Em “Ética a Nicômaco”, Aristóteles defende que a felicidade é a finalidade das ações humanas. Em “Ética a Nicômaco”, Aristóteles defende que a felicidade é 1) o maior bem desejado pelos homens e 2) o fim das ações humanas.
Para Aristóteles, a felicidade é o objetivo final e mais alto da vida humana. Ele acredita que a felicidade não é um estado passageiro de prazer ou alegria, mas sim um estado duradouro e completo de realização e satisfação em todas as áreas da vida.
A felicidade é o estado de espírito a que aspira o homem e para isso é necessário tanto bens materiais como espirituais. Aristóteles herda o conceito de virtude ou excelência de seus antecessores, Sócrates e Platão, para os quais um homem deve ser senhor de si, isto é, ter autocontrole (autarquia).
Assim, a felicidade era o bem da alma que só podia ser atingido por meio de uma conduta virtuosa e justa. Para Sócrates, sofrer uma injustiça era melhor do que praticá-la e, por isso, certo de estar sendo justo, não se intimidou nem diante da condenação à morte por um tribunal ateniense.
Porque para Aristóteles a felicidade é autosuficiente?
Entendemos então que para Aristóteles a felicidade é algo final e auto- suficiente, é o fim a que visam as ações (p. 125). Não é conseguida por adição, é algo de pleno e que se mantém por si mesma, sendo por isso o fim das coisas tomadas como objeto de ação.
Qual a concepção de FELICIDADE para ARISTÓTELES? | Ética aristotélica | História da Filosofia
Como Aristóteles diz que o ser humano pode alcançar a felicidade?
No livro X da obra Ética a Nicômaco, Aristóteles define a perfeita felicidade como uma atividade contemplativa. Por intermédio da contemplação, a pessoa adquire hábitos que praticados levam a atingir a felicidade.
Nesse sentido, para Platão, a felicidade é o resultado final de uma vida dedicada a um conhecimento progressivo até se atingir a ideia do bem, o que poderia ser sintetizado na seguinte fórmula: conhecimento = bondade/justiça = felicidade.
Para Friedrich Nietzsche a felicidade é frágil e volátil. E complementava, a melhor maneira de começar o dia é, ao acordar, imaginar se nesse dia não podemos dar alegria a pelo menos uma pessoa.
Na estrutura da doutrina epicurista, a felicidade, tem suas origens na satisfação dos prazeres, os quais são as realizações dos desejos. Essas sentenças, fizeram com que Epicuro, fosse referenciado como um filosofo hedonista, apesar de distinguir-se em determinados aspectos do hedonismo.
Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das idéias é através da observação de objetos para após a formulação da idéia dos mesmos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligivel.
Aristóteles pensou que uma vida boa é uma despendida na contemplação, exercendo a razão e adquirindo conhecimento; Platão, que a vida boa é uma vida harmoniosa alcançada por meio da ordem e do equilíbrio.
Qual é a obra na qual Aristóteles dedica-se a pensar sobre a felicidade?
Aristóteles se dedica a pensar a respeito da felicidade em sua obra a respeito da Ética a Nicômaco, a qual reflete a respeito da relação entre ética e felicidade em suas passagens.
Felicidade e alegria profundas e duradouras são o resultado natural de operar a partir dos valores espirituais de cuidado, compaixão, bondade e integridade. Já o prazer é um sentimento momentâneo que vem de algo externo – uma boa refeição, nosso estoque subindo, fazendo amor e assim por diante.
Se como nos diz Sartre (1980), “A existência precede a essência”, é o próprio homem quem constrói os sentidos da vida, e, por conseguinte da própria felicidade. Assim, não podemos ignorar o sofrimento humano, a angústia interior, a exploração social.
A maioria das pessoas entende que a felicidade verdadeira é mais do que um emaranhado de sentimentos intensos e positivos — ela é melhor descrita como uma sensação plena de “paz” e “contentamento”.
Assim, a felicidade, em Freud, é uma meta inatingível na vida do homem devido não só aos limites impostos pela cultura (os quais não discutimos neste artigo), mas, sobretudo, por àqueles estabelecidos por nossa própria constituição psíquica. FREUD, Sigmund.
Ele acreditava que a verdadeira felicidade só poderia ser alcançada através da busca pela sabedoria e virtude. Sócrates acreditava que o autoconhecimento e a reflexão constante sobre nossas ações e princípios morais eram essenciais para alcançar a verdadeira felicidade.
Segundo o autor, a felicidade consiste em uma atividade da alma conforme a virtude. É o bem supremo, que tem um fim em si mesmo, sendo almejado por todos. O que constitui a felicidade são as ações virtuosas, e as atividades viciosas conduzem o contrário.
RESUMO: Schopenhauer define a felicidade como a “satisfação sucessiva de todo o nosso querer”, e afirma que a tendência a ela (i) “coincide completamente com a nossa existência” – cuja essência é a Vontade de viver – mas (ii) é revelada pelo conhecimento como o nosso maior erro e ilusão.
Para Hegel, só é feliz aquele que se resigna a uma vida furtiva e se conforma a viver de uma forma simples e sem acontecimentos grandiosos. Existem outras filosofias para as quais existe a negação a priori da possibilidade de felicidade.
A felicidade é o fruto da nossa obediência e coragem para fazer sempre a vontade de Deus, mesmo nas circunstâncias mais difíceis. Quando o profeta Leí admoestou os habitantes de Jerusalém, eles zombaram dele e, como aconteceu com outros profetas antigos, ele foi ameaçado de morte.
Em Ética a Nicômaco, o filósofo usa o termo grego “eudemonia” – eu (bem) e daimon (espírito) – que pode ser traduzido como “felicidade”, mas também carrega os sentidos de “prosperidade”, “riqueza”, “boa fortuna”, “viver bem” e “florescimento”.
Disse Aristóteles que as pessoas que pensam assim parecem querer provar para si mesmas que são, de fato, boas. Do mesmo modo, são as pessoas que buscam não honra, e sim riquezas. As riquezas não trazem felicidade, são apenas úteis e instrumentos para se alcançar alguma outra coisa.
Ser feliz é valorizar o que se tem e não desistir de buscar o que não se tem. Ser feliz é não trocar a felicidade por momentos de alegria e enxergar o futuro ao invés de somente o presente. Ser feliz é valorizar a si mesmo e saber que exigir muito de si mesmo só nos torna infelizes.