O educador, diante do lúdico tem o papel de colaborar, orientar no processo-aprendizagem, lançando mão do jogo como recurso didático, associando o lúdico aos objetivos e conteúdos a serem desenvolvidos, não se esquecendo de que a brincadeira é sempre educativa.
Segundo Freire (1991 p. 39), a criança que brinca em liberdade, sobre o uso de seus recursos cognitivos para resolver os problemas que surgem no brinquedo, sem dúvida alguma chegará ao pensamento lógico de que necessita para aprender a ler, escrever e contar.
Qual é o pensamento de Paulo Freire sobre o brincar?
A brincadeira, que se constitui em um caminho possível para a aprendizagem, tem sido proposta como eixo central do trabalho com as crianças, em torno do qual vão se articulando, cada vez em níveis mais complexos, diferentes aprendizagens nos variados campos do conhecimento.
Diversos autores defendem a utilização do lúdico em sala de aula como um instrumento metodológico para o ensino da matemática. Propomos neste artigo que os professores devam ter formação para que possam utilizar tal instrumento da melhor forma possível na busca do alcance dos objetivos traçados.
Pensar Freire na Educação Infantil é compreender que a educação é permanente vida, não apenas preparar para viver, mas, em uma constante leitura do mundo, cada vez mais crítica. Palavras-chave: Educação Infantil; Paulo Freire; Leitura do mundo.
Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar. De acordo com o educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano. “Se aprende na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o conhecimento do outro.
"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." "O educador se eterniza em cada ser que educa." "A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem.
Vygostky (1979, p. 45) afirma que “a criança aprende muito ao brincar. O que aparentemente ela faz apenas para distrair-se ou gastar energia é na realidade uma importante ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional, social, psicológico”. Tal afirmativa é deveras veraz no âmbito da Educação Infantil.
Com relação ao jogo, Piaget (1998) acredita que é essencial na vida da criança. De início o jogo de exercício consistem em repetições de gestos e movimentos simples como agitar os braços, sacudir objetos, emitir sons, caminhar, pular, correr, etc.
Em seu livro Pedagogia do Oprimido, Freire coloca o papel da educação como um ato político, que liberta os indivíduos por meio da “consciência crítica, transformadora e diferencial, que emerge da educação como uma prática de liberdade”.
A proposta de Paulo Freire da educação da libertação (ou educação problematizadora) se baseia na indissociabilidade dos contextos e das histórias de vida na formação de sujeitos, que ocorre por meio do diálogo e da relação entre alunos e professores.
Paulo Freire vê a educação como ferramenta para emancipação individual e social e avalia que todo processo educacional deve partir da realidade do próprio aluno. Também valoriza a horizontalidade, ou seja, a possibilidade não só de estudantes aprenderem com professores, mas também o contrário.
O que Paulo Freire fala da importância do brincar?
Para ele, o brincar “é imaginação em ação”. No Brasil, o educador Paulo Freire (1921-1997) defendia que o brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança.
O tema ludicidade, já muito abordado por diversos autores do meio educativo desde os mais antigos como Chateau (1987), Piaget (1990), Huizinga (2001), Brougére (1995) e Vygotsky (1993), até os mais atuais, tais como Luckesi (2005), Friedman (2012) e Sátiro (2012).
Na perspectiva de Piaget (1978), o jogo é uma condição vital para o desenvolvimento da criança, inicialmente egocêntrico e espontâneo, vai se tornando cada vez mais uma atividade social, na qual as relações individuais são fundamentais. Através do jogo a criança assimila e se apropria daquilo que percebe na realidade.
Nesse sentido o lúdico pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do ser humano, seja ele de qualquer idade, auxiliando não só na aprendizagem, mas também no desenvolvimento social, pessoal e cultural, facilitando no processo de socialização, comunicação, expressão e construção do pensamento.
Quais autores falam sobre o lúdico na Educação Infantil?
Mencionamo-nos renomados autores como Vygotsky (1992), Winnicott (1975), Huizinga (1990), Marcelino (1990), Friedman (1992), Rego (2001), entre outros que de tal modo abordam a importância do lúdico no desenvolvimento infantil na Educação Infantil.
Assim, para Vygotsky nenhuma brincadeira lúdica é livre de organização ou mesmo realizada por qualquer motivo, elas não estão ligadas somente ao prazer que proporcionam. Ao estabelecer relações entre o real e o faz de conta, a criança acaba desenvolvendo a criatividade.
Luckesi (2004) afirma que a atividade lúdica é aquela que propicia à pessoa que a vive, uma sensa- ção de liberdade, um estado de plenitude e de entrega total para essa vivência. “O que a ludicidade traz de novo é o fato de que o ser humano, quando age ludi- camente, vivencia uma experiência plena.
Na educação, usamos o conceito do lúdico para nos referir a jogos, brincadeiras e qualquer exercício que trabalhe a imaginação e a fantasia. A ludicidade é um instrumento potente para o processo de ensino-aprendizagem em qualquer nível de formação, mas está presente com mais frequência na Educação Infantil.
“Paulo Freire defende o respeito aos indivíduos, a responsabilidade com o outro ser humano e com a natureza, e o estímulo ao pensamento crítico. Isso confronta o período em que vivemos, permeado por um discurso de ódio e de estímulo à violência. De apoio à militarização e à destruição ambiental.
Paulo Freire defendia a tese de que a educação deve valorizar a cultura do aluno, reconhecendo que, estando alfabetizado ou não, o aluno leva à escola uma cultura própria, que não é pior nem melhor que a do professor e, portanto, há um aprendizado mútuo.