Os satélites são colocados em órbita por meio de foguetes e naves espaciais (que são chamados de veículos de lançamento), lançados de diversos centros de lançamentos localizados em diversos países. Os veículos de lançamento podem utilizar combustíveis sólidos ou líquidos.
Um satélite, quando enviado ao espaço, é impulsionado por um “empurrão” dado pelos foguetes que os colocam em órbita. Ao chegar lá, eles precisam exercer uma velocidade suficiente para que nem ele colapse na Terra, nem escape da gravidade do planeta.
Para que um satélite natural ou artificial permaneça em órbita, ele precisa estar dentro de um intervalo certo de velocidade. A inércia de um corpo em movimento tende a fazê-lo se mover em linha reta, mas a força gravitacional tende a puxá-lo na direção do corpo em torno do qual se move.
Para poder entrar em órbita, é preciso que um foguete possa atingir cerca de 28.440 km/h, a fim de escapar da gravidade terrestre, que o puxa sempre para baixo. Essa é a velocidade necessária para que um corpo fique em órbita da Terra: cerca de 7,9 km/s (ou 28.440 km/h).
Bem, resumidamente, órbita é o caminho curvo e regular que as estrelas, planetas, luas, asteroides, cometas e até mesmo objetos artificiais seguem ao redor de algum outro. Esse caminho acontece por causa da gravidade, que faz com que objetos com massa sejam atraídos por outros que estejam por perto.
Um satélite em órbita não está além do alcance da gravidade da Terra. Na verdade, a gravidade é o que o mantém lá – sem gravidade, ele voaria em um caminho reto. À medida que ele orbita, está sempre caindo, embora nunca chegue ao chão.
Um satélite orbita a Terra quando sua velocidade é equilibrada pela força da gravidade da Terra e sem esse equilíbrio o satélite voaria em linha reta para o espaço ou cairia de volta à Terra. Satélites orbitam a Terra em diferentes alturas, diferentes velocidades e caminhos diferentes.
A velocidade de giro da Lua ao redor da Terra mantém-na em um movimento de queda infinito ao redor do planeta, por isso, o astro nunca atinge o solo terrestre. O movimento da Lua não encontra resistência no espaço, pois ocorre no vácuo, a velocidade é mantida e nosso satélite sempre se manterá em órbita.
Primeiros satélites projetados, construídos e operados por brasileiros, no INPE, os SCD-1 e 2 foram lançados em 1993 e em 1998, respectivamente. Ambos estão operacionais e apresentam desempenho satisfatório mesmo com 15 e 10 anos em órbita, embora tenham sido projetados para uma vida útil de até dois anos.
De acordo com a Segunda Lei de Newton, para que um objeto em órbita se mantenha em posição fixa em relação a superfície terrestre, ele deve estar a uma distância fixa de 35.786 km do nível do mar e sob a linha do Equador.
Hoje, já existem mais de 9 mil satélites orbitando o planeta, e mais de 5 mil deles pertencem à Starlink, projeto da SpaceX para transmitir serviço de internet para a Terra. Nas próximas décadas, eles serão acompanhados por milhares de satélites de outras empresas e países.
Sendo assim, os satélites desse tipo possuem uma órbita em torno de 36.000 km, contanto a partir da superfície da terrestre. A velocidade linear de movimento de um satélite geoestacionário deve ser de aproximadamente 11000 km/h.
Os satélites em órbita ao redor da Terra não colidem uns com os outros porque estão localizados em diferentes altitudes e trajetórias orbitais. Cada satélite tem uma órbita específica que o permite manter uma distância segura de outros satélites no espaço.
Quando o satélite acompanha a velocidade de rotação da Terra no equador terrestre, ele é um satélite de órbita geoestacionária. Isto faz com que o satélite artificial fique parado sobre um mesmo ponto do globo terrestre durante toda a sua existência.
Hoje, calcula-se que mais de 4.550 satélites artificiais estejam em volta da Terra. Tem satélite de televisão, científico, meteorológico, militar, sendo mais da metade deles, satélites de comunicação.
Elas variam de altitudes de cerca de 480 a 35.786 km acima da superfície da Terra, e os operadores de satélite contam com elas para diferentes propósitos. Na órbita baixa da Terra (LEO), os satélites são geralmente menores e menos complexos do que aqueles em órbitas mais altas.
Há 9,7 mil satélites operacionais orbitando a Terra neste momento. 5,4 mil são da Starlink. Ou seja: 56% já fazem parte da rede de Musk. E a proporção deve chegar logo aos 75%.
Não teríamos como entender e monitorar coisas como a camada de ozônio, os níveis de dióxido de carbono e a distribuição das calotas polares. Teríamos sistemas terrestres e balões meteorológicos para nos ajudar, claro, mas perderíamos muitos dados que só podem ser conseguidos a partir de satélites.
Ainda segundo a agência, a queda pode acontecer dois dias antes ou depois. De acordo com a agência, esta incerteza deve-se principalmente à influência da atividade solar imprevisível. Isso afeta a densidade da atmosfera terrestre e, portanto, o arrasto experimentado pelo satélite.
A uma distância de 36.000 km, o tempo de percurso da órbita é de 24 horas, o que corresponde ao tempo de rotação da Terra. A esta distância, um satélite acima do equador estará estacionário em relação à Terra.
Alguns cientistas acreditam que esta camada pode chegar até os 500 km de altura, mas, na prática, ela é tão rarefeita que quase não existe acima dos 120 km. Um satélite não pode ficar atritando com a atmosfera, senão ele perderá velocidade e cairá. Por isso todos são mantidos acima dos 100 km de altura.
Quantos satélites o Brasil tem? O Brasil possui uma constelação de satélites composta por diversos veículos espaciais. Até a última contagem, o país lançou e opera mais de 30 satélites, incluindo aqueles voltados para comunicações, monitoramento ambiental, meteorologia e observação da Terra.