“Ao longo dos últimos 12 meses, esses quase 25% de reajuste no preço do arroz é consequência da redução da área plantada no Brasil, principalmente no estado do Mato Grosso, onde ocorreu uma boa rentabilidade no plantio de soja e milho, principalmente em 2021/2022, e parte da área teve uma substituição reduzindo a área ...
O governo afirma que a decisão de comprar 300 mil toneladas de arroz visa conter especulações e aumentos de preço. O preço do arroz aumentou mais de 20% para o consumidor em um ano, influenciado por fatores como clima adverso e custos de produção.
O produto comprado pelas indústrias dos agricultores também está mais caro, essencialmente, refletindo um cenário de menor oferta do cereal no Rio Grande do Sul, principal estado produtor, em meio chuvas, entressafra e outros fatores, conforme explica Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de ...
A tendência pode ser verificada em todo o país, de acordo com a pesquisa. O economista André Braz, da FGV Ibre, conta que dentre os motivos para o preço subir então a redução da exportação e a entressafra.
Quanto chegou a custar o arroz no governo Bolsonaro?
O preço final do grão será tabelado. Os compradores deverão repassar o produto ao consumidor a R$ 4 por kg. Como a Conab definiu no edital que o arroz será embalado em pacotes de 5 kg, o preço nas prateleiras será de R$ 20.
O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, garantiu que não faltará arroz nas prateleiras dos supermercados brasileiros. Em entrevista à CNN, ele detalhou as ações do governo federal para lidar com os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre a produção do grão.
No entanto, o cenário de oferta restrita global e a desvalorização da moeda brasileira contribuíram para esse avanço nos preços internos, de acordo com informações do Cepea.
A finalidade é garantir que o cereal chegue diretamente ao consumidor final, assegurando o abastecimento alimentar em todo o território nacional. A compra autoriza o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a fazer a aquisição.
No dia 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo decidiu comprar arroz para evitar alta de preços diante da dificuldade pela qual o estado passava para transportar o grão para o restante do país.
Ministro do Desenvolvimento Agrário afirmou que há um movimento de conversão da produção de milho e de soja para o arroz; meta é que os 5kg cheguem aos R$ 20. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse nesta 5ª feira (11. jul. 2024) que o governo espera uma diminuição no preço do arroz.
Não é de hoje que os produtores de arroz enfrentam preços baixos e optam por outras culturas em detrimento do cereal. Na safra 2023/2024, porém, o movimento foi contrário. A área de plantio aumentou 7% no Brasil – especialmente no Rio Grande do Sul, onde 70% do arroz brasileiro é produzido.
Para o governo, a questão climática é a principal causa do encarecimento dos alimentos. Desde o segundo semestre de 2023, produtores todo o país têm sido afetados pela escassez de chuva ou pelas altas temperaturas, que causam quebras nas safras e fazem os preços subir.
Nesse contexto, o mercado estima que o preço do arroz deve se manter em patamares elevados em 2024. A recuperação da produção e a menor oferta de importantes países exportadores, indicam que a demanda pelo grão continue crescendo ao longo do ano. Isso deverá puxar os preços para cima.
Em entrevista à Rádio Club de Palmas, Sul do Paraná, o analista de mercado e CEO da AgroDados Inteligência, Cleiton Santos, ressalta que o arroz já vinha com preço valorizado desde a pandemia da Covid-19, por conta das movimentações internacionais e fechamento das vendas da Índia, o maior mercado de arroz do mundo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou neste sábado (25) a intenção do governo federal de importar 1 milhão de toneladas de arroz para manter a oferta interna, afetada pela tragédia climática no Rio Grande do Sul, e segurar os preços.
A pesquisa mostra que diversos aspectos influenciaram a alta do arroz. O isolamento mudou os hábitos de consumo e a população passou a estocar alimentos.
Maior parte do grão que entra no território nacional vem do Paraguai, Uruguai e Argentina. Já na exportação, produto brasileiro chega em maior volume na Venezuela, Costa Rica e Senegal. Com disparada de preços, governo zerou taxa de importação do alimento.
A fim de mitigar o impacto social e econômico decorrente do desastre climático no Rio Grande do Sul e assegurar o abastecimento no país, o governo federal comprou 263,37 mil toneladas de arroz importado.