Em relatório, pesquisadores do Cepea reforçam a preocupação quanto à perda de grãos já colhidos. “Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24”, aponta.
O governo afirma que a decisão de comprar 300 mil toneladas de arroz visa conter especulações e aumentos de preço. O preço do arroz aumentou mais de 20% para o consumidor em um ano, influenciado por fatores como clima adverso e custos de produção.
“Ao longo dos últimos 12 meses, esses quase 25% de reajuste no preço do arroz é consequência da redução da área plantada no Brasil, principalmente no estado do Mato Grosso, onde ocorreu uma boa rentabilidade no plantio de soja e milho, principalmente em 2021/2022, e parte da área teve uma substituição reduzindo a área ...
No entanto, o cenário de oferta restrita global e a desvalorização da moeda brasileira contribuíram para esse avanço nos preços internos, de acordo com informações do Cepea.
No dia 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo decidiu comprar arroz para evitar alta de preços diante da dificuldade pela qual o estado passava para transportar o grão para o restante do país.
O economista André Braz, da FGV Ibre, conta que dentre os motivos para o preço subir então a redução da exportação e a entressafra. "Primeiro, é uma redução do volume de exportações da Índia. Para proteger o mercado, eles reduziram o volume de exportação para que o preço na Índia caísse. Mas isso desabastece o mundo.
O preço alto é uma resposta do que tem acontecido no mercado internacional. Em julho do ano passado, a Índia proibiu as importações de sua principal variedade de arroz, depois de o governo ver o abastecimento interno ameaçado pelas chuvas de monção fora de hora, que reduziram a oferta no segundo maior produtor mundial.
Contexto econômico. As flutuações de preço de alimentos nos primeiros meses de 2024 é uma consequência das mudanças climáticas (segundo análise do do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do IBGE), mas também da inflação (aponta levantamento do Observatório PUC-Campinas).
Quais são as principais causas para a alta dos preços dos alimentos 2024?
É a maior alta de alimentação e bebidas para o mês desde 2016, quando o grupo alcançou elevação de 2,28%. O IBGE explica que fatores climáticos foram os principais motivos que causaram o aumento no preço dos alimentos no começo de 2024.
O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, garantiu que não faltará arroz nas prateleiras dos supermercados brasileiros. Em entrevista à CNN, ele detalhou as ações do governo federal para lidar com os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre a produção do grão.
Clima ruim e menor área de produção foram potencializados pelo aumento de custos, como os combustíveis — que respondem por parte importante do custo final pago pelo consumidor. No exterior, Andressa Silva chama atenção para dois fatos que também pressionaram os preços do arroz no mercado internacional.
A queda de produção na última safra no Brasil e nos maiores produtores do alimento no mundo motivou a valorização do produto. O arroz, um dos itens mais tradicionais do prato do brasileiro, disparou de preço no Brasil e no mundo, e virou uma aposta promissora para os agricultores.
A finalidade é garantir que o cereal chegue diretamente ao consumidor final, assegurando o abastecimento alimentar em todo o território nacional. A compra autoriza o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a fazer a aquisição.
Luz, saúde, mercado, educação: suas contas vão ficar mais caras ano que vem. O ano está acabando e muitos já estão de olho nos reajustes de preços de produtos e serviços que vão ficar mais salgados em 2024.
Não é de hoje que os produtores de arroz enfrentam preços baixos e optam por outras culturas em detrimento do cereal. Na safra 2023/2024, porém, o movimento foi contrário. A área de plantio aumentou 7% no Brasil – especialmente no Rio Grande do Sul, onde 70% do arroz brasileiro é produzido.
Brasil aumentou importação de arroz em 2024 antes mesmo das enchentes no RS. O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, responsável por cerca de 70% da oferta. Por conta da tragédia climática que se abate no estado, a preocupação fica por conta do abastecimento interno.
Por que o preço subiu mais de 20% em um ano? O arroz virou um dos assuntos em alta nas últimas semanas diante das tentativas do governo federal de importar o grão, após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul. O estado responde por 70% da produção nacional do cereal e já colheu 90% da área plantada nesta safra.
Diante disto, por ora mantemos nossa projeção de crescimento de 2,2% do PIB em 2024. É justo notar, entretanto, que em prazo mais longo os juros elevados deverão contribuir para um desempenho menos vigoroso da economia, de modo que nossa projeção de crescimento do PIB em 2025 foi reduzida de 2,5% para 2,3%.
Os alimentos, claro, encabeçam a lista. O desespero pode fazer com que muitas pessoas corram para os supermercados com o objetivo de estocar comida e outros produtos. Mas será que isso é realmente necessário? A resposta vem direto dos especialistas, de forma curta e grossa: não!
Enquanto no Brasil estes kits ainda não são vendidos nos supermercados ou encontrados facilmente pela internet, algumas pessoas têm ensinado nas redes sociais a estocar alimentos como arroz, macarrão, leite em pó, açúcar, sal e enlatados por até 10 anos.
A pesquisa mostra que diversos aspectos influenciaram a alta do arroz. O isolamento mudou os hábitos de consumo e a população passou a estocar alimentos.
Além do governo, a Associação Brasileira da Indústria do Arroz importou da Tailândia 75 mil toneladas do grão. De acordo com a entidade, a decisão foi motivada pelas perdas nas lavouras gaúchas e pela dificuldade em transportar os grãos já colhidos.
Quanto chegou a custar o arroz no governo Bolsonaro?
O preço final do grão será tabelado. Os compradores deverão repassar o produto ao consumidor a R$ 4 por kg. Como a Conab definiu no edital que o arroz será embalado em pacotes de 5 kg, o preço nas prateleiras será de R$ 20.