Além do papel religioso, o Dalai Lama cumpre também uma importante função política no Tibete. Dalai Lama é o título dado ao líder religioso da tradição do budismo tibetano. Nessa tradição, ele é considerado a reencarnação de um bodisatva, um ser iluminado que emana compaixão.
Lhamo Dondrub, de 79 anos, indicou no programa Newsnight que defendia o fim de uma tradição de séculos em decorrência da interferência chinesa nos assuntos religiosos da sua região autônoma. De acordo com a tradição do budismo, o Dalai Lama é a própria reencarnação de Buda.
Um adolescente de 15 anos que estaria meditando há seis meses no sul do Nepal é considerado na região a nova encarnação de Buda. Impressionados com o fenômeno, cientistas têm tentado estudar Ram Bahadur Bamjan sem atrapalhar a sua meditação.
Muitas pessoas confundem o budismo com uma doutrina que crê em reencarnação, mas isso não é verdade, porque não existe reencarnação no budismo, não da maneira como se entende reencarnação. Pois não existe nenhuma alma para reencarnar, nenhum espírito, nenhum eu.
O atual Dalai Lama é considerado a 14ª reencarnação de Avalokitesvara e representante da tradição budista Gelug, a vertente do budismo tibetano. Além disso, o atual Dalai Lama também foi um representante da Administração Central tibetana, o governo que administra e representa o Tibete no exílio.
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Quem é o atual Dalai Lama do Tibete?
O Dalai Lama está na sua 14ª reencarnação, e o atual é conhecido pelo nome religioso de Tenzin Gyatso ou então Jetsun Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso. O nome original de Tenzin Gyatso é Lhamo Thondup, e ele nasceu em Taktser, no Tibete, em 6 de julho de 1935.
Atualmente, as referências ao Buda referem-se em geral a Siddhartha Gautama, mestre religioso e fundador do budismo no século VI antes de Cristo. Ele seria, portanto, o último buda de uma linhagem de antecessores cuja história perdeu-se no tempo.
O Dalai Lama, considerado por seus fiéis uma manifestação do Buda da Compaixão, reencarnou 13 vezes desde 1391, quando nasceu a primeira de suas encarnações, segundo a tradição do budismo tibetano.
Para os budistas, a existência não acaba com a morte. Quando uma pessoa morre, renasce em outro ser vivo. Ao morrer, a mente se desprende do corpo físico e renascerá em outro corpo. Segundo os ensinamentos, o período que se segue à morte é conhecido como “bardo”.
Buda nasceu no país que hoje é o Nepal. Herdeiro de família rica, aos 29 anos decidiu abandonar a vida burguesa para tentar entender os tormentos sofridos pelo homem. Durante anos de isolamento e andanças, alcançou o despertar espiritual que tanto buscava.
Buda foi Siddhartha Gautama, que nasceu por volta de 556 a.C., em Kapilavastu, capital de um pequeno reino próximo ao Himalaia, na atual fronteira do Nepal.
Um espírito pode reencarnar quantas vezes necessitar para o seu desenvolvimento, sem perder sua individualidade, mudando apenas de personalidade. Isso porque a cada encarnação ele sofre a influência do novo corpo, do novo ambiente físico e sociocultural, da nova família, dos amigos, etc.
Finalmente, em 1959, após a Revolta Tibetana contra o Partido Comunista chinês, o Dalai Lama se exilou no norte da Índia, onde vive até hoje, no subúrbio de Dharamsala.
O atual dalai-lama, Sua Santidade Tenzin Gyatso (forma encurtada de Jetsun Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso), foi o líder oficial do governo tibetano no exílio ou Administração Central Tibetana até 2011.
Segundo as novas regras, qualquer reencarnação que não seja aprovada pelo governo é considerada ilegal. Os chineses já nomearam seu próprio Panchen Lama - o segundo mais importante na tradição tibetana - substituindo o 11º Panchen Lama, que havia sido identificado pelo Dalai Lama e que agora está desaparecido.
Segundo a crença budista, os Dalai Lamas são considerados as manifestações do Bodhisattva (Buda) da Compaixão, que escolheu reencarnar para servir ao povo. Ainda conforme a religião, ele reencarnou 13 vezes desde 1391, quando nasceu o primeiro de seus encarnados.
Em uma cripta subterrânea, sob as ruínas do templo budista de Grand Bao'en, em Nanjing, na China, membros do Instituto Municipal de Arqueologia de Nanjing encontraram o que parece ser um pedaço do crânio de Buda – muito bem guardado dentro de uma urna de 1.000 anos de idade.
Antes de morrer Buda disse: Procurem a verdade. Antes de morrer Maomé disse: Eu não sei o propósito da vida. Mas, em contraste com essas três respostas negativas dadas por esses três pensadores do passado, houve um homem na história que afirmou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida".
Diz-se que no momento de sua morte Buda estava dormindo em uma cama preparada entre duas árvores. Sua cabeça para o norte, seu rosto para o oeste e sua mão direita fazendo as vezes de travesseiro. Naquele momento, flores brancas desabrocharam nas árvores e caíram sem cessar.
Três vezes fez a pergunta, mas todos permaneceram em silêncio. Disse então suas últimas palavras: “Tudo que foi criado está sujeito à decadência e à morte. Tudo é transitório.
Buda, que em hindu quer dizer “Iluminado”, foi o nome dado a Siddhartha Gautama, líder religioso, fundador do budismo, que viveu na Índia, cuja bondade e sabedoria lhe valeram esse título.