É comum as pessoas que tiveram um derrame (ou acidente vascular cerebral-AVC) desenvolverem emocionalismo. O emocionalismo é uma dificuldade de a pessoa controlar seu comportamento emocional. Depois de ter um derrame, algumas pessoas podem de repente começar a chorar ou, mais raramente, rir sem razão aparente.
Após um AVC, existem mudanças emocionais e comportamentais, pois o acidente vascular cerebral afeta o cérebro, que controla nosso comportamento e emoções. Você ou seu ente querido podem apresentar irritabilidade, esquecimento, descuido ou confusão. Sentimentos de raiva, ansiedade ou depressão também são comuns.
Alterações emocionais: Algumas pessoas após o AVC podem apresentar alterações de comportamento ou sintomas de ansiedade, depressão, com sentimentos de desesperança, falta de ânimo ou prazer nas atividades cotidianas.
Como é o comportamento de uma pessoa que teve AVC?
Os ataques isquêmicos podem manifestar-se também com alterações na memória e na capacidade de planejar as atividades diárias, bem como a negligência. Neste caso, o paciente ignora objetos colocados no lado afetado, tendendo a desviar a atenção visual e auditiva para o lado normal, em detrimento do afetado.
CHORAR À TOA DEPOIS DO AVC - Adriana Fóz e Ludmila Toni
Como funciona a mente de quem teve AVC?
No caso do AVC, o comprometimento da memória, do raciocínio acontece subitamente, de uma forma aguda. Assim como a pessoa que sofreu AVC pode ficar sem sentir um lado do corpo, ele também pode perder a memória repentinamente.
Depois que um AVC acontece, é comum que o indivíduo apresente sequelas ligeiras ou graves. Tudo vai depender da região que o cérebro foi afetado e por quanto tempo ele ficou sem sangue. Uma das sequelas mais comuns de notar é a perda da força física, fazendo com que o indivíduo tenha dificuldade para andar ou falar.
Os pesquisadores descobriram que apenas cerca de 36,4%, quase um terço, sobrevive mais de uma década após o evento. Quase metade, 47,2%, não chega a cinco anos depois do diagnóstico.
· Tontura ou perda do equilíbrio. · Dor de cabeça muito forte, de início súbito, às vezes descrita como a “pior da vida”. · Alterações do nível de consciência, com sonolência excessiva e falta de reação.
Alterações sensitivas, como cegueira, mudanças nos níveis de consciência, sonolência e confusão mental também aparecem. São registradas ainda queixas de dor de cabeça repentina, aumento de pressão intracraniana e náuseas e vômitos.
Momentos de raiva, tristeza ou de exaustão física podem ser gatilhos para desencadear um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Essa é a conclusão de um estudo global, feito com dados de indivíduos de 32 países, incluindo o Brasil. Os resultados foram publicados no periódico científico European Heart Journal.
Pucciarelli disse que a espiritualidade pode ajudar a "moderar" o impacto psicológico negativo da incapacidade para o AVC. O Dr. Salman Azhar, diretor de derrame no Hospital Lenox Hill, em Nova York, disse que a espiritualidade nesse contexto é, de fato, um mecanismo de enfrentamento.
Confusão e perda de memória: Quando uma pessoa apresenta confusão mental após um AVC, é muito comum que ela desenvolva dificuldade em reconhecer objetos simples, bem como sua funcionalidade. Objetos familiares que faziam parte do cotidiano também podem ser facilmente esquecidos, como se nunca tivessem sido vistos.
Os acidentes vasculares cerebrais que comprometem a consciência ou que afetam uma zona extensa do lado esquerdo do cérebro (responsável pela linguagem) podem ser particularmente graves.
Alguns pacientes podem experimentar visão turva ou embaçada após um AVC, em decorrência do prejuízo causado às áreas do cérebro que controlam a nitidez da visão.
Como trabalhar a mente de uma pessoa que teve um AVC?
As atividades de estimulação cognitiva utilizados na reabilitação de um AVC incluem imagens motoras, observação de ação, treino com um espelho ou num ambiente virtual, e vários tipos de terapia musical. A memória de trabalho e a atenção são importantes para a maioria das atividades cognitivas.
É possível uma pessoa que teve AVC voltar ao normal?
Uma em cada 10 pessoas possui uma excelente recuperação quando são tratadas em unidades especializadas em AVC. Um em cada 4 sobreviventes vai ter outro AVC. A reabilitação é uma etapa crítica no processo de tratamento.
A possibilidade de reversão do problema vai depender da extensão do derrame, da área do cérebro atingida e dos tipos de tratamento disponíveis. Entre as principais sequelas que um AVC pode deixar estão a morte, em 25% dos casos, perda da fala, dos movimentos ou do contato com o meio externo (estado vegetativo).
A doença pode atingir pessoas de qualquer idade, tanto crianças quanto adultos. Entretanto, é mais comum em pessoas após os 65 anos de idade com fatores de risco para a doença. Porém, estudos têm comprovado a importância do check-up neurológico e a investigação da doença antes dos 50 anos, principalmente em mulheres.
Em relação ao risco dependente do tempo pós-AVC, os pesquisadores observaram que o grau de incapacidade funcional (moderada a grave) e o envelhecimento tiveram maior impacto na mortalidade, principalmente entre seis meses e dois anos e meio após o acidente vascular.
“Estas mudanças emocionais podem parecer irreversíveis, mas a maior parte das vezes não o são.” Sentir-se mais em baixo, ansioso ou enraivecido é normal, especialmente nos primeiros seis meses após o AVC. Regra geral, com o passar do tempo, a pessoa vai-se adaptando melhor.
Ansiedade, depressão, distúrbios do sono, insegurança e outros problemas de ordem emocional elevam o risco de uma pessoa morrer devido a um acidente vascular cerebral (AVC) ou a uma cardiopatia isquêmica.
A disfunção sexual após um AVC pode ocorrer mesmo perante a ausência de sequelas físicas ou sequelas ligeiras. A sexualidade contribui para a qualidade de vida nas pessoas a recuperar de um AVC e seus parceiros, podendo-se dizer que a sexualidade após um AVC é silenciada e às vezes alterada, mas não esquecida.