“Então uma risada em um momento inoportuno pode ser uma tentativa do corpo de aliviar a sensação de estresse e ansiedade. O próprio desafio de 'não poder rir' nessas situações pode gerar uma ansiedade, que, paradoxalmente, pode gerar uma reação do corpo de tentar aliviá-la com a própria risada”, detalha.
Também conhecida como transtorno da expressão involuntária, o afeto pseudobulbar, é um tipo de transtorno neurológico que faz rir e chorar descontroladamente.
Entretanto, em casos extremos, essa risada incontrolável, pode indicar problemas neurológicos como a síndrome do afeto pseudobulbar, também chamada de “transtorno da expressão emocional involuntária” ou “labilidade emocional”. Além das risadas, ela também causa choro e bocejos involuntários.
Saber rir de si mesmo é uma habilidade que costuma ser apontada como sinal de inteligência emocional. Afinal de contas, todo mundo comete gafes e enganos e, nos casos mais amenos, encará-los com leveza é uma atitude resiliente e positiva, principalmente se a pessoa se dispuser a corrigi-los.
O que significa “rir de si mesmo”? “Rir de si mesmo” é uma expressão que faz referência a capacidade de algumas pessoas de enxergar os próprios erros e aceitá-los com bom humor. A partir do reconhecimento de seus pontos falhos, elas conseguem mudar as suas vidas ou seguir adiante sem maiores problemas.
Rir reduz os níveis de adrenalina e, a longo prazo, os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, explicou ele. Assim, o riso pode melhorar o humor e tornar a resposta física e emocional ao estresse menos intensa.
“Então uma risada em um momento inoportuno pode ser uma tentativa do corpo de aliviar a sensação de estresse e ansiedade. O próprio desafio de 'não poder rir' nessas situações pode gerar uma ansiedade, que, paradoxalmente, pode gerar uma reação do corpo de tentar aliviá-la com a própria risada”, detalha.
Trata-se de uma condição neurológica rara chamada de síndrome pseudobulbar (PBA). Além de crises de riso que podem durar muito mais tempo do que o normal e passam o limite do confortável, pessoas que sofrem com o transtorno também podem reagir com lágrimas profundas a situações cotidianas.
Ao encarar uma situação extrema como essa, é normal reagir de formas inesperadas, como rir para logo após chorar, pois o cérebro está tentando arranjar uma forma de processar aquele momento.
Rir do nada, em momentos de tensão e estresse emocional é uma tentativa do nosso corpo de nos ajudar, criando uma sensação mais leve, aliviando a tensão do momento. Quando rimos, liberamos endorfina, hormônio que nos relaxa e diminui a dor. Se ocorre somente nestes momentos e sem excesso, não é motivo de preocupação.
Muitas vezes o riso pode ser algum nervosismo escondido ou medo. Mas é normal muitas vezes rirmos em ocasioes que seriam mais adequadas chorar e vice-versa. Mas se voce esta passando por alguma questão emocional o melhor é procurar um profissional. Isso pode ser um sintoma de depressão ou ansiedade.
Claro que é normal! Rir dos próprios pensamentos é sinal de uma imaginação rica e de bom humor. Quem nunca se pegou rindo sozinho ao imaginar algo engraçado ou curioso?
Assim como chorar, o riso é um mecanismo de liberação para o corpo. Os centros cerebrais que regulam o riso também controlam emoções, medos e ansiedade. Ele é capaz de conter o estresse ou a tensão de uma situação e deixar o corpo mais aliviado.
"Uma crise de riso intensa pode ser decorrente da ativação de diversas áreas cerebrais muito próximas. As respostas se misturam e não se consegue ter controle da respiração, do lacrimejamento e até do vômito", acrescenta o médico.
A epilepsia gelástica é uma doença cuja sintomatologia (esses ataques de riso incontroláveis e sem motivo aparente) poderia se encaixar perfeitamente no caso do Coringa, já que costuma afetar pessoas mais jovens, ao contrário do que ocorre nos casos de paralisia pseudobulbar.
Folie à deux é uma condição rara e caracterizada por duas pessoas dividindo a mesma ilusão ou delírio. Em "Coringa 2", Coringa e Arlequina lidam com o transtorno psiquiátrico "Folie à Deux" Foto: (Reprodução original | Warner Bros.)
O personagem, dependente de remédios para controlar uma doença neurológica que o faz rir incessantemente em situações de nervosismo (um possível quadro de epilepsia gelástica), recorre ao serviço de saúde pública, onde é atendido por uma assistente social.
Em casos raros, a pessoa pode ter uma doença chamada afeto pseudobulbar, que faz rir e chorar sem controle. O problema pode ser um sintoma de acidente vascular cerebral (AVC), tumor no cérebro ou esclerose lateral amiotrófica (ELA), esclerose múltipla, demência e traumatismo craniano.
Essas são possíveis vivências de pacientes com afeto pseudobulbar, um transtorno que faz o indivíduo perder o controle das próprias emoções e que costuma aparecer após traumatismos no crânio ou doenças neurológicas. "É uma situação em que a pessoa tem manifestações de riso ou choro sem motivo ou contexto apropriados.
Apesar de ser o momento mais triste da vida da família, mesmo os mais próximos do falecido são capazes de dar risada. Não é porque a piada é fantástica. Muito menos por desrespeito ao momento. Rir no momento da dor é um mecanismo de defesa muito normal, explica a médica psiquiatra Dânia Francine Corrêa.
Acredito que o ato de rir durante a crise, seja um riso nervoso. O riso nervoso é uma resposta ao estresse; é algo independente da vontade da pessoa. Pode ser a forma que seu organismo reage, como um mecanismo de defesa diante do medo e da angústia.
Há também a possibilidade das gargalhadas afetarem o fornecimento de ar para o coração, pulmões e cérebro, o que provocaria um aumento da frequência respiratória. Além disso, o ato de rir pode provocar asfixia ou laringoespasmo, justamente por que o indivíduo não consegue receber oxigênio o suficiente entre as risadas.
A pessoa com transtorno de personalidade histriônica exige ser o centro das atenções e com frequência o faz ao vestir-se e agir de maneira indevidamente sedutora e provocante e ao se expressar de maneira muito dramática.