Apesar de oferecer benefícios, como promover mais energia e disposição para o dia, a cafeína pode trazer alguns efeitos colaterais quando consumida em excesso ou quando misturada com outras substâncias. Inclusive, é por isso que remédios não devem ser tomados com café.
Lembre-se que a cafeína é um estimulante do sistema nervoso central, que pode causar agitação e pressão alta. Se estamos falando de um medicamento destinado a produzir um efeito sedativo ou tranquilizante, misturar com café ou qualquer bebida com cafeína vai ser prejudicial porque vai neutralizar os efeitos da droga.
— Remédios como fenotiazinas ou antidepressivos devem ser tomados aproximadamente uma ou duas horas antes ou depois do café, pois os taninos presentes na referida bebida não permitem que o organismo absorva completamente os produtos químicos dos comprimidos — afirma a nutricionista Mercedes Engemann.
Quantos minutos depois de tomar remédio posso tomar café?
Diante disso, recomenda-se que bebidas cafeinadas não sejam ingeridas em conjunto com alimentos que contenham ferro ou com suplementos nutricionais por um período de até uma hora.
Queijos, vinho, embutidos, conservas e outros alimentos fermentados contêm tiramina, substância que pode reagir com antidepressivos inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) potencializando a absorção da droga pelo organismo e causando aumento súbito da pressão arterial e enxaqueca.
Consuma com mais frequência arroz, lentilha, ervilha, banana, oleaginosas (como castanhas, nozes, amêndoas), carnes magras, peixes “gordos” (como salmão), ovos, leite e derivados. O chocolate amargo (acima de 60% de cacau) também entra na lista, mas deve ser consumido com moderação.
Alguns medicamentos, como fluvoxamina, amitriptilina, escitalopram e imipramina, ao ter contato com quantidades de café, sofrem redução na quantidade de medicamento que é absorvido pelo corpo. A professora Débora Santos explica como nosso organismo pode reagir a essa combinação.
De forma geral, o recomendável é esperar pelo menos 30 minutos após a refeição para tomar café. Uma vez que, a cafeína presente no café, por conter substâncias conhecidas como antinutrientes, pode atrapalhar a absorção de nutrientes pelo organismo, principalmente do ferro, vitamina D e cálcio presente nos alimentos.
Ansiedade. Pessoas que sofrem com transtornos de ansiedade geralmente devem evitar consumir muito café. Isso porque a cafeína é ansiogênica, piorando os sintomas.
Porém, no momento em que aquele álcool está agindo, ele está diminuindo a absorção dos nutrientes importantes”, disse. Os produtos cafeinados também devem ser evitados durante a depressão. Entre eles estão chás, refrigerantes e cafés cafeinados. "A cafeína aumenta o nível de estresse central, principalmente.
Também existem as interações entre os medicamentos e alguns hábitos de vida, como, por exemplo, o consumo exagerado de café, chá de camomila e álcool, que podem cortar o efeito do medicamento.
Nestes casos (exceto crianças), a nutricionista aconselha combiná-lo com leite porque “apazigua o efeito da cafeína”. Outro benefício é que ele fornece cálcio, mineral que fortalece o sistema ósseo e melhora o funcionamento dos músculos, nervos e circulação sanguínea.
Manter-se hidratado pode ajudar a repor vitaminas solúveis em água, já que a cafeína é um diurético. Ter alimentos no estômago – especialmente uma refeição rica em proteínas e fibras – também pode ajudar, permitindo que o corpo absorva a cafeína ao longo de um período mais longo, disse Palinski-Wade.
Cafeína: presente no café, chá, chocolate e em alguns refrigerantes, reduz a absorção de muitos medicamentos podendo interferir no tratamento, à medida que reduz os efeitos terapêuticos. Não ingerir com esses alimentos: o diazepam (calmante), nortriptilina (antidepressivo) e pentoxifilina (vasodilatador), etc.
Pode ocorrer perda de efeito durante o tratamento com clonazepam. Não tome Rivotril® com álcool e/ou depressores do sistema nervoso central, essa combinação pode aumentar os efeitos de Rivotril®, com potencial sedação grave que pode resultar em coma ou morte, depressão cardiovascular e/ou respiratória.
O consumo de café pode ter efeitos diferentes em pessoas com transtorno de ansiedade, dependendo da sensibilidade individual de cada pessoa à cafeína. Para algumas pessoas, a cafeína pode agravar a ansiedade, causando sintomas como nervosismo, agitação, insônia e aumento da frequência cardíaca.
Alternativas ao café tradicional, como a combinação com cacau, podem reduzir a ansiedade causada pela cafeína. Estudos mostram que o cacau melhora a concentração e diminui os efeitos negativos do café, sem comprometer a energia. Recomenda-se o cacau amargo em pó, sem adição de açúcar, para potencializar os benefícios.
— Quando ingerimos cafeína e ela bloqueia esses receptores, a adenosina não consegue fazer seu trabalho — explica Trunzo. Alguns cientistas especularam que o bloqueio dos receptores de adenosina pode contribuir para o aumento da ansiedade.
Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aponta o hábito de tomar café como prejudicial para aqueles que sofrem de síndrome de pânico. A cafeína pode estimular o surgimento de ataques ou crises em portadores da doença.
As frutas cítricas como laranja, limão, kiwi, abacaxi e acerola são ótimas opções para sucos. Elas possuem altas taxas de Flavonoides e Vitamina C, dois componentes importantes para combater a ansiedade. Diminuem a irritabilidade, a inquietação, regulam os hormônios e controlam a fadiga causada por esse problema.
Melancia, abacate, mamão, banana, tangerina e limão: Todas essas frutas são ricas em triptofano, aminoácido que ajuda na produção de serotonina. É recomendado o consumo de três a cinco porções de frutas todos os dias.
Bananas. A fruta é rica em potássio, um mineral que é essencial para ter uma noite profunda de sono. Bananas também contêm triptofano e magnésio, fazendo com que essa fruta funcione como um sedativo natural.