmente, ocorre uma infecção aguda e, na maior parte dos casos, a infecção se resolve espontaneamente até seis meses após os primeiros sintomas, sendo considerada de curta duração.
A hepatite é um tipo de inflamação do fígado que pode ter diferentes causas. A hepatite pode ser causada por vírus e bactérias diversos e até mesmo pelo consumo excessivo de substâncias, como certos tipos de medicamentos e até mesmo de drogas e bebidas alcoólicas.
Uma vez infectado por uma das variantes (A, B, C, D, ou E) a pessoa adquire imunidade apenas contra o vírus pelo qual foi infectado. Porém, por haver diversos tipos de vírus a pessoa pode se contaminar novamente por outra variante da hepatite e contrair a doença novamente.
Exames de sangue são úteis para identificar o tipo de vírus causador da hepatite. A sorologia pode detectar e diferenciar as hepatites A, B, C, D ou E. Além da sorologia, exames que determinam o funcionamento do fígado, tais como as transaminases AST e ALT, são muito indicados.
Os sintomas geralmente desaparecem após dois meses, mas podem continuar ou recorrer por até seis meses. Hepatite A não causa fibrose grave do fígado (cirrose).