Filhos do meio, supostamente, tendem a ser mais atenciosos, diplomáticos e a se relacionar em círculos sociais mais amplos. Já os caçulas, se tiverem a vantagem de contar com pais mais condescendentes, tenderão a ser mais flexíveis, extrovertidos e descomplicados.
Filhos do meio tendem a receber a menor quantidade de atenção dos seus pais, e, como resultado, esta família criada por sua própria escolha é a sua compensação. Filhos do meio estão em muito boa companhia com presidentes e celebridades, como Abraham Lincoln, John F.
Alguns consideram que a síndrome do filho do meio é um mito social, sem fundamento. No entanto, existe uma teoria da ordem de nascimento que sugere que o lugar que cada pessoa ocupa entre seus irmãos afetará a personalidade e a vida adulta.
Dra. Ana Beatriz - Mãe Narcisista | A INSEGURANÇA e o MEDO no dia a dia
É bom ter 4 filhos?
Ter uma família grande pode ser benéfico para o coração da matriarca, segundo cientistas norte-americanos. Eles descobriram que mulheres que passam por quatro ou mais gestações têm menos chances de morrer de problemas coronarianos do que aquelas que não tiveram filhos.
A pesquisa concluiu que o fato de terem passado um pouco menos de tempo com os pais na infância faz com 'os do meio' desenvolvam um grande círculo social, com amizades fortes e duradouras. Além disso, os filhos do meio tendem a dar mais valor aos laços não genéticos.
Os do meio costumam ter 10% a menos de atenção do que os mais velhos e mais novos. Costumam procurar seu nicho nos pares, ou seja, com outros do meio fora do entorno familiar. Nas pesquisas de personalidade, os do meio não se parecem com seus pais e irmãos, se parecem com outras crianças do meio.
O problema pode ser falta de afinidade com um dos pais, por ter "puxado" mais um lado do que outro da família; ciúmes dos irmãos, que pode ter a ver com alguma habilidade que o outro demonstre, comportamento e aparência. Isso tudo pode ter a ver com a ordem de nascimento, ou não.
A psicóloga Javiera Urbina comenta que “à medida que os filhos crescem, os pais tendem a prestar mais atenção aos mais novos, os seus cuidados centram-se mais neles, pois sentem que têm de os proteger mais fortemente.
Historicamente, há relatos de que o filho único recebe excessiva atenção, amadurece precocemente e, pela ausência de irmãos, torna-se egoísta, exigente, dependente e temperamental comparativamente às crianças com irmãos.
Quando os pais tratam os filhos de forma diferente?
O favoritismo está presente em cerca de 65% das famílias e foi identificado e estudado em muitas culturas diferentes. É um fenômeno comum, que pode prejudicar o bem-estar dos filhos ao longo de toda a vida, desde a infância até a meia-idade e além.
Para Freud (1931/1969), a mãe será definida como Outro onipotente ao qual a menina está inexoravelmente ligada em sua pré-história; para Lacan (1972-1973/1975), ela pode ser uma devastação para a filha. A mãe e seu amor (ou sua impossibilidade) são elementos essenciais para abordar o feminino.
"Filhos do meio estão acostumados a não conseguir as coisas facilmente, então se tornam habilidosos manipuladores. Eles podem ver todos os lados de uma questão, possuem empatia e julgam reações muito bem. Eles são mais dispostos a se comprometerem, conseguem argumentar com sucesso", explica Schumann.
A ideia de que ser filho único pode ser prejudicial para o desenvolvimento de uma criança é um conceito que já vem sendo explorado há algum tempo. Alguns estudos sugerem que as crianças únicas podem ter dificuldade em desenvolver habilidades sociais, pois não têm a oportunidade de interagir regularmente com irmãos.
Ser filho único pode estimular a autonomia e a independência na criança. Com menos dependência de irmãos, ela pode aprender a resolver problemas por conta própria e tomar decisões independentes desde cedo. Essa autonomia pode ser benéfica em termos de autoconfiança e desenvolvimento pessoal.
Ter uma filha custa mais que ter um filho? Não existe necessariamente uma diferença de custo entre um filho e uma filha. Segundo uma pesquisa do Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), o valor que ambos os gêneros gastam, desde o nascimento até os 23 anos, varia entre R$ 53.700 e R$ 2.086.602.
Entre 2000 e 2020, o número médio de filhos passou de 2,08 filhos por mulher para 1,56. Estudo do Seade com base nas informações dos Cartórios de Registro Civil no Estado de São Paulo mostra que o número médio de filhos, entre 2000 e 2020, passou de 2.08 filhos por mulher para 1,56, significando redução de 25%.
“A espécie humana e os mamíferos de maior porte, em geral, têm gestação única ou, no máximo, dupla”, diz o ginecologista Caio Parente Barbosa, professor de genética e reprodução humana da Faculdade de Medicina do ABC.
Para que a reposição populacional seja assegurada, a taxa de fecundidade não pode ser inferior a 2,1 filhos por mulher, pois as duas crianças substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva.