Pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira (11) mostra que, em 2021, considerando-se a linha de pobreza monetária proposta pelo Banco Mundial, a proporção de pessoas pobres no país era de 18,6% entre os brancos e praticamente o dobro entre os pretos (34,5%) e entre os pardos (38,4%).
Segundo o Ipea (2011), 66,2% das casas em favelas são ocupadas por pessoas negras, sendo 39,4% chefiadas por homens negros e 26,8% chefiadas por mulheres negras, o que reforça a conservação da maior vulnerabilidade social vivida por esse grupo. Ainda conforme pesquisa do IBGE (2019, p.
Nos 10% mais pobres, negros somam 32,3%. Nos 10% mais ricos, pretos e pardos são apenas 8,2%. "Na nossa história, os negros, tendem a vir de famílias com menos recursos econômicos, com menos recursos culturais.
Os jovens negros e pobres são as principais vítimas da violência
Quantos pobres são negros?
A taxa de pobreza entre pretos e pardos era quase o dobro que entre brancos no Brasil em 2021. A proporção de pessoas pobres no país era de 18,6% entre pessoas brancas no ano passado, enquanto entre pessoas pretas (34,5%) e pardas (38,4%) era quase o dobro.
Já entre pretos o percentual foi de 34,5% e entre os pardos, 38,4%. Na linha da extrema pobreza, (US$1,90 diários ou R$ 168 mensais per capita), as taxas foram 5,0% para brancos, contra 9,0% dos pretos e 11,4% dos pardos. “Em 2021, havia 8,4% da população na extrema pobreza.
O Brasil é formado por 92.083.286 pessoas pardas, 88.252.121 brancas, 20.656.458 pretas, 1.694.836 indígenas e 850.130 amarelas, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira, 22, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A menor concentração de negros foi observada na RA de São José do Rio Preto, com 17,2%, e na RA de Sorocaba, com 18,8%. O Mapa 2 apresenta a distribuição da população negra segundo os municípios paulistas, para 2000.
Entre os recenseamentos de 2010 e 2022, a população branca caiu de 47,7% para 43,5%, deixando de ser majoritária. Por outro lado, os pardos aumentaram a participação de 43,1% para 45,3%. A população preta saltou de 7,6% para 10,2%. Em 2022 eram 20,7 milhões de pessoas.
Para fins legais, o Estatuto da Igualdade Racial estabelece que são consideradas pessoas negras as que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pelo IBGE e que possuam traços físicos, também chamados de fenotípicos, que as caracterizem como de cor preta ou parda.
Em números totais, a cidade de São Paulo ocupa a primeira posição, com 1.160.073 pessoas pretas, seguida do Rio de Janeiro (968.428) e Salvador (825.509), capital da Bahia.
O Brasil, cuja população negra chega a 56,4%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE, que considera a soma de pretos e pardos, não possui um único bilionário negro. O país com mais negros donos de fortunas de dez dígitos é os Estados Unidos, com seis.
Desde 1991, esse contingente não superava a população branca, que chegou a 88,2 milhões (ou 43,5% da população do país). Outras 20,6 milhões se declaram pretas (10,2%), enquanto 1,7 milhões se declararam indígenas (0,8%) e 850,1 mil se declaram amarelas (0,4%).
A cidade de Morrinhos do Sul, no Rio Grande do Sul, tem 97,4% da população que se autodeclara branca. É o índice mais alto no levantamento étnico-racial do Censo 2022, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 22. Por isso, Morrinhos é atualmente a cidade mais branca do Brasil.
O maior grupo de africanos que chegou no recôncavo baiano foi o sudanês vindos de etnias como os iorubas ou os nagôs. Só na Bahia os afrodescendentes representam hoje mais de 80% de toda a população. "O principal é estarmos num contexto em que somos maioria e que não temos que nos encolher.
Isso significa que três em cada quatro brasileiros na pobreza ainda serão negros, comparado a uma participação de 56% de pretos e pardos no total da população, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No Censo de 2022, mais de 92,1 milhões de brasileiras e brasileiros se declararam pardos, o equivalente a 45,3% da população do Brasil, estimada em 203 milhões de pessoas. Foi a primeira vez desde 1991, quando a pesquisa censitária nacional passou a incluir “cor ou raça”, que a população parda foi maioria.
Os locais que possuem população predominantemente branca são as regiões da Europa (95%), Rússia (90%), África do Norte, Oriente Médio; e países como Estados Unidos (75%), Canadá (80%), Austrália (92%), Nova Zelandia (70%), e a porção meridional da América do Sul: Argentina (88%), Uruguai (90%) e Chile (52%).
A pesquisa aponta que a favela brasileira é uma condição urbana: 89% desta população está situada em Regiões Metropolitanas. Segundo a pesquisa, nelas, a população negra representa 67%, um patamar bem acima da média nacional, de 55%.
Um dos principais critérios utilizados na definição da linha de pobreza no Brasil estabelece que um indivíduo é considerado pobre se este possui renda domiciliar per capita igual ou inferior a meio salário mínimo.
Ou seja, quando questionada, a pessoa pode se declarar como preta, parda, branca, amarela ou indígena. De acordo com os resultados do Censo 2022, pela primeira vez, desde 1991, a maior parte da população brasileira (45,3%) se declarou como parda; o equivalente a cerca de 92,1 milhões de pessoas.